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Garrafas PET

Por:   •  14/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.815 Palavras (8 Páginas)  •  242 Visualizações

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ALISSON P. CORRÊA

JÉSSICA BUGS

RECICLAGEM DE GARRAFAS PET

DEZEMBRO

2014

  1. Introdução

Devido ao uso em grande escala das garrafas PET, principalmente a partir da década de 1990, surgiu um problema ambiental muito sério, uma enorme quantidade de garrafas se acumulava em lixões e aterros sanitários ocasionando a contaminação do solo. Como este material pode se manter por centenas de anos na natureza, tornou-se de fundamental importância a sua coleta e reciclagem. Além de favorecer o meio ambiente, a reciclagem de garrafas PET gera empregos nas cooperativas de catadores de lixo reciclável. Ao invés de ficar poluindo o meio ambiente, o material volta para a sociedade de diversas formas, desde embalagens até artesanatos.

  1. O que é PET

O politereftalato de etileno, mais conhecido como PET, é um polímero termoplástico, isto é, podem ser reprocessados diversas vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação, quando aquecidos a temperaturas adequadas, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser novamente moldados.

Considerado o melhor e mais resistente plástico para fabricação de garrafas, frascos e embalagens, proporciona alta resistência mecânica (impacto) e química, suportando o contato com agentes agressivos. Também possui excelente barreira para gases e odores, capaz de conter os mais diversos produtos com total higiene e segurança.

A embalagem de PET tem se mostrado o recipiente com melhor custo beneficio para as indústrias de todo o mundo, reduzindo custos de transporte e produção.

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  1. História do PET

A primeira amostra desse material foi desenvolvida pelos ingleses Whinfield e Dickson, em 1941. Apresentando-se ser um excelente substituto para o algodão, começou a ser produzido em larga escala pelas indústrias têxteis por volta dos anos 1950. Em 1962 foi a vez das indústrias de pneus utilizarem este poliéster, devido comprovada resistência mecânica. No início dos anos 1970, começou a ser utilizado pelas indústrias de embalagens. Em 1980, os EUA e Canadá iniciaram a coleta dessas embalagens, reciclando-as inicialmente para fazer enchimento de almofadas, com o passar dos anos a qualidade do PET reciclado aumentou e surgiram aplicações importantes como tecidos e embalagens para alimentos. O PET chegou ao Brasil em 1988, seguindo trajetória semelhante no mundo todo, sendo utilizado primeiramente pela indústria têxtil. Apenas a partir de 1993 passou a ter forte expressão no mercado de embalagens, principalmente para refrigerantes. Atualmente o PET está presente nos mais diversos produtos.

  1. Fases do processo

1ª - As garrafas pet depois de usadas são recolhidas pelos catadores, lavadas e separadas por cores. Nesta fase são retiradas as tampas e os rótulos das embalagens, que passam por um processo de higienização e secagem. Então, o pet é moído e reduzido a pequenos pedaços (flakes);

2ª - É feita uma fusão à temperatura de 300°C, além de uma filtragem para retirada de impurezas. Teremos então os chips, que são grânulos milimétricos. Repete-se o processo, e o material derretido é passado por um equipamento que o transforma em filamentos. O resultado é uma fibra;

3ª - As fibras são transformadas em fios de poliéster;

4ª - É então produzida a malha, combinando-se 50% de poliéster reciclado e 50% de algodão, o que resulta numa malha ecológica de grande qualidade.

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São utilizadas duas garrafas pet de litros na produção de cada camiseta, as estampas são produzidas com tintas a base de água.

  1. Estrutura Molecular

Formado por Oxigênio, Carbono e Hidrogênio. Politereftalato de etileno.

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  1. Reciclagem no Brasil

A reciclagem é pouco superior a 50%, mas estima-se que com a abertura do mercado original de garrafas de refrigerante esse número possa subir consideravelmente.

No final de 2012, a empresa Ambev iniciou no Brasil a comercialização de garrafas PET totalmente recicladas. Trata-se de um avanço. Pois anteriormente o material reciclado não podia entrar em contato com alimentos, devido a grande quantidade de contaminantes.

O motivo remete-se a maneira como o material é reciclado. A forma mais comum de reciclagem de plásticos como o PET é a partir da fusão, ou seja, deve-se aquecer o material até que o mesmo derreta. Para derreter um PET são necessários 300°C, embora possa ser considerada alta essa temperatura não garante que todos os contaminantes que possam fazer mal à saúde sejam devidamente eliminados. São necessários mais de 700°C para total descontaminação do PET.

Em 2008, a Anvisa aprovou uma legislação que dispõe o regulamento para que uma embalagem de PET reciclada possa ter contato direto com alimentos. Na legislação está especificada a quantidade máxima de contaminantes que possam permanecer na embalagem, sem que estes sejam passados para o alimento. Para conseguir esse número extremamente baixo, somente a fusão não resolve, é necessário um procedimento físico em que uma limpeza muito mais eficiente que a convencional é empregada.

São utilizadas somente garrafas PET para reciclagem, outros tipos de embalagens como de óleos vegetais dificultam a obtenção das cores desejadas e a presença de óleo traz uma dificuldade a mais, pela retirada de gordura associada.

A coleta seletiva é um grande facilitador do processo de reciclagem. Quanto menos impurezas e resíduos tiver, o processo fica mais fácil, barato e com melhor qualidade.

  1. Vantagens da Reciclagem

Uma das principais vantagens foi à redução do volume de lixo nos aterros sanitários e melhoria nos processos de decomposição de matérias orgânicas nos mesmos. O PET acaba por prejudicar a decomposição, pois impermeabiliza certas camadas de lixo, não deixando circularem gases e líquidos.

  1.  Benefícios Sociais

A indústria têxtil é a maior usuária do insumo. No Brasil, a diversidade de usos permite que o valor pago pela sucata seja altamente atrativo, o que mantem em atividade muitas empresas que comercializam o material, bem como inúmeras cooperativas e seus catadores.

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