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Graus de perda auditiva

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Por:   •  24/3/2014  •  Seminário  •  1.657 Palavras (7 Páginas)  •  631 Visualizações

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Libras é a sigla da língua de sinais. As línguas de sinais (LS) são línguas naturais das comunidades surdas e utilizada para comunicação entre deficientes auditivos. Libras não é apenas uma medida paliativa para se estabelecer algum tipo de comunicação com deficientes auditivos, mas é uma língua natural como qualquer outra. São línguas com estruturas gramaticais próprias. Atribui-se as línguas de sinais a status de língua, pois, são compostas pelos níveis linguísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.

A surdez afeta o principal meio de comunicação entre as pessoas inviabilizando o acesso a língua oral auditiva, logo, a linguagem do surdo tem-se estruturado através da língua de sinais. Por sua vez, a deficiência auditiva, vulgarmente conhecida por surdez, é a perda parcial ou total da capacidade de ouvir que decorre de fatores genéticos, tóxicos ou traumáticos.

Graus da perda auditiva:

• Perda Auditiva Leve: É a incapacidade de ouvir sons abaixo de 30 decibéis. A criança em ambientes ruidosos pode ter dificuldades em entender mensagens, sobretudo com palavras de uso pouco frequente e não identifica os sons produzidos com voz ciciada. Aparelho ou prótese auditiva a utilização pode ser necessária.

• Perda Auditiva Moderada: É a incapacidade de ouvir sons abaixo de 50 decibéis. Aparelho ou prótese auditiva pode ser necessário. A criança com perda auditiva moderada só conseguem ouvir as palavras, quando são de intensidade forte. Verificam-se algumas dificuldades na aquisição da linguagem e perturbações na articulação das palavras.

• Perda Auditiva Severa: É a incapacidade de ouvir sons abaixo de 80 decibéis. Próteses auditivas são úteis em alguns casos, mas não suficientes em outros. São crianças que necessitam de cuidados especiais no treino auditivo, leitura, fala e de muita estimulação da linguagem.

• Perda Auditiva Profunda: É a ausência da capacidade de ouvir, ou a incapacidade de ouvir sons abaixo de 95 decibéis. Devido à criança não possuir informações auditivas, não consegue aprender a falar e não consegue identificar a voz humana. Neste caso é necessária a língua gestual.

Tipos De Deficiência Auditiva:

• Deficiência Auditiva Sensório-Neural: considerada a mais comum que resulta da fala ou dano da célula sensorial (célula ciliada), na cóclea.

• Deficiência Auditiva Condutiva: descreve qualquer problema no ouvido externo ou médio que impede que o som seja conduzido adequadamente ao ouvido interno.

• Deficiência Auditiva Mista: é a combinação da perda sensório-neural com a perda condutiva.

• Deficiência Auditiva Neural: ocorre quando o nervo auditivo não consegue enviar sinais ao cérebro.

A maior parte da surdez ocorre nos primeiros anos de vida, a maioria das vezes as causa são genéticas ou causas perinatais, também pode ocorrer como resultado de infecções do ouvido médio, que são mais comuns em crianças sendo possível adquirir surdez com o decorrer da vida por doenças ou lesões traumáticas.

Os surdos além de serem indivíduos que possuem surdez por normas, são utilizadores de uma comunicação espaço visual como principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição é a fala, tendo ainda uma cultura características interdisciplinares compartilhadas pela sociedade ouvinte em geral. Já outros por viverem isolados ou em locais onde não exista uma comunidade surda, apenas se comunicam por gestos, existem surdos que por imposição familiar ou opção pessoal prefere utilizar a língua falada. Os surdos estão incluídos no movimento da história da humanidade, também constrói e reconstrói a se mesmo e as suas necessidades, assim são sujeitos sociais que modificam sua cultura.

A socialização tem sido um desafio à inclusão dos indivíduos portadores de necessidades educativas especiais no Brasil. Posto à margem das questões sociais, cultural, e educacionais os surdos muitas vezes não são visto pela sociedade por suas potencialidades, mas pelas limitações impostas por sua condição. São definidos como deficientes e, portanto, incapazes. Isso acontece por causa de um atraso na aquisição da linguagem que os surdos têm no seu desenvolvimento, já que, na maioria das vezes, o acesso a ela é inexistente. Atualmente a necessidades especiais na busca de uma escola para todos, sem separações de sexo, raça, classe social para uma abordagem de educação inclusiva que está aberta para colher as diferenças.

Ao pensarmos em uma instituição escolar utópica em que todos são respeitados com suas peculiaridades, aptidões, limites, onde ensinar a todos sem distinção tem uma visão moderna no campo da educação, ou seja, somente neste século que temos acesso a educação sistematizada.

Segundo as professoras Gladis Perlin e Patrícia Luiza

Hoje, buscamos espaços para que a LIBRAS seja valorizada, reconhecida e seja a bandeira do povo surdo brasileiro, assim a Pedagogia, bem como o Currículo e a Didática, não podem ser como antes, devemos romper com as tradições tradicionais e modernas. É um tempo de pensar e repensar as nossas lutas e resistências, somos desafiados, como futuros licenciados no ensino de LIBRAS, a vivenciar e praticar nossa docência dentro do espaço cultural.

O desafio do professor é que tenha possibilidade de interagir com os alunos surdos em respeito a sua cultura surda, a sua língua de sinais para que a criança surda possa ter um desenvolvimento cognitivo-linguístico equivalente ao verificado na criança ouvinte, e que possa desenvolver uma relação harmoniosa também com ouvintes, tendo acesso às duas línguas: a língua de sinais e a língua do grupo majoritário.

De acordo com o texto de Cristina B.F. de Lacerda

. O modelo de educação bilíngue contrapõe-se ao modelo oralista porque considera o canal visogestual de fundamental importância para a aquisição de linguagem da pessoa surda. E contrapõe-se à comunicação total porque defende um espaço efetivo para a língua de sinais no trabalho educacional; por isso advoga que cada uma das línguas apresentadas ao surdo mantenha suas características próprias e que não se "misture" uma com a outra. Nesse modelo, o que se propõe é que sejam ensinadas duas línguas, a língua de sinais e, secundariamente, a língua do grupo ouvinte majoritário. A língua de sinais é considerada a mais adaptada à pessoa surda, por contar com a

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