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GERENCIAMENTO DE RESIDUOS CONSTITUIDOS POR PILHAS E BATERIAS USADOS

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Por:   •  21/10/2014  •  7.642 Palavras (31 Páginas)  •  779 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A história das pilhas começa na antiguidade, com a descoberta da eletricidade pelo filósofo grego Tales de Mileto. Ao esfregar um âmbar a um pedaço de pele de carneiro, ele observou que fragmentos de palha e de madeira começaram a ser atraídas pelo próprio âmbar.

Do âmbar surgiu o nome eletricidade. Em 1672, Otto von Guericke iniciou estudos sistemáticos sobre a eletrificação por atrito. Ele inventou uma máquina geradora de cargas elétricas, onde uma esfera de enxofre girava constantemente atritando-se em terra seca. Meio século depois, Stephen Gray fez a primeira distinção entre condutores e isolantes elétricos (Reidler et al., 2002).

Durante o século XVIII, as máquinas elétricas evoluíram até chegar a um disco rotativo de vidro, que era atritado a um isolante adequado. Uma descoberta importante, feita por Ewald Georg von Kleist e Petrus van Musschenbroek, foi a do condensador, que consistia em uma máquina armazenadora de cargas elétricas. Eram dois corpos condutores separados por um isolante delgado (Reidler et al., 2002).

A primeira pilha foi criada em 1800, por Alessandro Volta, que utilizava discos de cobre e zinco, separados por algodão embebido em solução salina. Os discos foram chamados de eletrodos, sendo que os elétrons saiam do zinco para o cobre, fazendo uma pequena corrente fluir (Figura 1).

Fig. 1 Modelo da pilha de Volta

A pilha de Daniell é constituída de uma placa de Zinco (Zn) em uma solução de ZnSO4 e uma placa de Cobre (Cu) em uma solução de CuSO4. As duas soluções são ligadas por uma ponte salina, ou por uma parede porosa (Figura 2).

Fig. 2 Modelo da pilha de Daniell

Segundo Reidler et al., 2002 as pilhas apresentam algumas convenções importantes: Pólo negativo: Eletrodo que emite elétrons; Pólo positivo: Eletrodo que recebe elétrons do circuito externo; Ânodo: Eletrodo no qual ocorre oxidação; Cátodo: Eletrodo no qual ocorre redução.

A pilha alcalina é um tipo de fonte portátil de energia. Tem voltagem de 1,5 V e não é recarregável. É indicada para equipamentos que requerem descargas de energia rápidas e fortes.

A pilha de Leclanché também chamada de pilha seca ou pilha comum foi inventada em 1866 pelo engenheiro francês George Leclanché (Figura 3). A pilha de Leclanché é a precursora das modernas pilhas secas de uso tão diversificado. Dão voltagem de 1,5V, e são extensivamente usadas em lanternas, rádios portáteis, gravadores, brinquedos, flashes e outras.

Fig. 3 Modelo da pilha de Leclanché

A pilha é um dispositivo eletroquímico com capacidade de converter energia química em elétrica. Elas apresentam um ânodo que é o eletrodo negativo, e o cátodo que é o positivo. Possuindo a pasta eletrolítica, parte que ocorre às reações químicas que por sua vez geram a corrente elétrica (Afonso J. C., et al., 2002).

Os primeiros sinais de alerta com relação ao perigo de serem descartadas pilhas e baterias usadas juntamente com resíduo comum. Surgiu, no final da década de 1970 (Ghunter,1998).

Até a data de 1980 baterias eram usadas em forma de bastonetes em Zn-C. e quando usadas, eram jogadas juntamente com o lixo residencial.

No final dessa década em alguns países da Europa. Surgiu a preocupação com relação aos riscos que representam à disposição inadequada desses resíduos. Buscaram então mecanismos para o gerenciamento tentando diminuir os riscos sanitários e ambientais. O consumo de baterias tanto de carros, como as de celulares e outros vem aumentando fortemente nesses últimos anos devido ao consumismo das pessoas (Reidler et al., 2002).

No Brasil são produzidos cerca de 800 milhões de pilhas, sendo que 80% da produção são do tipo de pilha zinco-carbono o restante alcalina de manganês (Grimberg & Blauth, 1998).

Essas pilhas são utilizadas em brinquedos, rádios, controle remoto, equipamento fotográfico, entre outros. Nós últimos quatro anos cerca de onze toneladas de baterias de telefone celular foram descartados no lixo doméstico. No Brasil ainda não existe um programa de reciclagem e coleta de pilhas e baterias, esses produtos são lançados no meio em que vivemos causando assim vários danos ambientais a nossa população (Ghunter,1998).

Uma maneira interessante que talvez muitas pessoas não tenham tido em mente, seria a substituição de pilhas alcalinas pelas pilhas recarregáveis ou a substituição de produtos velhos por produtos novos. Podendo assim dar um bom início nesse processo de reciclagem. No Japão na Suécia, e França é usado o método pirometalúrgico é utilizado em todos os tipos de pilhas menos as do tipo Ni-Cd. As baterias de níquel e cádmio na sua grande maioria são recuperadas separadamente isso devido a dois fatores o primeiro é que a presença do cádmio provoca algumas dificuldades na presença do mercúrio e a do zinco por destilação; o segundo é a dificuldade ao separar ferro e níquel. Esses produtos contêm metais pesados que é mercúrio, cádmio, chumbo, lítio, níquel, zinco, cobalto e compostos, bióxido de manganês.

Isso devido à falta de conhecimento dos riscos que representa a saúde humana. Ou talvez por falta de outro local para se jogar fora. Mas para que houvesse a reciclagem primeiramente seria necessário o conhecimento de sua composição, não há uma correlação entre tamanho ou mesmo formato.

CAPITULO I. TIPOS DE PILHAS E BATERIAS

Foi feito um levantamento dos diversos tipos de pilhas e baterias atualmente existentes no mercado, visando à diferenciação do gerenciamento para cada tipo específico.

As baterias e pilhas comportam-se como usinas portáteis, que transformam energia química em energia elétrica. Segundo publicações da SIMBA, as baterias e pilhas podem ser classificadas de várias maneiras de acordo com: o formato, o tamanho, se é aberta ou fechada, se é removível ou montada fixa em um aparelho, a finalidade a que se destina, o sistema químico utilizado para produzir eletricidade, de acordo com sua aplicação e uso, etc. Além disso, podem ser divididas em primárias (descartáveis)

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