Haylany Silva
Trabalho Escolar: Haylany Silva. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: haylany • 30/3/2014 • 640 Palavras (3 Páginas) • 298 Visualizações
A origem da palavra ética vem do grego “ethos”, que quer dizer o modo de ser, o caráter. Os
romanos traduziram o “ethos” grego, para o latim “mos” (ou no plural “mores”), que quer dizer
costume, de onde vem a palavra moral. Tanto “ethos” (caráter) como “mos” (costume) indicam
um tipo de comportamento propriamente humano que não é natural, o homem não nasce com
ele como se fosse um instinto, mas que é “adquirido ou conquistado por hábito” (VÁZQUEZ).
Portanto, ética e moral, pela própria etimologia, diz respeito a uma realidade humana que
é construída histórica e socialmente a partir das relações coletivas dos seres humanos nas
sociedades onde nascem e vivem.
No nosso dia-a-dia não fazemos distinção entre ética e moral, usamos as duas palavras como
sinônimos. Mas os estudiosos da questão fazem uma distinção entre as duas palavras. Assim,
a moral é definida como o conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores que
norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social. A moral é normativa. Enquanto
a ética é definida como a teoria, o conhecimento ou a ciência do comportamento moral, que
busca explicar, compreender, justificar e criticar a moral ou as morais de uma sociedade. A
ética é filosófica e científica.
“Nenhum homem é uma ilha”. Esta famosa frase do filósofo inglês Thomas Morus, ajuda-
nos a compreender que a vida humana é convívio. Para o ser humano viver é conviver. É
justamente na convivência, na vida social e comunitária, que o ser humano se descobre e se
realiza enquanto um ser moral e ético. É na relação com o outro que surgem os problemas e as
indagações morais: o que devo fazer? Como agir em determinada situação? Como comportar-
me perante o outro? Diante da corrupção e das injustiças, o que fazer?
Portanto, constantemente no nosso cotidiano encontramos situações que nos colocam
problemas morais. São problemas práticos e concretos da nossa vida em sociedade, ou seja,
problemas que dizem respeito às nossas decisões, escolhas, ações e comportamentos - os
quais exigem uma avaliação, um julgamento, um juízo de valor entre o que socialmente é
considerado bom ou mau, justo ou injusto, certo ou errado, pela moral vigente.
O problema é que não costumamos refletir e buscar os “porquês” de nossas escolhas, dos
comportamentos, dos valores. Agimos por força do hábito, dos costumes e da tradição,
tendendo à naturalizar a realidade social, política, econômica e cultural. Com isto, perdemos
nossa capacidade critica diante da realidade. Em outras palavras, não costumamos fazer ética,
pois não fazemos a crítica, nem buscamos compreender e explicitar a nossa realidade moral.
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