Implicações do melasma

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1. Impacto na qualidade de vida de mulheres com melasmas

Nos últimos vinte anos é crescente o interesse pelo impacto negativo gerado pelas doenças na qualidade de vida dos seus portadores. É visível o aumento de publicações de estudos internacionais sobre as implicações no inter-relacionamento e no modo como os pacientes são afetados em seu bem-estar geral.

Apesar da pouca mortalidade de algumas doenças dermatológicas e da pouca representatividade clínica de algumas doenças de pele, os especialistas vêm se preocupando com o quanto a aparência, a auto-estima e a auto-aceitação de sua própria imagem se faz importante para os portadores dessas doenças.

Para conhecer a realidade do quanto e como os portadores de doenças dermatológicas são afetados, foram elaborados questionários bastante abrangentes para várias doenças como, por exemplo, acne, vitiligo, alopecia, câncer de pele, etc, e mais recentemente o melasma.

Melasma é uma doença pigmentar adquirida, muito prevalente e caracterizada por manchas hiperpigmentadas, simétricas, localizadas nas áreas fotoexpostas, surgindo, geralmente, em mulheres em idade reprodutiva e podem causar sérios prejuízos ao bem-estar do seu portador.

Exatamente pelo fato dessas manchas surgirem, principalmente no rosto e nos antebraços, ou seja, nas partes mais visíveis, é que atinge mais intensamente a auto-estima, a auto-aceitação, e traz para o paciente um incômodo bastante negativo.

A extensão das manchas é bem variável, podendo acometer desde pequenos pontos na face, quanto se estender por toda ela. A intensidade da cor também é variável, saindo do marrom claro até ao marrom bem escuro.

Inicia-se a partir dos vinte ou trinta anos, passando por períodos de remissão parcial no inverno e de exacerbação no verão. É uma doença crônica que pode surgir repentinamente por exposição solar, ou de maneira gradual, por motivos ainda não tão bem compreendidos.

Tanto o surgimento quanto o agravamento se dá, na maioria das vezes, de acordo com resultados de pesquisas, durante a gestação, ou durante o uso de anticoncepcionais orais, ou ainda na terapia de reposição hormonal, dando pistas, portanto, de ser proveniente de pacientes com predisposição num cenário hormonal.

Mas os estudiosos afirmam que um dos principais estimulantes e causadores do melasma é a exposição ao sol sem a foto proteção. Daí a grande necessidade de se usar o protetor solar, ainda que não se fique muito tempo exposto diretamente à luz solar ou em dias nublados.

O tratamento do melasma ainda é um grande desafio para os especialistas devido ao grande número de diferentes respostas dos pacientes aos tratamentos. Além disso as recidivas causam um certo desânimo no paciente que leva muito tempo, com um alto custo, para ver todo o seu esforço desabar com poucos descuidos, como, por exemplo, esquecer de se proteger com o protetor solar permanentemente.

Infelizmente, por se tratar de uma doença que atinge apenas a parte estética, ou melhor, não causar danos mais sérios e nem ameaçar a saúde do paciente, o melasma é recebido pela área da saúde com menos cuidado ou interesse, já que o indivíduo pode exercer suas faculdades físicas e mentais normalmente.

Assim, o médico pode menosprezar o problema, deixando o paciente entregue à baixa auto-estima, à ansiedade e causando inúmeros desgastes emocionais, pois o paciente percebe não apenas seu bem estar físico, mas sua aparência bem aceita por ele mesmo e pelos outros.

Para conhecer melhor a realidade de portadores do melasma em nossa cidade de Taiobeiras, MG, e baseando-nos nesses pressupostos, realizamos uma pesquisa com um pequeno grupo de pessoas que sofreram as conseqüências danosas desse problema, tão comum em regiões muito quentes e com pouco acesso à área específica da dermatologia, como é o caso da nossa região (Norte de Minas Gerais).

Vejamos, a seguir, o resultado dessa pesquisa que se deu através de um questionário (em anexo) direcionado a cinco clientes, aplicado através de entrevista em meados do mês de setembro de 2015.

Conforme já relatado em estudos, realmente o surgimento do melasma acontece, na maioria das vezes, na idade reprodutiva e geralmente ligada à gravidez ou ao uso de anticoncepcionais.

Talvez pela falta de informação e, muitas vezes, pela falta de recursos financeiros, as portadoras não tiveram acesso ao tratamento correto e ainda passaram a usar filtro solar somente depois das manchas instaladas.

Ainda assim todas elas acham que a alimentação pode ajudar a prevenir ou piorar as manchas, porém sem nenhuma informação segura ou de conhecimento médico, apenas suposições de que alguns tipos de alimento, como o limão que causa manchas se ficar exposto ao sol, também imaginam que possa ser o limão um dos responsáveis pelo melasma que adquiriram.

Mas o importante é que o profissional de estética poderá sugerir, para eventuais clientes com melasma, uma arma bastante segura e paliativa, que é a maquiagem, enquanto a sua cliente não obtiver algum resultado mais positivo, melhorando significativamente a auto estima dessas clientes.

Poderá, também, informar sobre a necessidade imprescindível do uso de protetor solar, alimentar-se de alimentos que sejam fonte de vitamina C e evitar o máximo possível, ainda que foto protegida, a exposição direta do sol, ou ao menos por muito tempo.

2 Gráficos resultantes do questionário

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ANEXO

Questionário aplicado através de entrevista em meados do mês de setembro de 2015, para verificar os motivos do surgimento e da implicação na qualidade de vida em portadoras de melasma, na cidade de Taiobeiras, Minas Gerais.