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Genero

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Por:   •  5/10/2014  •  Tese  •  696 Palavras (3 Páginas)  •  228 Visualizações

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As reflexões e ensinamentos contidos neste livro da prof. Maria Lúcia barroco competente e incansável pesquisadora dos fundamentos filosóficos, teóricos, políticos e culturais que estão na base dos posicionamentos morais dos assistentes socias contribuem de maneira ímpar para a compreensão e a consolidação daquele projeto ético e político que tem como objetivo central e inadiável a construção de uma sociedade radicalmente nova.

A atual quadra histórica, onde imperam um marcante individualismo, uma brutal desigualdade social, as mais diversas formas de corrupção e até o crescimento de uma belicosa intolerância, o debate sobre como salvaguardar os valores de liberdade, eqüidade, pluralismo, democratização das relações de poder e defesa dos direitos humanos ganha importância capital baseando seus argumentos no aporte teórico de marx (do qual sobressaem aqui categorias seminais como trabalho e alienação) e na reflexão imprescindível de georg lukács e alguns de seus discípulos, a autora explicita as bases ontológico-sociais da Ética e analisa a trajetória do serviço social nesta esfera, evidenciando as diferenças significativas entre o ethos tradicional e o ethos de ruptura presentes em seu evolver histórico.

Para a corrente teórica marxista utilizada pela autora, há uma relação ontológica entre trabalho e ética, ou seja, para que a ética exista é necessário que primeiramente o homem possa atingir sua plenitude de desenvolvimento ou "riqueza humana", segundo trecho da obra de Marx utilizado pela autora através do trabalho, sendo este desenvolvimento entendido como "a explicitação absoluta de suas faculdades criativas", sendo expresso através "dos carecimentos, das capacidades, das fruições, das forças produtivas, etc.

“Esta relação entre ética, trabalho e também liberdade, que segundo a autora se origina do trabalho, está presente durante todo o texto e na compreensão que a autora tem dos conceitos de ética e moral a gênese da ação ética é dada pela liberdade, compreendida ontologicamente como uma capacidade humana inerente ao trabalho, tomado como práxis, o trabalho põe em movimento as capacidades essenciais do gênero: a sociabilidade, a consciência, a universalidade e a liberdade.

Para a realização do trabalho, é necessário o conhecimento e determinado nível de consciência coletiva; a mediação entre este nível mais abstrato e a prática é a chamada práxis, que pode ser definida também como um trabalho tendo determinada finalidade, ou seja, um fazer planejado que produz transformação. Segundo a autora, "no processo de objetivação dessa práxis, ocorre, também, uma valoração da natureza, do sujeito, do produto de seu trabalho; isto cria alternativas e possibilita escolhas entre elas. As escolhas e alternativas propiciam novas perguntas e respostas que configuram as varias formas de expressão da cultura. O desenvolvimento da sociabilidade instituiu novas necessidades, dentre elas a moral. Moral é um sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mutuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade. Estas normas, de caráter histórico e social, devem ser acatadas livre e conscientemente, por uma convicção intima e não de maneira mecânica e impessoal”.

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