GESTAO DO DESENVOLVIMENTO
Casos: GESTAO DO DESENVOLVIMENTO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: denisaraujo • 12/11/2013 • 953 Palavras (4 Páginas) • 382 Visualizações
O Cirque du Soleil é reconhecido, hoje, em todo o mundo. Mas a instituição precisou fazer profundas mudanças em seu modelo de negócio com o objetivo de consolidar essa nova visão. Segundo Linda Gosselin, Vice-Presidente de Recursos Humanos do Cirque du Soleil, que participou do 34º Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas, promovido pela ABRH-Nacional, a empresa saltou de 52 empregados em 1984 para mais de 4.200 em 2008, com espetáculos simultâneos em Calgary e Toronto, no Canadá; Chicago nos Estados Unidos; Santiago, no Chile; Alicante, na Espanha; Oberhausen, na Alemanha e Sidney na Austrália, entre outras cidades.
“Saímos de 4 espetáculos por ano em 2001 para 8 em 2008, que se tornarão 10 em 2011, o que tornou necessária uma formidável expansão no número de profissionais que precisamos incorporar em diversos lugares do mundo. Nesse sentido, o grande diferencial do Cirque du Soleil é justamente a diversidade de seus artistas, que chegam de todas as partes do mundo, fazendo da gestão de pessoas na instituição um enorme desafio”, assinala.
Para Linda, a diversidade de pessoas e de culturas é um ativo cultural importante do Cirque du Soleil, que estimula a criatividade como bem mais importante da organização:
“Como afirma o fundador do Cirque, Guy Laliberté, toda pessoa que trabalha na empresa optou pela criatividade. Nesse sentido, nossa missão é extraordinária, pois estimulamos a livre circulação da criatividade dentro da organização. Nosso principal desafio coletivo é fazer com que a criatividade dos funcionários se expresse, se sobressaia e se reinvente”, afirma.
Segundo Linda, para promover essa mudança, o Cirque du Soleil trocou 12 competências profissionais por 5 atributos essenciais, que são: paixão, responsabilidade, comprometimento, trabalho em equipe e criatividade. A simplificação dos valores da empresa tem a ver diretamente com seu processo de expansão e incorporação de novas culturas:
“Por paixão, esperamos que as pessoas demonstrem o desejo de contribuir para o sucesso do Cirque; por responsabilidade, entendemos que toda pessoa é responsável por seus resultados e o impacto de seu trabalho nos resultados dos demais membros da equipe; por comprometimento, entendemos as atitudes que as pessoas adotam de compromisso com os demais e a empresa; por trabalho em equipe, é a compreensão de que os resultados se alcançam coletivamente; e por criatividade, são as idéias e as contribuições que as pessoas trazem ao espetáculo e aos resultados”, assinala.
Revelando muito carisma, Linda assinalou que as mudanças no processo de gestão de pessoas do Cirque du Soleil visam, de fato, acomodar um crescimento vertiginoso e, principalmente, a necessidade de integrar diferentes culturas a um conceito inovador de entretenimento, focado nas pessoas.
“No início dos anos 2000, a gestão das pessoas era essencialmente dependente de generalistas RH, apoiando os gestores de forma descentralizada sem um forte vínculo comum. Atualmente, para enfrentar a evolução da empresa, faz-se necessário rever a organização da função RH. Adotamos um modelo em que especialistas e generalistas trabalham de maneira unificada, tendo no centro de suas preocupações as necessidades dos clientes do setor”, explica Linda.
Além de uma maior integração entre especialistas e generalistas de RH, o Cirque du Soleil, segundo Gosselin, sentiu a necessidade de preservar e reforçar os valores e os traços essenciais da cultura da empresa, revisando o programa de avaliação das pessoas face à cultura organizacional. Dessa forma, um dos componentes da avaliação dos profissionais que atuam no circo é justamente a contribuição de cada um ao desenvolvimento dos valores da organização.
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