Gestor Organizacional
Exames: Gestor Organizacional. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Earaujo21978 • 2/11/2013 • 9.881 Palavras (40 Páginas) • 472 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (CEAD)
Curso Superior de Tecnologia em Logística
Pólo Recife - PE
Cristina Andrade RA 399893
Erwin Araujo RA 385949
Marcelo Lobão RA
Marcone Melo RA 391608
Taciana RA 400212
Gestor Organizacional
Prof. Dr. Orderson Mello
RECIFE – PE
Novembro / 2012
Curso: Tecnologia de Gestão
2º Semestre
Ela estreou seus produtos quando a geladeira ainda era coisa rara. Alimento nutritivo, sobremesa da família, diversão das crianças, pecado preferido dos adultos: da praia ao freezer de casa, a KIBON desempenha muitos papéis, em uma longa e apaixonada relação com os brasileiros. Para a marca, no Brasil é verão o ano todo e sorvete pode ser consumido em qualquer estação. Afinal, KIBON é gostoso e faz bem, há mais de 60 anos.
História
A KIBON começou nos anos 30 na cidade de chinesa de Xangai tendo sua origem em uma empresa criada por um empreendedor americano, Ulysses Harkson. Saboroso desde o início, o negócio acabou por se tornar lucrativo já nos anos 40, mas com a ameaça da Segunda Guerra Mundial, e consequentemente a tensão entre Japão e China, foi inevitável a transferência da filial para fora da área de conflito. Que sorte a do Brasil, que acolheu a nova empresa na cidade do Rio de Janeiro em 1941, fundada por John Kent Lutey, que trabalhava para a fábrica de sorvetes na China, com o nome de U.S. Harkson do Brasil. Antigas instalações alugadas da falida fábrica de sorvetes Gato Preto, aos pés do Morro da Mangueira, foram reformadas para abrigar as atividades da empresa, que colocou os primeiros 50 carrinhos de sorvete, já nas cores amarela e azul, nas ruas e praias da “Cidade Maravilhosa” no ano de 1942. Mesmo nesta época de guerra as dificuldades foram superadas e a empresa adotou uma denominação “fantasia” para identificar seus produtos - SORVEX KIBON. A palavra “sorvex” foi adicionada ao nome como forma de impressionar o consumidor, dando um ar futurista à sobremesa. Ainda neste ano, no verão, iniciou-se a produção de dois sorvetes que seriam os campeões de venda da marca, atravessando décadas até os dias de hoje: Eskibon (um protótipo que contrariava todos os modelos até então conhecidos de sorvete: não era picolé, pois não tinha palito; e também não era servido em taças ou casquinhas. A camada de chocolate que o envolvia obrigava o respeitável público a mordê-lo para chegar ao “recheio”, o sorvete propriamente dito) e o picolé Chicabon, na época, ambos escritos com hífen.-
Durante esta década, a família cresceu. Surgiram os primeiros tijolos de sorvete, em sabores clássicos como morango e chocolate, e outros genuinamente brasileiros como coco e castanha de caju. As campanhas publicitárias incluíam extravagâncias como aviões sobrevoando as praias cariocas e lançando picolés de paraquedas. Em 1949, a empresa começou a fabricar sorvetes em São Paulo, para atender ao consumo cada vez maior na Região Sudeste. Antes que a década acabasse, a marca e os produtos KIBON já eram um sucesso. A partir de 1951, o nome KIBON passou a integrar a assinatura da empresa e os picolés ganharam os famosos palitos de madeira. Dois anos depois, a marca foi para a televisão e patrocinou um dos episódios do “Sítio do Pica-pau Amarelo”, de Monteiro Lobato. Com esta participação também fez história, afinal com seu nome citado no roteiro, inaugurou uma das primeiras experiências de merchandising da televisão brasileira. Em 1955, estreou programa próprio, a Grande Ginkana Kibon, que revelava talentos mirins da dança e da música. Em pouco tempo, a atração se converteria em líder de audiência na TV Record, permanecendo nove anos no ar. Até o fim da década de 50, mais novidades apareceram: sorvete em copinho, em lata, sundae, picolés de frutas tropicais e bolo gelado.
A empresa ficou nas mãos de Lutey até 1960, quando foi vendida à General Foods, na época um grupo americano que importava café brasileiro. Nesse período, os programas para crianças patrocinados pela marca na televisão eram campeões de audiência. A KIBON já estava no Brasil de norte a sul. Apesar do sorvete famoso, a marca ainda produzia ovos desidratados e congelados para a indústria de alimentos, além de balas (como as coloridas Delicados, amendoim coberto com chocolate e jujubas), chicletes (o PING PONG foi lançado pela empresa em 1945), chocolates (como o Ki-Bamba, Ki-Leite, Ki-Coco, Ki-Passas, Ki-Coisa e Lingote), cereais e sucos em pó. Tudo para depender menos da sazonalidade dos sorvetes, consumidos mais no verão. Mudar os hábitos de consumo dos brasileiros seria uma longa e constante batalha, que a KIBON começaria a vencer na década seguinte.
Por várias ocasiões a KIBON realizou promoções, como em 1962, época da Copa do Mundo, com a troca de palitos premiados por miniaturas de jogadores da seleção brasileira. Mesmo em seus primeiros tempos no Rio de Janeiro, a marca já havia produzido uma série especial de picolés - Ki Chute - para venda em estádios de futebol. A partir de 1965, os sorvetes passam a ser embalados em papel parafinado. Com a conclusão da nova fábrica no ano de 1966 era chegada à hora de repensar o visual. Remodelação de embalagens e logotipos e a implantação do conceito do sorvete como alimento nutritivo. A mecanização chegou às fábricas em 1967 com a adoção de máquinas que embalavam os produtos sem contato manual. A propaganda avisava: “Ninguém põe a mão em seu picolé. Embalagem selada”.
Em 1972, mais uma inovação: os tradicionais palitos de madeira começam a ser substituídos pelos plásticos, de plástico flexível, coloridos e
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