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História Do Pensamento Economiaco

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Por:   •  17/5/2013  •  5.050 Palavras (21 Páginas)  •  463 Visualizações

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História do pensamento econômico

Introdução

A História do Pensamento Econômico é um estudo da herança deixada pelos que escreveram sobre assuntos econômicos no transcurso de muitos anos.

Antes da Renascença (séculos XV e XVI): era quase impossível a emergência da Economia como campo específico de estudo, pois tudo era contra: a dominação do Estado e da Igreja, a força dos costumes e as crenças religiosas e filosóficas, a natureza e a amplitude limitada da atividade econômica.

No entanto, a atividade econômica para a satisfação de necessidades ocorreu em todas as épocas da história humana.

Relações econômicas na antiguidade

Mesmo nas sociedades primitivas, os homens precisavam organizar-se em sociedade, para defender-se dos inimigos, abrigar-se e produzir comida para sobreviver. A divisão do trabalho daí decorrente permitiu o desenvolvimento da espécie humana em comunidades cada vez maiores e mais bem estruturadas. Na maior parte dos casos, a produção era basicamente para a própria subsistência. Algumas pessoas produziam um pouco mais, permitindo as trocas, o que gerou especialização.

No lar, os homens produziam as ferramentas e utensílios rudimentares para a agricultura, caça, pesca e para trabalhos com madeira (enxadas, pás, machados, facas, arco, flechas e outras armas).

Com o tempo, surgiram pessoas com habilidade que se especializaram na produção de cada um dos tipos de bens. Alguns trabalhadores mais habilidosos não só aprenderam uma profissão específica, como passaram a reunir aprendizes e ajudantes. A escala de produção ampliou-se; os produtos adquiriram maior qualidade e os custos de produção se reduziram em função do aumento das quantidades produzidas.

Aqueles que produziam armas ou ferramentas específicas tinham pouco tempo para se dedicar à caça, à pesca ou à agricultura: eles precisavam trocar os produtos que fabricavam por alimentos e peles para vestuário. Aos poucos, o trabalho de alguns homens passou a ser suficiente para atender às necessidades de um conjunto cada vez maior de pessoas. As trocas se intensificaram, portanto, entre artesãos, agricultores, caçadores e pescadores. A economia adquiria maior complexidade à medida que as relações econômicas realizadas em determinadas localidades alcançavam comunidades cada vez mais distantes. As trocas colocavam em contato culturas diferentes, com repercussões locais sobre os hábitos de consumo e a estrutura produtiva.

Mais tarde, com o surgimento dos líderes comunitários, formaram-se as classes dos soldados, dos religiosos, dos trabalhadores e dos negociantes. Com a divisão do trabalho e as especializações, ficou bem nítida a formação dos diferentes agentes econômicos: governo, consumidores, produtores, comerciantes, banqueiros. O sistema bancário tornou-se importante com o surgimento da moeda, que passou a circular como meio de troca. Na medida em que ela era depositada nos bancos, passou a ser emprestada mediante o pagamento de juros.

Contudo, entre os filósofos gregos, com grande influência no mundo antigo, havia restrições filosóficas aos empréstimos a juros, ao comércio e ao emprego do trabalho assalariado. A busca de riqueza era considerada como um mal, tendo em vista que a ambição é um vício. Esse pensamento dificultava o desenvolvimento da economia. De outra parte, na Grécia antiga, como em Roma, a maior parte da população era composta por escravos, que realizavam todo o trabalho em troca do estritamente necessário para sobreviver em termos de alimentos e vestuário. Os senhores de escravos apropriavam-se de todo o produto excedente às necessidades de consumo dos trabalhadores. A economia era quase exclusivamente agrícola; o meio urbano não passava de uma fortificação com algumas casas, onde residiam os nobres, ou chefes militares.

Para os gregos, a Economia constituía apenas uma pequena parte da vida da cidade, onde se desenrolava a vida política e filosófica, constituindo segundo eles os verdadeiros valores do homem. Por essa razão, a obtenção de riqueza constituía um objetivo bastante secundário na vida dos cidadãos. Para eles, a questão primordial consistia na discussão acerca da repartição da riqueza entre os homens e não como ela se obtinha.

Segundo a filosofia grega, o grande objetivo do homem era alcançar a felicidade, que se encontrava no seio da família e no convívio no interior da cidade, através da interação entre os cidadãos. A busca da felicidade, no entanto, não devia se restringir ao prazer, porque seria voltar à condição de animal e de escravo. A honra era importante na medida em que mostrava ao homem os verdadeiros valores da vida. Segundo eles, embora o comércio não fosse considerado como uma atividade natural, as trocas não eram condenáveis pois permitiam a diversificação das necessidades humanas e levavam à especialização dos produtores. Entretanto, como o comércio era uma atividade que não possuía limites naturais e a moeda facilitava as trocas, criava-se uma classe de comerciantes ricos. Segundo eles, essa possibilidade de riqueza fácil corrompia os indivíduos, que passavam a dar prioridade à busca da riqueza, em prejuízo da prática das virtudes. Pela lógica grega, tornava-se portanto condenável toda prática que levasse à acumulação de moeda, como a existência de trabalho remunerado e a cobrança de juros nos empréstimos.

No pensamento de Platão o comércio e o crescimento econômico associavam-se com o mal e com a infelicidade dos homens. Para ele, o trabalho era indigno porque retirava do cidadão o tempo que ele precisava para o lazer e a prática das atividades políticas e filosóficas. Na livro A República, de Platão, os cidadãos que exerciam altos cargos públicos não deviam “trabalhar” para não “poluir a própria alma”. Eles precisavam ignorar o dinheiro, desvencilhar-se da propriedade de bens e esposa, buscando o que necessitavam na comunidade. Sendo o trabalho necessário para a atividade produtiva, ele precisava ser realizado por escravos. A classe inferior, que trabalhava, podiam possuir bens e trocá-los, bem como acumular riquezas dentro de certos limites para não se tornarem maus trabalhadores. Ele condenava o empréstimo a juros, pois o ganho provém da moeda acumulada e, segundo ele, ela devia ser usada apenas para facilitar as trocas.

Aristóteles compartilhava da maioria das idéias de seu mestre Platão, mais rejeitou a comunidade de bens por considerá-la injusta por que não compensava o indivíduo segundo o seu trabalho. Como os indivíduos

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