Identificação De Vernizes
Pesquisas Acadêmicas: Identificação De Vernizes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: GabiScorsin • 18/8/2014 • 1.398 Palavras (6 Páginas) • 1.201 Visualizações
Identificação de vernizes
Introdução
Os vernizes são usados para a proteção de embalagens metálicas. Têm como principal função a diminuição das interações dos metais presentes na embalagem com os produtos presentes no seu interior. Suas características químicas e físicas devem ser tais que, permitam sua resistência a deformação mecânica, como também aos tratamentos térmicos, além de não transmitir sabor ou odor ao produto e não apresentar riscos de toxicidade.
Esses revestimentos orgânicos devem apresentar determinadas características, que permitam uma melhor utilização sobre um determinado produto. Sua aplicação deve ser fácil, apresentando também secagem suficiente. Devem apresentar boa aderência, resistência a abrasão, flexibilidade, resistência a tratamentos térmicos ou químicos, além de permitirem um baixo custo.
As resinas mais comumente utilizadas em superfícies metálicas, apresentadas neste trabalho, são as oleorresinosas, fenólicas, epóxi-fenólicas, epóxi-anidridos, organossóis, poliésteres, vinílicos e acrílicos.
Os primeiros vernizes a serem utilizados foram os oleorresinosos. São vernizes de baixo custo e boa resistência a ácidos, mas não resistentes à sul- furação. Tratando-se de um composto natural, este tipo de verniz foi rapidamente afastado com o desenvolvimento das resinas sintéticas alternativas. (JORGE, N)
Os primeiros revestimentos sintéticos a serem desenvolvidos foram os vernizes fenólicos e vinílicos. Os fenólicos são resistentes à sulfuração, mas de flexibili- dade limitada enquanto os vinílicos apresentam boa flexibilidadde e aderência. São adequados para embalagens embutidas, embora sua baixa resistência à temperatura de soldagem cause problemas na fabricação de latas com 3 peças. (JORGE, N)
As resinas epóxi-fenólicas associam duas resinas complementares e com características diferentes (resina fenólica e resina epoxídica). Conforme a percentagem de cada uma das resinas são obtidos vernizes que cobrem uma vasta gama de aplicações. A resina fenólica, devido ao seu elevado grau de reticulação, confere impermeabilidade, resistência química e é responsável pela cor dourada, mas é pouco flexível. A resina epoxídica melhora a flexibilidade. Podem ser pigmentadas com alumínio ou óxido de zinco, que são barreira à sulfuração física ou química, respectivamente. As resinas epóxi-fenólicas têm dominado o mercado nos últimos anos, encontrando aplicações para todos os usos. (JORGE, N)
Os vernizes mais recentes (epoxiamidas, acrílicos, poliésteres, organossóis) foram desenvolvidos com o objetivo de dar resposta a problemas específicos, que surgiram com as novas tecnologias de fabricação de latas e com as exigências de qualidade do mercado. ( JORGE, N)
As resinas epóxi-amidas resultam da reação entre grupos epóxi e hidroxila de resinas epoxídicas com funções aminas (ureia, melanina), resultando em verniz com grande inércia química e boa resistência à esterilização térmica. São usadas, sobretudo, no interior de latas de bebidas carbonatadas. Os vernizes acrílicos são ésteres do ácido poliacrílico ou polimetacrílico. Oferecem boas resistência química a temperaturas de esterilização e são usualmente pigmentados com uma carga mineral que lhe confere cor branca com aspecto cerâmico, muito atrativa. Os vernizes poliésteres são polímeros formados por condensação de polialcoóis com poliácidos, com elevada resistência térmica, boa aderência e flexibilidade mediana. São, sobretudo, usados como pigmentos em decoração exterior. (JORGE, N)
Os organossóis são dispersões de policloreto de vinila reforçado por uma resina fenólica, em solvente orgânico. O extrato seco é de 65-70% o que permite obter revestimentos mais espessos. Os organossóis têm boa resistência química a temperaturas de esterilização e são usados na fabricação de latas embutidas, pigmentados ou não e em tampas de abertura fácil. (JORGE, N)
Objetivos
Identificar o tipo de verniz utilizado na amostra destinada a embalagens metálicas para envase de doces (compotas).
Materiais e métodos
MATERIAIS
• Álcool metílico
• Clorofórmio
• Soda cáustica
• Ácido sulfúrico concentrado
• Solução NaOH 10%
• Chapa de aquecimento
• Bico de Bunsen
• Haste de cobre
• Lupa
• Tubos de ensaio e pinças
• Papel de filtro
• Bastão de vidro
• Capela
• Frascos de descarte
MÉTODOS
Foram executados os testes descritos na sequência abaixo, e identificados de acordo com os dados da tabela 1 (anexo).
Teste da mistura de clorofórmio e álcool metílico
Foram colocados pedaços da amostra envernizada (corpo-de-ensaio) em um tubo de ensaio e adicionar a mistura clorofórmio: metanol (10:1). Em seguida, retirou-se a amostra e anotou-se as alterações visuais e de aderência do verniz.
Teste da soda cáustica fria
Colocou-se em um tubo de ensaio, a solução de NaOH (10%) e manteve-se a amostra envernizada por 3 a 4 minutos, foi recolhida então a amostra em um funil e se observou as possíveis alterações de cor e aderência do verniz.
Teste da soda cáustica em ebulição
Foi aquecido em um tubo de ensaio a solução de NaOH (10%) até ebulição foi adicionada a amostra por 30 segundos. A amostra foi recolhida em um funil e observou-se as alterações no verniz.
Teste do ácido sulfúrico concentrado
Foi colocada uma gota do ácido, por meio de um bastão de vidro, sobre a amostra e verificado, após 15 segundos, se ocorreu dissolução do verniz. Em seguida, cobiu-se gota com papel de filtro seco e, decorridos 15 segundos, verificar a formação de cor roxa, a qual indica a presença de resina epóxida.
Teste de Beilstein
Este é um teste que indica a presença de resinas
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