Gestão ambiental papel e celulose
Por: João Ricardo • 21/5/2017 • Trabalho acadêmico • 914 Palavras (4 Páginas) • 275 Visualizações
1) Ramo Comercial Escolhido:
O ramo industrial escolhido pelo grupo para o trabalho foi uma indústria de papel e celulose. É um ramo da indústria que é extremamente importante e que tem uma extensão relativamente grande, oferecendo riscos ambientais desde a zona rural até os rejeitos finais da utilização do consumidor final, majoritariamente urbanos. Portanto, a gestão ambiental de uma indústria desse porte deve ser rigorosa e cuidadosa.
2) Principais impactos da Indústria de Papel e Celulose:
- Qualidade dos meios:
1) A cultura de eucaliptos, principal matéria-prima da indústria degrada o solo e causa desertificação.
2) Geração de efluentes líquidos, em especial o chamado licor negro, líquido mal cheiroso, que contém enxofre e alta carga orgânica, altamente tóxico. É proveniente da etapa de obtenção da celulose, pelo processo Kraft.
3) Geração de dioxinas na etapa de branqueamento do papel por métodos que utilizam cloro elementar. Dioxinas são tóxicas e cancerígenas.
- Disponibilidade de Recursos:
4) Uso intensivo de energia elétrica. É a quinta atividade que mais consome energia dentre os setores industriais brasileiros.
5) Uso intensivo de água. Média de 100000 litros de água gastos a cada tonelada de papel produzida.
- Saúde/Cultura:
6) O papel é responsável por cerca de 25% do lixo produzido no Brasil. Assim, uma indústria de papel também tem que se preocupar com o destino final do seu produto.
7) O ruído na etapa de preparação das cavacos
3) Planos para gerenciamento ambiental dos impactos citados:
1) Por que fazer?: A desertificação de um solo é considerada por muitos a morte do ecossistema associado. Um solo desertificado perde sua capacidade de produção para fins úteis ao ser humano e é um dos piores impactos ambientais possíveis.
O que fazer?: Antes e após a colheita, fazer um tratamento do solo buscando mantê-lo ativo por muito tempo e tornar a plantação sustentável. Sistemas de rotação de plantio também ajudam, apesar de serem apenas uma ação paliativa.
Como?: O tratamento de solo é feito por adição de nutrientes, fertilizantes e produtos químicos. A rotação de plantações consiste na utilização de partes da propriedade por um período e de recuperação destas após a colheita, enquanto o plantio é realizado em outras áreas.
Quanto?: Tais ações podem ser dispendiosas, mas à longo prazo, desde que feitas corretamente, elas são capazes de manter o terreno fértil, tornando o negócio sustentável por uma quantidade maior de tempo. Logo, o custo-benefício é grande .
2) Por que fazer?: Um efluente contendo carga orgânica e enxofre não pode ser despejado incorretamente nas correntes hídricas naturais. Além da mudança de DBO, o licor contém componentes tóxicos, que podem causar danos à fauna e flora hídrica.
O que fazer?: O tratamento do efluente líquido é inteiramente possível e a alta carga de compostos orgânicos permite ainda a obtenção de energia.
Como?: Estações de Tratamento de Efluentes específicas são capazes de atenuar os componentes tóxicos, caso a intenção seja o descarte. Caso a intenção seja a queima, a preocupação se torna então o queimador adequado e sistemas de tratamento de emissões gasosas.
Quanto?: Um sistema de tratamento de efluentes sairia caro e não retornaria tantos benefícios, além do cumprimento das leis ambientais. Já a queima do resíduo, produziria energia, recurso necessário pra produção, logo é a opção mais vantajosa.
3) Por que fazer?: As dioxinas são tóxicas e cancerígenas. São altamente prejudiciais ao ser humano e à fauna e flora.
O que fazer?: Existem tratamentos que não utilizam cloro para o branqueamento do papel e tratamentos que aprisionam ou convertem as dioxinas em outros compostos, sem eliminá-las.
Como?: É necessária a mudança do aparato de produção visando especificamente a redução do teor de dioxinas ou a completa substituição do cloro na produção.
Quanto?: A substituição é cara. Os processos de branqueamento que utilizam cloro são mais baratos, visto que é uma matéria-prima barata e a mudança do maquinário de todo um trecho de produção pode não ser economicamente viável.
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