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Histórico De Barão Geraldo

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Por:   •  23/10/2014  •  1.828 Palavras (8 Páginas)  •  389 Visualizações

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HISTÓRICO DE BARÃO GERALDO

Filho de Dr. Estevão Rieiro de Resende (Marquês de Valença) e D. Ilídia Mafalda de Sousa Resende (Marquesa de Valença), Geraldo Ribeiro de Sousa Resende nasceu em 19 de abril de 1846, no Rio de Janeiro. Quando ainda era jovem veio para Campinas com a finalidade de se dedicar à agricultura na Fazenda Santa Genebra, que pertencera a seu pai e avô paterno.

Geraldo se dedicou à vida política e foi chefe do Partido Conservador em Campinas, vereador e deputado. Recebeu ainda os títulos de Comendador e de “Barão de Iporanga”, dado por D. Pedro II. Em seguida, o próprio Geraldo Resende optou por alterá-lo para “Barão Geraldo de Resende”.

Geraldo Ribeiro de Sousa Resende casou-se em 20 de junho de 1876, aos 30 anos de idade, com sua prima, D. Maria Amélia Barbosa de Oliveira de Sousa Resende. Maria era filha do Dr. Albino José Barbosa de Oliveira, que foi proprietário da Fazenda Rio das Pedras. Nascida no Rio de Janeiro em 10 de fevereiro de 1853, a Baronesa Geraldo de Resende faleceu em 16 de julho de 1902, em Campinas, aos 49 anos.

O Barão Geraldo de Resende era considerado um homem de visão, que conseguiu transformar a Fazendo Santa Genebra em um dos mais significativos centros agrícolas do Estado de São Paulo. Lá eram utilizados métodos modernos na cultura do café, algodão e na criação de gado.

Após a Proclamação da República, Geraldo afastou-se da política e passou a dedicar-se à agricultura em sua fazenda, onde cultivava diversos tipos de plantios. Muito conhecido por seu caráter humanitário, o barão faleceu subitamente, no dia 01 de outubro de 1907, aos 61 anos.

Segundo informações do jornal Correio Popular de 31 de dezembro de 1980, em 1910 a região de Barão Geraldo era formada pelas fazendas Santa Genebra e Rio das Pedras, sendo que ambas foram responsáveis pela formação do local. A edição do mesmo jornal informa: “A fazenda Rio das Pedras prestou sua contribuição em extensão territorial, uma vez que metade da área urbana do distrito está assentada sobre a gleba que pertenceu a esta fazenda; já a Fazenda Santa Genebra contribuiu mais na parte política e sócio-econômica, devido à enorme colaboração cultural e administrativa de Barão Geraldo”.

O jornal relembra ainda que a área de Barão Geraldo, embora os moradores mais recentes desconheçam, já recebeu a visita de pessoas ilustres. “Um outro fato que não sai da lembrança de seus moradores é que Barão Geraldo, entre muitos distritos e municípios, recebeu a visita do presidente da República, Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco e da rainha Elizabeth I. As duas fazendas receberam em suas sedes, grandes personalidades”.

De acordo com informações do jornal Diário do Povo de 2 de fevereiro de 1983, Rui Barbosa (jurista, jornalista e político), Campos Salles (governador de São Paulo entre 1894 e 1898 e presidente da República de 1898 a 1902) e o cantor Roberto Carlos também visitaram Santa Genebra e sua mata.

Em 30 de junho de 1973, a edição do jornal Diário do Povo informava aos leitores sobre algo curioso: na Fazenda Santa Genebra havia uma plantação de roseiras, cujas mudas haviam sido trazidas da Europa, mais especificamente de um castelo na França. Dez anos depois (na edição de 2 de fevereiro de 1983), o mesmo jornal se dedicou a relembrar os primórdios de Barão Geraldo, uma “área de fazendas”. “O distrito era uma confluência de regiões e estradas - a velha estrada de Cosmópolis e a dos fazendeiros (Rhodia). Era uma área de chacareiros e leiteiros. E foi nas terras de duas importantes fazendas - Rio das Pedras e Santa Genebra - que a maioria das histórias nasceu”.

A localização de Barão Geraldo contribuiu muito para que o progresso ali chegasse. O ano de 1935 foi importante para a região, pois nesta época houve a instalação da luz domiciliar. Em 1950, foi o momento da rede pública de luz elétrica chegar ao local. No ano de 1953, outra importante conquista. No dia 30 de dezembro daquele ano, Barão Geraldo era elevado à distrito, através do trabalho da chamada “Comissão Representativa de Cidadãos”.

Na década de 50, Ruth Geraldi Poças, de 78 anos, deixava o bairro do Guanabara para residir em Barão Geraldo, onde continua até hoje. Sobrinha de Agostinho Páttaro, Ruth lembra-se de quando jovem vir sempre para Barão, já que a família de sua mãe residia no local. “Naquela época Barão Geraldo era uma região de fazendas. Atrás da casa onde eu morava só havia mato e plantações de mandioca e milho”, relembra. Por volta dos anos 50, segundo Ruth, ainda não havia muito comércio na área. “Havia alguns armazéns e botecos apenas”, diz.

Ruth Poças foi casada por muitos anos com um conhecido morador de Barão Geraldo, já falecido: o Sr. Adão Poças, que por muito tempo vendeu água de côco e garapa em sua barraquinha na avenida Santa Isabel, umas das principais vias do distrito. Juntamente com a D. Benedita Domeni (a Dona Didi), o casal ajudou a fundar a Casa de Repouso Bom Pastor que, nos anos 80, começou a oferecer abrigo a pessoas com Câncer - e também a suas acompanhantes - que vinham se tratar nos hospitais de Barão Geraldo.

Atualmente residindo no bairro Vale das Garças, em Barão Geraldo, Ruth Poças acredita que alguns bairros do distrito perderam a tranqüilidade. “O centro de Barão Geraldo já é mais o mesmo”, conta ela, que residia no centro do distrito antes de se mudar para o endereço atual.

No ano de 1970, como afirma o jornal Diário do Povo de 14 de setembro de 1975, Barão Geraldo possuía uma população de cerca de 10 mil habitantes, sendo que havia 7.500 habitantes na área urbana e o restante na rural. No ano de 1975, o número de habitantes havia subido para 12 mil.

A edição do jornal Correio Popular de 25 de novembro de 1978, definia bem as razões pelas quais campineiros de diversas áreas estavam migrando para Barão Geraldo. “A tranquilidade da área, as facilidades de comunicação e transporte, a proximidade de um grande centro industrial, hospitalar e educacional, aproveitando as suas vantagens e evitando as desvantagens, são alguns dos atrativos que levaram e estão levando muitas famílias campineiras ao distrito de Barão Geraldo, em fuga diante do caos urbano, do barulho e da poluição do ar desta que já foi chamada ‘a cidade das andorinhas’”.

No ano de 1980, a população do distrito já havia crescido bastante, assim como a quantidade de bairros na área. Segundo o jornal Correio Popular de 31 de dezembro de 1980, na época Barão possuía uma população de mais de 19 mil habitantes e era composto por 10 bairros. A região era servida por redes de água e esgoto, asfalto e iluminação pública. Na parte de educação, contava

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