Gestao Do Conhecimento
Casos: Gestao Do Conhecimento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dinhamoreira • 3/9/2014 • 9.251 Palavras (38 Páginas) • 265 Visualizações
Organizações ocidentais, principalmente americanas e européias, têm investido seus esforços em converter conhecimento tácito em explícito – em documentos, processos, bases de dados, etc. Esse esforço é comumente chamado de transformação do capital humano ao capital estrutural de uma organização.
Fonte: ALMEIDA, D. S.; RAPCHAN, F. Desenvolvimento e implantação de software de acoplagem em comunidades de prática on-line para aperfeiçoamento de educadores do CEFET-ES. 2008.
C – Combinação: conversão do conhecimento explícito para conhecimento explícito
A Combinação corresponde a um processo de sistematização de conceitos face a um sistema de conhecimento preexistente. Esse modo de conversão do conhecimento envolve a combinação de conjuntos diferentes de conhecimento explícito. Os indivíduos trocam e combinam conceitos por meio de documentos, reuniões, conversas diretas ou redes de comunicação. Há reconfiguração das informações existentes por meio da classificação, do acréscimo, da categorização do conhecimento explícito (como realizado em bancos de dados de computadores), que pode levar a novos conhecimentos. Na indústria, é constante a evolução e o aperfeiçoamento de produtos que ocorrem por meio de discussões internas entre os departamentos.
I – Internalização: conversão do conhecimento explícito para tácito
Internalização é o processo de incorporação do conhecimento explícito, que se converte em conhecimento tácito na forma de mudança de base de conhecimento,
espécie de aprendizagem coletiva. Quando a maioria dos membros da organização compartilha tal modelo mental, o conhecimento tácito passa a fazer parte da cultura da organização. Exemplos são o know-how técnico acumulado e a aplicação das melhores práticas para execução de processos.
Aula tema 1-Definindo o conhecimento e a aprendizagem organizacional
Ouvimos cada vez mais expressões como “a única constante hoje é a mudança” ou que “entramos na era do conhecimento”. O que essas frases querem dizer?
Na esfera das empresas, que existem imensos desafios pela frente: suportar a concorrência cada vez mais acirrada de outras empresas, prospectar novos mercados, buscar soluções para problemas novos, lidar com cenários que se modificam continuamente. Na esfera pessoal, significa, por exemplo, que precisamos aprender o tempo todo, e também que precisamos saber compartilhar o que aprendemos, porque, ao compartilhar, aprendemos ainda mais. Tal valorização do aprendizado é algo relativamente novo. Ao longo dos séculos, a sociedade evoluiu da era pastoril e agrícola para a era industrial. Nas últimas décadas, da era industrial para a era da informação. Desde então, o que produzimos de mais importante passou a ser intangível, não pode mais ser “tocado”. Mas se no passado recente ter informações significava ter poder, hoje, acessar a informação está fácil demais, talvez a algumas “googladas” de distância. Por isso, o poder se deslocou de ter informação para o que fazer com a informação: o poder está nas mãos das pessoas e das empresas com conhecimento; entramos na era do conhecimento. Assim, precisamos saber como criar, disseminar e utilizar conhecimentos novos, o que facilita o desenvolvimento das empresas, das instituições de uma forma geral e do próprio país. Para nós, indivíduos, significa também elevar nossa capacidade criativa e pensante, significa exercer melhor a cidadania, ter mais recursos para enfrentar os desafios que estão por vir, tanto no terreno profissional quanto no pessoal.
Por isso, seja bem-vindo à disciplina Gestão do Conhecimento!
Vamos começar falando sobre conhecimento e aprendizagem organizacional.
Vivemos uma época de overdose de informações graças, em grande parte, à internet.
Diariamente, temos que domar uma avalanche de e-mails, filtrar notícias, consultar websites, ao mesmo tempo que aparecem novas ferramentas, como twitter, blogs, facebook e outras. Essas ferramentas trazem novas formas de interação e relacionamento entre as pessoas que ninguém poderia imaginar há menos de duas décadas.
Por outro lado, depois de horas na frente do computador podemos ter a sensação de que não aproveitamos tudo ou até de que perdemos tempo. Isso ocorre porque as tecnologias de comunicação lidam com dados e informações, e não exatamente com conhecimento, ou seja, nem sempre o que lemos, vemos ou ouvimos em telas de computador é significativo para nós. E quanto às empresas?
Estão imersas também em um ambiente turbulento, carregado de informações, contradições e paradoxos. As empresas necessitam evoluir e inovar, isto é, aprender e gerar conhecimentos novos, para suportar mudanças e a concorrência. Estudiosos da gestão de empresas debruçaram-se sobre essas questões e deram início a um ramo novo de pesquisas, denominado Gestão do Conhecimento. A Gestão do Conhecimento existia antes nas empresas, talvez com o nome de gerenciamento de informações, mas era preciso dar mais foco e atenção ao conhecimento.
A área de Gestão do Conhecimento está relacionada a temas como gestão de pessoas, capital humano, gestão estratégica de informações, sistemas de informação, inovação, entre outros.
Uma definição para Gestão do Conhecimento, entre inúmeras possíveis, é a seguinte: “uma tentativa sistemática de criar, reunir, distribuir e usar conhecimentos” (DAVENPORT; PRUSAK, 1998).
Neste curso daremos especial atenção aos modelos de criação de conhecimento nas empresas, baseados nos estudos de Ikujiro Nonaka e Hirotaka Takeuchi, autores de uma importante teoria. A teoria está em nosso Livro-Texto, que foi aclamado no mundo inteiro como uma das publicações mais importantes dessa área, virou clássico em poucos anos e referência obrigatória nas empresas e universidades.
Em certa medida, falar de conhecimento é falar de inovação. Entende-se por inovação um conjunto amplo de intervenções, decisões e processos, com certo grau de intencionalidade e sistematização, que tratam de modificar atitudes, ideias, culturas, conteúdos, modelos e práticas (CARBONELL, 2002). Criatividade não tem o mesmo significado que inovação porque criatividade não gera diretamente novos produtos ou novos processos, mas sem criatividade não é possível inovar.
Nonaka e Takeuchi observaram que o conhecimento na empresa é criado pelos indivíduos, dos funcionários mais simples aos mais altos executivos. Notaram também que a experiência humana e certos tipos de conhecimento internalizados nas pessoas
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