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GINÁSTICA E ED. fÍSICA

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Por:   •  16/3/2015  •  686 Palavras (3 Páginas)  •  261 Visualizações

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GINÁSTICA E EDUCAÇÃO FÍSICA

Historicamente o conteúdo da Ginástica nas aulas de Educação física sempre esteve ligado aos interesses do modelo político-econômico vigente, atuando como prática viabilizadora de corpos adestrados a serviço da manutenção do poder. Calcada nos princípios da racionalidade, a Ginástica constituiu-se historicamente como protagonista no desenvolvimento de corpos saudáveis, fortes e corajosos para servir a pátria nas guerras e para alavancar os processos de produção impulsionados pela revolução industrial, iniciada na Inglaterra no século XVIII e expandida mundialmente no decorrer do século XIX.

Desde o século XIX, a Ginástica fez-se presente nos currículos educacionais brasileiros como um dos principais conteúdos da Educação Física. Sob a influência dos métodos ginásticos europeus que foram oficialmente implantados no país, a Ginástica buscava afirmar-se como instrumento educacional capaz de promover a saúde e a retidão corporal dos alunos.

Com perspectiva higienista, a Ginástica deveria ser parte integrante da sociedade, uma vez que se almejava a construção de um povo forte e saudável capaz de impulsionar o processo de industrialização que se iniciava no fim do século XIX.

Por sua vez, a Educação Física confirmou-se historicamente como instrumento educacional de viabilização da ordem social mediante disciplinarização do corpo por meio de movimentos estereotipados. Sendo que o subsidio necessário para tal objetivo era provido pela inserção da Ginástica nas aulas de Educação Física. Sua importância foi tamanha, que muitas das vezes o termo Ginástica era utilizado para caracterizar a disciplina encarregada de educar o físico.

No entanto, sua prática perdeu espaço enquanto conteúdo da Educação Física devido à supervalorização que as práticas desportivas ganharam no decorrer do século XX. De modo que hoje em dia, no século XXI, a Ginástica na maioria das vezes, se faz presente nas aulas apenas por atividades de alongamento muscular, que atua como forma de preparação para as atividades que compõem os objetivos estabelecidos de determinados esportes ou então na parte final de aula, como “relaxamento”.

É importante compreender que mesmo durante o período de implementação dos métodos Ginásticos nas instituições de ensino no início do século XX, intelectuais brasileiros como Fernando de Azevedo, em sua obra intitulada “Da Educação Física, o que ela é, o que tem sido e o que deveria ser”, já proferia críticas quanto à forma como a Ginástica era ensinada dentro do âmbito escolar. Para ele, a Ginástica observada nas instituições de ensino era arcaica, voltada para os antigos moldes de Educação Física, uma vez que buscava exclusivamente dar força e destreza ao corpo por meio de exercícios ginásticos aplicados de maneira empírica, através de práticas que “se reduziam ao treinamento militar e ao exercício das coletividades em prejuízo ao ensino individual” (AZEVEDO, 2000, p. 71) .

Sendo assim, torna-se evidente nas palavras do autor acima citado, uma preocupação com a formação dos professores que iriam ensinar os métodos ginásticos nas escolas brasileiras, a qual deveria fundamentar-se em bases científicas e pedagógicas.

Desta forma, Pellegrini (1988) afirma que: “.... a Educação Física como uma profissão

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