O Imperialismo: fase superior do capitalismo
Tese: O Imperialismo: fase superior do capitalismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 19/6/2013 • Tese • 494 Palavras (2 Páginas) • 526 Visualizações
RESUMO CRÍTICO - Capítulos: I, II, III, IV e VI
LÊNIN, V.I., O Imperialismo: fase superior do capitalismo. 2ª ed. São Paulo: Centauro, 2003.
A tese central do texto se foca na concepção de que o capitalismo evoluiu ao longo do tempo e que no início do século XX ele “abandona” parcialmente o processo de livre concorrência e passa a se fixar sob uma fase financeira, firmada sobre grandes monopólios que acentuam o caráter imperialista do sistema. Karl Marx já apontava que a livre concorrência, com o auge de desenvolvimento nas décadas de 1860 e 1870, aumentou a concentração da produção nas grandes indústrias, e esta concentração por si mesma, acabaria por conduzir a tais monopólios, pois uma combinação de empresas se torna algo vantajoso, visto que as dificuldades de concorrência diminuem, os níveis técnicos aumentam, elas podem dominar diversos ramos industriais e os lucros aumentam consideravelmente. Elas podem se reunir em grandes cartéis, estabelendo entre si como ocorrerão as vendas, como serão os pagamentos, quantos produtos cada uma produzirá, entre outros; ou então em trustes, que negociarão todo o processo de produção de um produto. O autor destaca ainda que esses monopólios culminaram com uma socialização da produção, que ainda assim continuava a ser propriedade privada de poucas pessoas. Tal socialização aumentou a desproporcionalidade de desenvolvimento entre a agricultura e as indústrias e reforçou o capitalismo financeiro, visto que os principais lucros iam para os articuladores das maquinações financeiras, os bancos, estes que antes eram apenas intermediários e que se firmaram como grandes monopolistas do imperialismo capitalista, aumentaram seus lucros, principalmente com as emissões e com a concentração bancária, e que através do sistema de participação aumentou seu poder de influência incorporando, comprando e absorvendo bancos de menor porte. Devido a essa degeneração do capitalismo, toda a vida econômica sofreu uma profunda modificação. Tal monopólio dos bancos se funde com o monopólio da renda da terra e com o monopólio das vias de comunicação, em um processo conhecido como especulação e influencia toda a economia de um lugar. Exporta-se capital em si, que adquiriu com tudo isso o valor de mercadoria. Toda a dominação do capitalismo financeiro também levou à partilha do mundo pelas potências, como Estados Unidos da América, Inglaterra, Alemanha e França, pois todos esses países desejavam adquirir colônias, matérias-primas, mãe de obra e eliminar a concorrência. Lênin chega à conclusão de que esse capitalismo monopolista, centrado no capital financeiro, leva à dependência e dominação cada vez mais exacerbada dos países menos desenvolvidos, através do imperialismo. Como afirmou Hilferding, citado no texto, “O capital financeiro não quer a liberdade, mas a dominação”. De forma concisa e utilizando-se para embasar seus argumentos dados estatísticos sobre os países e empresas, Vladimir Lênin expôs segundo suas ideologias, seu modo de analisar a realidade do seu tempo de forma bastante interessante e podemos ver até os dias atuais que esse tipo de dominação do capital financeiro ainda sobrevive e um imperialismo, mais camuflado se faz presente.
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