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Globalização para a economia brasileira nos anos 80 e 90

Projeto de pesquisa: Globalização para a economia brasileira nos anos 80 e 90. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  16/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  9.193 Palavras (37 Páginas)  •  450 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Tendo em vista as transformações econômicas e sociais em curso, promovidas pelo processo de internacionalização das economias, procuraremos discutir neste trabalho os efeitos da globalização e sua relação com o emprego, a educação e a família contemporânea no Brasil. O agravamento da exclusão social no País pode ser inicialmente creditado ao modelo capitalista hegemônico, acentuado nas últimas décadas do século XX.

As manifestações e os protestos contra as políticas e as ações das instituições defensoras da globalização não são recentes. Os países em desenvolvimento vêm há décadas sendo submetidos a programas de austeridade impostos pelos principais organismos internacionais, que se mostram extremamente rigorosos e intransigentes. A manifestação de parcelas da população desses países tem sido sistematicamente ignorada pelos países ricos. O que há de novo sobre o desenvolvimento do capitalismo é a sua capacidade hegemônica, reforçada pelo ideário liberal, o princípio do laissez-faire, a idolatria do mercado.

A educação deve ser caracterizada pela sua abrangência num conceito genérico: uma ação que pressupõe um processo de desenvolvimento integral do homem, isto é, de sua capacidade física, intelectual e moral, visando não só à formação de habilidades, mas também à de seu caráter e personalidade social.

As relações familiares têm-se constituído, apesar de suas múltiplas formas, como protetoras, formadoras, sociabilizadoras e mesmo empreendedoras; sendo um importante foco de pesquisa, pois está e permanece como espaço privilegiado de sociabilização, fonte coletiva de estratégias de sobrevivência e campo inicial ao exercício da cidadania.

As crenças e valores que ajudavam a orientar e justificar essas relações foram se transformando. Analisando as atuais relações familiares, buscamos compreender as mudanças, passando a perceber que a família, da forma como vem se modificando na contemporaneidade, impossibilita identificar-se com um modelo único e ideal.

A representação da família para grande parcela da população tem sua compreensão baseada no senso comum fortemente enraizado no conceito de família nuclear, composto de pai, mãe e filhos. Outras formas de organizações familiares vêm se estabelecendo ao longo do tempo, exigindo a qualificação dos tipos de família ou de grupos familiares, do país de onde se originam, da classe social a que pertencem e do momento ou intervalo de tempo em estudo.

O objetivo geral deste trabalho é procurar esclarecer os efeitos da globalização na economia brasileira nas décadas de 80 e 90 e sua relação com o emprego, a educação e a família no Brasil. As discussões sobre a organização econômica mundial estão em pauta, principalmente a questão da internacionalização das economias, incorporando neste objeto de estudo o mercado de trabalho, a educação brasileira e os grupos familiares, estudando cientificamente os problemas econômicos, sociais e políticos, e engendrando uma influente reflexão sobre suas causas e conseqüências para a sociedade brasileira.

Hipoteticamente podemos supor que:

1. O crescimento econômico e o próprio desenvolvimento não trouxeram resultados esperados com intervenções dirigidas e implementadas a partir do processo de abertura e liberalização dos mercados, promovido pelos organismos financeiros internacionais, conjuntamente com os processos de integração econômica e comercial de caráter multilateral.

2. A crescente urbanização e industrialização do País, o ingresso maciço das mulheres no mercado de trabalho, o aumento no nível de escolaridade feminina, as transformações nas formas de organização da produção e o acesso aos métodos modernos contraceptivos são fatores que contribuíram para as profundas alterações da família no Brasil.

3. O planejamento familiar não deve restringir-se apenas aos aspectos ligados exclusivamente às políticas de controle demográfico. Amplos programas sociais voltados aos mais pobres e carentes que possibilitem o resgate de sua cidadania e o fortalecimento do papel da família no contexto social conduzirão o País a melhores índices de desenvolvimento humano.

A pesquisa foi metodologicamente fundamentada nos instrumentos de análise econômica, partindo do estudo do fenômeno da globalização com seus efeitos na economia brasileira nas últimas décadas do século XX. Procuramos limitar a área de atuação deste trabalho, tanto no levantamento de dados quanto aos estudos sobre os níveis de emprego, o sistema educacional brasileiro e o estrato social a que pertencem as famílias.

Em relação aos levantamentos dos dados necessários, bem como à apresentação e discussão do tema desta investigação, utilizamos um referencial bibliográfico preliminar de autores que tratam das questões referentes ao objeto de pesquisa, que constituíram o arcabouço teórico.

Durante a pesquisa procuramos metodologicamente estabelecer uma analogia entre o objeto da pesquisa e as inter-relações com dados constantes em relatórios oficiais de entidades públicas e privadas, revistas científicas, principais periódicos de circulação nacional e internacional, coletando informações pertinentes ao tema, anexando ao trabalho tabelas, quadros e reportagens de maior relevância.

Em relação à globalização podemos preliminarmente afirmar que vêm se atribuindo a determinados fatos proporções maiores do que as reais, isto é, alguns fatos aparentam ou são classificados como maiores do que realmente são. A partir disto, podemos nos referir ao excessivo crédito que o fenômeno da globalização exerce sobre as economias dos diferentes países. No Brasil, a partir da década de 1990, com maior intensidade.

Compreender o atual processo de globalização das economias e seus efeitos, em especial nos países em desenvolvimento, é na verdade procurar desvendar, não só ao público acadêmico, mas para a sociedade, a concepção do papel do Estado nesta nova fase do capitalismo pós-Segunda Grande Guerra, representada pelos agentes econômicos: as famílias, as empresas e o governo.

À medida que compreendermos o fenômeno da globalização, suas relações com os níveis de emprego da mão-de-obra, a educação, a família contemporânea e os efeitos no Brasil, será possível estabelecermos um espaço para novas formas de ação no enfrentamento dos problemas sociais brasileiros, construindo uma alternativa para fazer aflorar a reflexão e o despertar para a consciência social.

Em relação ao Brasil, o problema do emprego não é o que gera o estado atual das coisas, mas faz parte da opção política e econômica adotada a partir

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