História Da Enfermagem - Resumida
Exames: História Da Enfermagem - Resumida. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Rozalinski • 18/2/2014 • 7.663 Palavras (31 Páginas) • 814 Visualizações
RESUMO DE HISTÓRIA DA ENFERMAGEM – AV2 – ESTÁCIO – HELOÍSA NOGUEIRA
Aula 8 – Enfermagem Psiquiátrica No Brasil – Escola de Enfermagem Alfredo Pinto e os primórdios da psiquiatria:
A enfermagem psiquiátrica tem as seguintes características: As atividades de enfermagem eram relegadas ao plano doméstico ou religioso, sem nenhum caráter técnico ou científico. Não se cogitava, entre nós, o preparo de profissionais. Foi caracterizado por um processo de dominação da loucura pela razão: o que se dá de modo ambíguo e conflituoso, na medida em que implica reciprocidade e semelhança entre elas. Toda essa argumentação se organizou para dar conta da situação da loucura na modernidade. E, na modernidade, loucura diz respeito à psiquiatria: o louco, como doente mental.
O marco institucional da etapa do processo da dominação da loucura pela razão é a criação por Luiz XIV, em 1656, em Paris, do Hospital Geral. Não se tratava de uma instituição médica, mas de uma estrutura semijurídica, entidade de assistência administrativa, que se situa entre a polícia e a justiça e seria como que a ordem terceira da repressão. Atinge toda a Europa e não se restringe somente à esfera estatal, pois a Inglaterra, por exemplo, também organizou estabelecimentos de reclusão.
No mundo em geral, a compreensão era de que não havia hospital ou prisão para o louco. Ele vivia solto, era um errante, às vezes expulso das cidades, frequentemente vagando pelos campos, entregue a comerciantes, peregrinos ou navegantes.
Nos primeiros 300 anos da sociedade brasileira, era desconhecida uma política de saúde implementada pelo Estado português para atender às demandas da sua colônia na América. Inexistia uma política social e sanitária para o índio e para a população negra, para o louco, para o escravo. Os loucos eram colocados nas cadeias com vagabundos, criminosos ou indiciados. Essa promiscuidade de nenhum modo foi privativa da Colônia do Vice-Reinado ou do Primeiro Império, era Universal. E, contra esse fato, surgiu o artigo 24 da Lei Francesa de 1838, que foi e continua a ser a matriz de toda a legislação mundial sobre alienados.
Antes dessa lei, o asilamento, bem como a morte ou a tortura, eram fenômenos eminentemente morais e instrumento de poder político. Mas, se tornaram formas alternativas de fazer os doentes mentais desaparecerem.
O desequilíbrio mental e as personalidades anormais com condutas fortemente desviadas não eram considerados como doença, mas como um desequilíbrio que perturbava a ordem social. A psiquiatria surgiu, então, com a função de tomar para si a normatização social. Até então, os loucos eram jogados de um lado para outro e, muitas vezes, encarcerados como meros delinquentes. Não conseguiam local adequado onde pudessem ser tratados.
A Sociedade de Salubridade, designada pela Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, protestou, pela primeira vez, contra o tratamento bárbaro dado aos alienados. O médico José Martins da Cruz Jobim fez um relatório e também realizou, pela primeira vez, os escritos sobre as doenças mentais no Brasil. Com a intervenção de José Clemente Pereira, então Ministro da Guerra, e o apoio do jovem monarca Pedro II, somada a pressão da sociedade e dos higienistas, surgiu a ideia da criação do hospício. Porém, essa proteção aos alienados também se apresentou de forma ambivalente com a organização de asilos construídos em locais afastados das cidades, cuja real finalidade era isolar o doente do convívio social, ou melhor, proteger a sociedade. Aos loucos o atendimento era deficiente quantitativamente e qualitativamente; os doentes eram tratados como delinquentes, muitas vezes encarcerados, não existindo uma infraestrutura física e material para que fosse estabelecida uma assistência adequada.
→Em 1890 foi criada a Assistência Médico-Legal aos Alienados que teve o seu regulamento aprovado pelo Decreto nº 508, de 21 de junho. Foi designado para a Direção o médico João Carlos Teixeira Brandão, que estabeleceu as seguintes modificações:
1º- Criação de seção masculina cuja vigilância ficou sob a responsabilidade dos “guardas” e “enfermeiros”.
2º- Dispensou as irmãs de caridade e suas agregadas, até então responsáveis pelo serviço de enfermagem e pela administração interna do Hospital, as quais se sentiram diminuídas em sua autoridade. Por isso, abandonaram o Hospício.
Esse fato colocou em confronto o poder do Estado e o poder clerical: era uma questão explicitamente política. Com os problemas políticos e financeiros que o Brasil atravessava cada vez mais se deteriorava a assistência aos alienados. Nesse momento de crise de pessoal para cuidar dos doentes mentais, era criada a Escola de Enfermagem Alfredo Pinto no Decreto Lei nº 791 de 27 de Setembro de 1890.
A formação das enfermeiras era de dois anos com atuação hospitalar e curativa, tendo sido a Escola de Enfermagem Alfredo Pinto a primeira escola de enfermagem no Brasil. Destacou-se, também, na transformação da Psiquiatria no Brasil através do médico Juliano Moreira que inaugurou a psiquiatria cujos fundamentos teóricos, práticos e institucionais constituíram um sistema psiquiátrico coerente. No plano internacional, ocorria a difusão do sistema Nightingale e, no Brasil, a Escola Alfredo Pinto iniciaria a reforma da enfermagem.
Aula 9 – Transição Monarquia-República - Rio de Janeiro – Higienização e Urbanização:
1) TRANSIÇÃO MONARQUIA/REPÚBLICA:
1.1 .Segundo Reinado de 1870-1889:
Capitalismo industrial no plano internacional com a generalização do trabalho livre e assalariado tornou a escravidão insustentável. Problemas da mão de obra na economia cafeeira, sustentada pela escravidão. Introdução do trabalho assalariado, desenvolvimento das atividades industriais e o crescimento da população livre e das cidades.
- Lei Eusébio de Queirós (1850): abolição do tráfico negreiro no Brasil.
- Lei do ventre Livre (1871): liberdade aos filhos de mulheres escravas nascidos a partir da data da lei.
- Lei do sexagenário (1885): liberdade aos escravos com mais de 60 anos.
Tais mudanças fizeram com que o movimento abolicionista se intensificasse e somasse ao ideal. O escravo não era consumidor e era considerado um entrave à expansão do capitalismo.
- Abolição da escravidão em 1888 – LEI ÁUREA – Princesa Isabel.
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