INSTRUMENTOS AUXILIARES DE MEDIÇÃO
Trabalho Escolar: INSTRUMENTOS AUXILIARES DE MEDIÇÃO. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: CamilaAlvarenga • 30/4/2014 • 2.462 Palavras (10 Páginas) • 345 Visualizações
INSTRUMENTOS AUXILIARES DE MEDIÇÃO
Para muitas medições, ou para traçagem de peças, necessita-se de um plano ou
de uma reta de referência materializados.
Partindo deste plano ou reta, considerados perfeitos para o caso em questão
(ou levadas em conta as imperfeições porventura existentes ) pode-se determinar diversas
medidas e estabelecer correlações entre as mesmas: se, por exemplo, numa carcaça com
vários furos deve-se determinar a posição dos eixos destes furos entre si e em relação a
uma superfície de saída ( de referência ) sobre a carcaça, é mais conveniente montá-la
num plano de medição ( placa de traçagem, desempeno ) e determinar todas as medidas
necessárias a partir da mesma com auxílio, por exemplo, de blocos padrão, graminho ou
medidor de coordenadas ( figura 6.1).
Para a traçagem vale o mesmo. Precisa-se então, para tais procedimentos,
desempeno, réguas e esquadros.
Exemplo de peça de grande porte medida em desempeno.
DESEMPENOS
Os desempenos ( placas ) são geralmente de ferro fundido, sem falhas de
fundição, fortemente nervuradas na parte inferior a fim de se ter uma boa rigidez. São
apoiados em três pés com o que se tem sempre um apoio bem definido ( isostático ), e
dispondo-os de modo a conseguir a mínima flecha de flexão pelo peso próprio.
De acordo com a classe de exatidão, a superfície ( plana ) do desempeno pode ser usinada ( usinagem de acabamento ), plainada ou rasqueteada, porém nunca
retificadas (pequenas partículas dos grãos de rebolo poderiam ficar presas dentro de
poros do ferro fundido e provocar desgaste demasiado dos instrumentos de medição).
Dimensões e erros admissíveis são normalizados pela DIN 876 e NBR 7263. O
erros admissíveis de planeza, relativos a um plano ideal médio da placa em questão,
podem ser apreciados, na tabela a seguir.
ERROS ADMISSÍÍVEIS DE DESEMPENOS DIIN 876 // NBR 7263
Classe de erro Tolerância de planicidade
00 4 + a/500
0 4 + a/250
1 10 + a/100
2 20 + a/50
3 40 + a/25
a = comprimento do lado maior do desempeno
A verificação da planeza de uma placa é feita com auxílio de uma régua ( de
pequeno erro máximo ), montada sobre dois blocos padrão do mesmo tamanho, como
mostra figura 6.3. A distância entre a régua e a placa é medida em vários pontos com
blocos padrão. As diferenças de medidas destes blocos indicam os erros de planeza da
placa nos pontos correspondentes.
NOTA: Este procedimento, usado na prática pela sua simplicidade, substitui na realidade,
o método baseado na medição da retilineidade em várias direções. Trata-se, pois,
apenas de um método onde a planeza é medida de forma aproximada.
O método de medição do erro da planeza apresentado é o mais elementar.
Muitos outros métodos são empregados e utilizam instrumentação sofisticada como: nível
eletrônico, autocolimador, laser de alinhamento, etc.
Quando se utilizam níveis eletrônicos o procedimento também se baseia na
medição de retilineidade em várias direções, e por processamento dos dados em
software específico, é feito a " amarração " dos dados e se determina o erro de planeza do desempeno. A vantagem de se utilizar níveis eletrônicos está associada a baixa incerteza de medição e ao tempo dedicado a calibração, que em geral é menor
comparativamente ao que utiliza réguas padrão.
Se o desempeno é utilizado como plano de referência, ele é disposto na horizontal, com os pés para baixo e a superfície de medição nivelada com um nível de bolha, sendo montado em altura conveniente ao trabalho em pé (1000 a 1200 mm) sobre uma estrutura rígida metálica ( tubular ou de perfis laminados ). Para os trabalhos nos desempenos, dispõe-se de uma série de acessórios.
Acessórios para trabalhos de medição em desempenos.
Controle da planicidade de um desempeno, realizado com régua padrão e blocos padrão.
Como o nome "desempeno" já indica, ele não é usado apenas para a medição mas, também, para desempenar superfícies. Entende-se aqui a operação de esfregar o
desempeno, sobre o qual foi aplicada tinta ( pastosa, a base de óleo geralmente de cor
azul escura ) finamente distribuída, sobre a superfície a desempenar, com o objetivo de tornar bem visíveis ( "pintar" ) os pontos altos desta superfície. Os pontos " pintados" são removidos em seguida, pelo rasqueteamento. Repetindo o processo descrito várias vezes, consegue-se uma superfície com planeza próxima daquela do desempeno.
Neste processo, obviamente o desempeno é usado em várias posições ( também de cabeça para baixo ), de acordo com a posição da superfície a desempenar, e é manobrado por intermédio de maçanetas adequadas.
O procedimento descrito trata-se de uma comparação entre a superfície a controlar e a do desempeno, comparação que não merece inteira
...