Imperialismo
Resenha: Imperialismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tamoai • 2/6/2013 • Resenha • 1.521 Palavras (7 Páginas) • 818 Visualizações
No livro O Imperialismo: Fase Superior do Capitalismo, escrito por Vladimir Ilich Lênin em 1916, o autor objetiva fazer com que sua obra pudesse auxiliar no entendimento de um problema econômico essencial, o qual era inviável entender sem estudo, e formar uma visão referente a guerra e a política daquele momento. Para tanto, Lenin buscou abordar o tema, detendo-se somente nas relações e os laços que havia entre as características econômicas fundamentais do imperialismo.
Deste modo, partindo do objetivo de elucidar a transição do capitalismo para chamado Imperialismo destacando aspectos econômicos, em aspectos livro de Lênin divide-se em dez capítulos: A concentração da produção dos monopólios; os Bancos e sua nova função; o capital financeiro e a oligarquia financeira; a exportação de capitais; a partilha do mundo entre os grupos capitalistas; a partilha do mundo entre as grandes potências; o imperialismo, fase particular do capitalismo; o parasitismo e a decomposição do capitalismo; a crítica do imperialismo e o lugar do imperialismo na história.
Assim, no capítulo inicial A concentração da produção dos monopólios, apresenta-se o resumo da história dos monopólios, referente ao período de 1860 à 1880, o qual consiste no ápice de desenvolvimento da
livre concorrência, de modo que como Lenin declara que a presença desta se dava entre quase todos os economistas sendo vista como uma lei natural. Onde os monopólios eram quase imperceptíveis, em razão de estes estarem apenas no inicio de sua formação. No entanto, afirma-se que é a própria livre concorrência é quem causa a concentração da produção, e esta ao alcançar um determinado patamar de seu desenvolvimento leva a monopólios. Assim, como dito ocorreu que neste terreno econômico os monopólios passaram a ter o principal papel em substituição à livre concorrência. Esse contexto se mostra após a crise de 1873, extenso período de desenvolvimento dos cartéis, os quais ainda estão na fase em que são vistos apenas uma exceção, não são sólidos, passando a imagem de que eram passageiros. Sendo o momento em que Lenin destaca ser a passagem do capitalismo para o imperialismo, é no fim do século XIX e a crise de 1900 a 1903, os onde cartéis transformaram-se no alicerce da economia.
Em linhas gerais, podemos destacar nesse primeiro capitulo que Lênin analisou os monopólios em ramos em destaque na indústria como do petróleo, química, aço, carvão, tabaco na Alemanha e nos Estados Unidos mostrando que se transformavam em forma de cartéis e de trustes, onde concentram-se frequentemente sete ou oito décimas partes de toda a produção de um determinado ramos industrial . Estabelecendo, os carteis entre si, contratos
sobre as condições de venda, os prazos de pagamento, etc. Repartiam os mercados de venda, determinavam quantos produtos deveriam fabricar, fixando os preços, e distribuem os lucros entre as diferentes empresas. Evidenciando que os modelos "modernos e civilizados" por meio dos quais os monopolistas colocavam os demais ramos da economia sob o seu jugo contrastam nitidamente da concorrência tradicional entre pequenas e grandes empresas: controle das fontes de matérias-primas, da mão-de-obra, dos meios de transporte, diminuição dos preços, controle do crédito, controle dos compradores, declaração de boicote, etc. Nesse primeiro momento o autor Lênin enfatiza que os monopólios levaram a um enorme progresso na socialização da produção. E que o desaparecimento das crises pelos cartéis é uma fantasia dos economistas burgueses, em razão de que o monopólio que surge em determinados ramos da indústria, só faz crescer e agravar o caos próprio de todo o sistema da produção capitalista no seu conjunto.
A partir daí, com os cartéis monopolistas guiando os rumos da economia, estes passam a aliar-se aos grandes bancos. Sendo os assuntos abordados pelos capítulos II e III do livro de Lênin, quando a Europa é vista como o cenário da disputa acentuada entre as nações capitalistas mais desenvolvidas pelo controle do continente. O autor afirma no capitulo II que os bancos passaram de simples intermediários à monopolistas
onipotentes, que detinham de quase todo o capital-dinheiro do conjunto dos capitalistas e pequenos patrões, tal como da maior fatia dos meios de produção e das fontes de matérias-primas de um ou de muitos países. Ocorrendo, deste modo, um estreitamento da relação dos bancos com a indústria e o comércio e, nessa relação, os bancos assumiram um papel de dominação sobre o resto da economia. Isso ocorreu de fato na passagem XIX para o século XX, por meio de grandes fusões de empresas, onde parte cada vez maior do capital industrial passa a ter participação acionária dos bancos. Os quais, por sua vez investem na indústria, consolidando o surgimento do capital financeiro.
Em seguida Lênin fala no capitulo III da oligarquia financeira, visto como expressão social deste processo ao nível da estrutura das classes da burguesia. Essa nova fração passa a ser dominante em toda a sociedade capitalista. O autor vê esse processo econômico e social como capital financeiro, que concentra-se no poder de poucos dispondo do monopólio efetivo, obtém um vasto lucro, que aumenta continuamente com a constituição de sociedades, emissão de valores, empréstimos do Estado etc., confirmando a dominação da oligarquia financeira e impondo a toda a sociedade um tributo em proveito dos monopolistas. E ressaltava ainda que lucros excepcionais obtidos pela emissão de valores, como uma das operações principais do capital financeiro,
contribuem muito para o desenvolvimento e consolidação da oligarquia financeira".
Por fim, Lênin ressalta que o capital produtivo ,os investimentos na indústria, e o capital especulativo, as operações bolsistas e financeiras,
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