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Gestao Desenvolvimento

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Por:   •  17/11/2013  •  389 Palavras (2 Páginas)  •  426 Visualizações

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Ouve-se, muitas vezes, que a inovação é muito bonita, mas que, no fundo, não passa de uma moda boa para as "start-ups", a querer aproveitar uma qualquer bolha tecnológica, ou para as grandes corporações, à procura de uma imagem de modernidade; e que, no fundo, pouco interesse tem para uma PME de uma indústria tradicional, ou para um serviço público.

Lyn Heward, Directora Artística do Cirque du Soleil, provou-nos o contrário, a semana passada. Lyn esteve na Universidade EDP, a falar sobre a “Chama da Criatividade”; muito do que disse já o sabíamos, mas dito por ela ganhou nova força e credibilidade.

Porque a história do Cirque du Soleil é quase inacreditável. Se havia uma indústria difícil de reinventar, o circo era certamente uma delas: uma indústria em declínio, à base de palhaços e animais, dirigida às crianças, que cada vez mais preferiam a “Playstation”. E foi neste ambiente, que o Cirque du Soleil se conseguiu reinventar, criando um circo sem animais, que junta arte com entretenimento, com uma oferta nova, dirigida não só a crianças, mas também a adultos com um grau elevado de educação.

A história começa em 1983, quando um grupo de malabaristas e gigantones se juntaram no Quebec, à procura de um projecto. Dois anos depois nascia o Cirque du Soleil, criado com o apoio financeiro do Governo do Quebec. O êxito tem sido tal, que o circo tem hoje 4.000 empregados de 40 países diferentes e a facturação já é da ordem do bilião de dólares.

Só em Las Vegas decorrem, em permanência, 7 espectáculos. Tive o primeiro contacto com o Circo, há uma meia dúzia de anos, quando, por acaso, assisti ao "O" no hotel Bellagio. Confesso que fiquei sem palavras, com a dimensão e arrojo de um espectáculo aquático que se passava metade do tempo no trapézio metade do tempo na água, em alternâncias inesperadas.

O êxito do Cirque du Soleil, conseguido á custa de criatividade e inovação permanentes, obriga-nos a levar a sério Lyn Heward, quando ela nos confirma que a receita para o êxito é simples: temos de saber correr riscos, saindo da nossa zona de conforto, procurando fazer sempre diferente e mantendo a pressão permanente sobre a organização; temos de ousar experimentar, vendo além do óbvio; temos que conseguir assegurar nas nossas empresas um clima propício à inovação, em que as ideias fluam, naturalmente.

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