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Historia Da Moeda

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Por:   •  23/11/2013  •  1.110 Palavras (5 Páginas)  •  492 Visualizações

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- Origem da Moeda

O Escambo e o Desenvolvimento da Atividade Econômica

O escambo apresenta alguns problemas no que se refere ao desenvolvimento das atividades econômicas de uma maneira geral. Ele exige uma dupla coincidência de desejos, porque quem pescasse e quisesse, por exemplo, um machado, teria que achar uma outra pessoas que fabricasse machados e quisesse, exatamente, peixes. Outro problema diz respeito à indivisibilidade dos objetos nas trocas diretas. Montoro Filho (1992) exemplifica esse problema salientando a dificuldade que um fabricante de canoas teria se quisesse tomar um cafezinho.

A primeira revolução agrícola foi modificando o sistema baseado no escambo. A vida nômade foi gradativamente cedendo lugar para sedentária e a produção passou a diversificar-se com a introdução de utensílios de trabalho. A divisão social do trabalho começa a se manifestar e os integrantes do grupo ganham funções específicas como guerreiros, agricultores, pastores, artesãos e sacerdotes Dessa maneira, a divisão do trabalho provocou sensíveis mudanças na vida social. A atividade econômica tornou-se mais complexa; o numero de bens e serviço exigido para satisfação das necessidades do grupo aumentou, por consequência, a "dupla coincidência de desejos" torna-se mais difícil; a troca torna-se fundamental para a sobrevivência do grupo social

A partir de então, alguns bens de aceitação são eleitos como intermediários de trocas, exercendo, portanto, função de moeda.

A moeda pode ser conceituada como um intermediário de trocas "que serve como medida de valor e que tem aceitação geral. (...) esta aceitação geral é um fenômeno essencialmente social. Além disso, como a moeda representa um poder de aquisição, desde o momento em que é recebida até o momento em que é dada em pagamento de outra transação, ela também se caracteriza como uma reserva de valor" (LOPES e ROSSETTI, 1991: 18).

Evolução Histórica da Moeda

As primeiras moedas foram mercadorias e deveriam ser suficientemente raras, para que tivessem valor, e, como já foi dito, ter aceitação comum e geral. (Elas tinham, então, essencialmente valor de uso; e como esse valor de uso era comum e geral elas tinham, conseqüentemente, valor de troca). O abandono da exigência do valor de uso dos bens, em detrimento do valor de troca, foi gradativo.

Entre os bens usados como moeda estão o gado, que tinha a vantagem, de multiplicar-se entre uma troca e outra — mas, por outro lado, o sal na Roma Antiga; o dinheiro de bambu na China; o dinheiro em fios na Arábia.

"As moedas-mercadorias variaram amplamente de comunidade para comunidade e de época para época, sob marcante influência dos usos e costumes dos grupos sociais em que circulavam" . Assim, por exemplo, na Babilônia e Assíria antigas utilizava-se o cobre, a prata e a cevada como moedas; na Alemanha medieval, utilizavam-se gado, cereais e moedas cunhadas de ouro e prata; na Austrália moderna fizeram a vez de moeda o rum, o trigo e até a carne.

Com o tempo, as moedas-mercadorias foram sendo descartadas. As principais razões para isso foram:

♦ Elas não cumpriam satisfatoriamente a característica de aceitação geral exigida nos instrumentos monetários. Além disso, perdia-se a confiança em mercadorias não homogêneas, sujeitas à ação do tempo (como no caso dos gados citado acima), de difícil transporte, divisão ou manuseio.

♦ A característica valor de uso e valor de troca tornava o novo sistema muito semelhante ao escambo e suas limitações intrínsecas.

Os metais preciosos passaram a sobressair por terem uma aceitação mais geral e uma oferta mais limitada, o que lhes garantia um preço estável e alto. Além disso, não se desgastavam, facilmente reconhecidos, divisíveis e leves. Entretanto, havia o problema da pesagem.

Em cada transação, os metais preciosos deveriam ser pesados para se determinar seu valor. Esse problema foi resolvido com a cunhagem, quando era impresso na moeda o seu valor. Muitas vezes, entretanto, um soberano recontava as moedas para financiar o tesouro real. Ele recolhia as moedas em circulação e as redividia em um número maior, apoderando-se do excedente. Esse processo gerava o que conhecemos como inflação, uma vez que existia um maior número

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