GRUPO DE APOIO AO TABACO
Projeto de pesquisa: GRUPO DE APOIO AO TABACO. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 6421 • 27/9/2014 • Projeto de pesquisa • 9.743 Palavras (39 Páginas) • 393 Visualizações
GRUPO DE APOIO À CESSAÇÃO DO TABAGISMO
AGRADECIMENTOS
Orientadora Ana Ramalho
PAM Oswaldo Cruz
Doutor Paulo Roberto Ferreira Machado
Doutora Rosa
Participantes do Grupo
Resumo
O tabagismo é considerado pela organização mundial de saúde a principal causa de morte evitável em todo o mundo, ocorrendo cerca de 200 mil mortes por ano. Estima-se que um terço da população mundial adulta, isto é, um bilhão e 200 milhões de pessoas sejam fumantes, sendo 47% da população masculina e 12% da feminina.
O objetivo do trabalho era o desenvolvimento de um grupo de apoio à cessação do tabagismo em Unidade de Saúde de Atenção Básica (USAB), dando continuidade ao projeto de implantação do Centro de Tratamento de Tabagismo no Posto de Atenção Médica (PAM) Oswaldo Cruz. Além disso, propiciar aos acadêmicos de medicina do nono período, constituintes do grupo, a oportunidade de desenvolver habilidades necessárias à formulação, planejamento, desenvolvimento e avaliação de um grupo de apoio ao controle de doenças crônicas.
A metodologia utilizada foi a cognitivo-comportamental, aplicada à abordagem em grupo que visa promoção de educação em saúde através da mudança de comportamento e de prática dos participantes. Este método foi desenvolvido pelo Ministério da Saúde (MS) em parceria com Instituto Nacional de Câncer (INCA). Tem como perspectiva ser aplicado nas Unidades de Saúde de Atenção Básica (USAB), para que as atividades voltadas ao desenvolvimento de habilidades em relação ao autocontrole de doenças, de forma estruturada, atuem nas mudanças comportamentais que o tratamento destas demanda.
Foram inscritas 49 pessoas para participar do Grupo de Cessação do Tabagismo, a partir da divulgação das atividades em todo o cenário, por meio de cartazes.
Realizaram-se cinco sessões, sendo a primeira uma entrevista individual com o preenchimento de uma anamnese elaborada especificamente para indivíduos tabagistas. Durante as quatro sessões subseqüentes semanais foram discutidos: “Entender como se fuma e como isso afeta a saúde”, “Os primeiros dias sem fumar”, “Como vencer os obstáculos para permanecer sem fumar” e “Benefícios obtidos após parar de fumar”.
Na avaliação da atividade viu-se que dos 30 entrevistado, nove eram homens (30%) e 21 eram mulheres (70%). A faixa etária predominante era de 41 a 60 anos (80%).
Analisaram-se apenas os indivíduos que freqüentaram três ou mais sessões, totalizando 15 pessoas. Dentro deste grupo foi alcançado 40% de cessação do tabagismo, o que condiz com os relatos da literatura.
A metodologia de intervenção baseada na mudança de comportamento dos pacientes se mostrou eficaz por ser de aplicação relativamente simples e sem a necessidade de instrumentos especiais.
A partir da realização deste trabalho os acadêmicos que coordenaram o grupo passam a se sentir aptos a empregar essa metodologia de educação em saúde para diferentes grupos de doenças crônicas.
Palavras-chaves: tabagismo, educação em saúde, grupo terapêutico.
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO 6
1.1 HISTÓRICO 6
1.2 EPIDEMIOLOGIA 6
1.3 DOENÇAS ASSOCIADAS AO TABAGISMO 7
1.4 FUMANTES PASSIVOS 9
1.5 PERDAS ECONÔMICAS 9
1.6 PERDAS AMBIENTAIS 10
1.7 CONTROLE DO TABAGISMO 10
1.7.1 ATIVIDADES EDUCATIVAS 10
1.7.2 TRATAMENTO 10
1.8 EDUCAÇÃO EM SAÚDE 15
1.9 CENÁRIO 16
2. OBJETIVOS 16
3. METODOLOGIA 17
4. DESENVOLVIMENTO 18
5. AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 20
6. CONSIDERAÇÕES FINAS 27
7. BIBLIOGRAFIA 29
ANEXO 1 30
ANEXO 2 31
ANEXO 3 36
ANEXO 4 42
ANEXO 5 43
ANEXO 6 44
ANEXO 7 45
ANEXO 8 48
ANEXO 9 49
ANEXO 10 50
ANEXO 11 52
ANEXO 12 53
ANEXO 13 54
ANEXO 14 56
ANEXO 15 57
1. INTRODUÇÃO
1.1 - Histórico:
O uso do tabaco surgiu aproximadamente no ano 1000 a.c (1), nas sociedades indígenas da América Central, em rituais mágico-religiosos. A planta cientificamente chamada Nicotiana Tabacum, chegou ao Brasil pela migração de tribos tupiguaranis.
A partir do século XVI, o seu uso disseminou-se pela Europa. As folhas dessa planta foram comercializadas sob a forma de fumo para cachimbo, rapé, tabaco para mascar e charuto, e apenas no final do século XIX iniciou-se a sua industrialização sob a forma de cigarro. Em meados do século XX, seu uso começou a se disseminar por todo mundo (1).
Foi só a partir da década de 1960 que surgiram os primeiros relatórios médicos que relacionavam o cigarro ao adoecimento do fumante (1) e, a seguir, ao do não fumante. Desde então, fumar passou a ser encarado como dependência a nicotina, que precisa ser tratado e acompanhado.
1.2 -
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