Gestao Do Conhecimento
Artigo: Gestao Do Conhecimento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kacy • 14/11/2013 • 1.968 Palavras (8 Páginas) • 394 Visualizações
gestao do
UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP
PÓLO FAXINAL DO SOTURNO
Gestão do Conhecimento
Desafio de Aprendizagem
Curso de Ciências Contábeis
Faxinal do Soturno, 13 de Junho de 2011.
1 INTRODUÇÃO
A informação e o conhecimento tem grande valor e representam poder para quem os possui. Estão presentes em todas as atividades existentes em qualquer organização. Portanto, atualmente as organizações utilizam a gestão do conhecimento como recurso estratégico.
Os autores ainda afirmam que nos anos recentes, os patrimônios considerados intangíveis, ou seja, não mensuráveis de uma empresa, podem ter mais valor agregado que as instalações físicas da mesma empresa. É nesse contexto que o conhecimento, bem como a sua gestão, se transforma em um valioso recurso estratégico para a vida das pessoas e das empresas (BELMONTE et al, 2005).
No decorrer do texto serão abordados os conceitos de conhecimento, assim como os dois tipos de conhecimento, gestão do conhecimento, criação do conhecimento organizacional, a importância do conhecimento para as empresas hoje e como pode ser utilizado na prática nas organizações.
2 CONHECIMENTO
Drucker (1991) definiu conhecimento como sendo “informação que modifica algo ou alguém – seja inspirando ação, seja tornando uma pessoa (ou uma instituição) capaz de agir de maneira diferente e mais eficaz”.
Segundo Davenport e Prusak (1998), conhecimento é uma mistura fluida de experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações. Ele tem origem e é aplicado na mente dos conhecedores. Nas organizações, ele costuma estar embutido não só em documentos ou repositórios, mas também em rotinas, processos e normas organizacionais.
Já segundo Cruz (2002) conhecimento é o entendimento obtido por meio da inferência realizada no contato com dados e informações que traduzam a essência de qualquer elemento.
Na literatura são apresentadas algumas tipologias que caracterizam o termo conhecimento, sendo que a mais utilizada identifica dois tipos de conhecimento: o conhecimento tácito e o conhecimento explícito.
O conhecimento tácito é altamente pessoal e difícil de formalizar, o que dificulta sua transmissão e compartilhamento. Palpites subjetivos, intuições, valores e emoções fazem parte desta categoria (NONAKA, 1991 apud CRUZ & NAGANO, 2006).
Por outro lado, o conhecimento explícito pode ser expresso em palavras e números, sendo facilmente comunicado e compartilhado sob a forma de dados brutos, fórmulas científicas, princípios universais, especificações e manuais. O conhecimento explícito pode ser facilmente transmitido, formalmente e sistematicamente entre indivíduos (NONAKA & KONNO, 1998 apud CRUZ & NAGANO, 2006).
De acordo com Inkpen (1996 apud CRUZ E NAGANO 2006), a criação do conhecimento representa um processo em que o conhecimento dos indivíduos é amplificado e internalizado como parte fundamental do conhecimento organizacional.
Uma organização cria e utiliza conhecimento convertendo o conhecimento tácito em explícito, e vice-versa. Os quatro modos de conversão do conhecimento são: socialização, externalização, combinação e internalização. Este ciclo ficou conhecido na literatura como modelo SECI, espiral SECI ou processo SECI e está no núcleo do processo de criação do conhecimento (TAKEUCHI, NONAKA, 2008).
No Quadro 1, a seguir, serão descritos os modos de conversão do conhecimento e a diferente combinação de entidades de criação do conhecimento.
Quadro 1. Modos de Conversão do Conhecimento.
MODOS DE CONVERSÃO TRANSMISSÃO DO CONHECIMENTO TIPOS DE INTERAÇÃO
1 Socialização
Tácito para tácito Compartilhar e criar conhecimento tácito através da experiência direta. Indivíduo para indivíduo.
2 Externalização
Tácito para explícito Articular conhecimento tácito através do diálogo e da reflexão. Indivíduo para grupo.
3 Combinação
Explícito para explícito Sistematizar e aplicar o conhecimento explícito e a informação. Grupo para organização.
4 Internalização
Explícito para tácito Aprender e adquirir novo conhecimento tácito na prática. Organização para indivíduo.
Fonte: (TAKEUCHI, NONAKA, 2008)
Na socialização o individuo pode adquirir conhecimento tácito diretamente dos outros sem usar a linguagem. Já a externalização é vista tipicamente no processo de criação de conceitos e é desencadeada pelo diálogo ou pela reflexão coletiva. Na combinação os indivíduos trocam e combinam o conhecimento através de meios como documentos, reuniões, rede de comunicação, e a internalização está relacionada ao ”aprender fazendo” (TAKEUCHI, NONAKA, 2008).
Para que o conhecimento seja criado é necessário um local, um contexto físico. Este local é chamado “o Ba do conhecimento” e pode ser entendido como um espaço de compartilhamento onde emergem inter-relações físicas, mentais, virtuais ou uma combinação delas. O Ba é o espaço no qual se cria conhecimento dentro da organização, considerando além dos fatores tangíveis, como o ambiente de trabalho e os produtos desenvolvidos, os fatores intangíveis, como a harmonia de ambiente, a criatividade, a motivação e a cultura organizacional (MALDONADO et al. 2009).
O Ba proporciona a energia, a qualidade e os locais para desempenhar as converfsões individuais de conhecimento e percorrer a espiral do conhecimento (TAKEUCHI, NONAKA, 2008).
Segundo
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