Inclusão Digital de Pessoas com Deficiência
Por: Alex03meira • 4/10/2018 • Trabalho acadêmico • 3.905 Palavras (16 Páginas) • 240 Visualizações
UNIP INTERATIVA
Projeto Integrado Multidisciplinar
Cursos Superiores De Tecnologia
Inclusão Digital de Pessoas com deficiência
Na cidade de Francisco Morato/SP
Francisco Morato
2018
RESUMO
Esse projeto tem como principal objetivo analisar as dificuldades e desafios que os deficientes visuais enfrentam em seu cotidiano, e a partir desse diagnostico, elaborar métodos para amenizar essas barreiras. Para a elaboração desse estudo, foi realizada uma pesquisa de cunho qualitativo, cujo o instrumento de coleta de dados foram relatos de três cegos residentes na cidade de Francisco Morato/SP. O suporte teórico para o desenvolvimento do trabalho incluiu leis, decretos e as matérias de Organização de computadores, Princípios de Sistema da Informação e Comunicação Aplicada.
Palavras-chaves: Inclusão digital/acessibilidade, deficientes visuais.
ABSTRACT
This project has as main objective to analyze the difficulties and challenges that the visually impaired face in their daily life, and from this diagnosis, to elaborate methods to ameliorate these barriers. For the preparation of this study, a qualitative research was carried out, whose instrument of data collection were reports of three blind residents in the city of Francisco Morato / SP. The theoretical support for the development of the work included laws, decrees and the subjects of Computer Organization, Principles of Information System and Applied Communication.
Keywords: Digital inclusion / accessibility, visually impaired.
Sumário
INTRODUÇÃO 6
1. A DEFICIÊNCIA VISUAL UMA BREVE CAMINHADA HISTÓRICA 8
1.1 A ACESSIBILIDADE – LEIS, NORMAS E CRITÉRIOS. 11
2 COLETA DE DADOS 13
3 ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES 14
3.1 PRINCÍPIOS DE SISTEMA DA INFORMAÇÃO 15
3.2 COMUNICAÇÃO APLICADA 16
INTRODUÇÃO
O presente estudo visa analisar os desafios enfrentados pelos cegos na cidade de Francisco Morato/SP, tendo como base a inclusão digital, acessibilidade e também a segurança, A partir desse levantamento desenvolver um projeto voltado a melhoria desse público.
Muitos dos entrevistados relataram a ausência de liberdade e segurança no ir e vir acarretando falta de acesso a cidade e ao que ela oferece.
A questão da acessibilidade para os deficientes sensoriais ou com mobilidade reduzida está estabelecida pela Lei nº 10.098/2000 e regulamentada pelo Decreto nº 5296/2004. No entanto, ainda se observa uma enorme barreira para que esse público tenha seus direitos assegurados e respeitados. Tanto a lei quanto o decreto enfatizam a eliminação de obstáculos nas vias públicas a fim de permitir a liberdade de movimento, com segurança e autonomia, aos sujeitos com mobilidade reduzida, sobretudo os cegos.
Busca-se nesse projeto, entender as principais dificuldades e os desafios enfrentados por esse público, em relação à acessibilidade e mobilidade, na sociedade vigente de Francisco Morato. Para tal, foi realizada uma breve pesquisa de cunho qualitativo com perguntas abertas sobre a temática, com uma amostragem de três cegos pertencentes à cidade, de diferentes bairros. As principais questões relatadas foram acerca do uso de bengala, solicitação/recebimento de ajuda nos espaços públicos, local com maior desafio de mobilidade/barreiras que a cidade impõe e a importância da qualidade e dos pisos táteis.
Visto que, as necessidades desse público não são atendidas minimamente pelas políticas sociais, o projeto buscou realizar uma análise histórica para acompanhar e compreender o processo de inclusão social/digital dos cegos, e a partir disso, criar uma ONG que proporcione suporte para esse público, para que possam ter mais acessibilidade, segurança e a inclusão digital. A ONG desenvolverá um aplicativo que facilite a vida dos mesmo em sociedade, dando-lhes possibilidades, de maior autonomia, mobilidade na cidade, segurança e principalmente acessibilidade.
O aplicativo tem como intuito orientar através de áudio o usuário, auxiliando-os na direção na qual eles irão seguir. Funcionará como um mapa com adaptações específicas, trazendo informações gerais sobre o local no qual a pessoa que está utilizando se encontra, tais como comércios do entorno, condições das vias, riscos em gerais (opiniões de usuários), indicações de faixas de pedestres, faróis e pisos táteis. O objetivo desse aplicativo é oferecer maior mobilidade e liberdade aos deficientes visuais, dando suporte para o acesso a cidade/sociedade e amenizar as barreiras causadas pela ausência da visão.
A DEFICIÊNCIA VISUAL UMA BREVE CAMINHADA HISTÓRICA
Historicamente, os deficientes percorreram caminhos complexos e se depararam com diversas dificuldades e entraves no âmbito social. Neste contexto, eles foram estigmatizados, castigados, rotulados, negados e excluídos do convívio em sociedade, pelo fato de não se enquadrarem nos padrões estipulados pelos grupos sociais a que pertenciam. Durante séculos, a ideia de normalidade, impiedosamente, rodeou os deficientes e determinou seus destinos. Conforme João Roberto Franco & Tárcia Regina Dias, Nas sociedades primitivas, acreditava-se que as pessoas cegas eram possuídas por espíritos malignos e manter uma relação com essas pessoas significava manter uma relação com um espírito mau. O cego, então, convertia-se em objecto de temor religioso.
Se observarmos a trajetória das deficiências no Brasil, notaremos que os costumes de exclusão e abandono não diferem muito ao compararmos com outros povos da história Antiga, onde a deficiência, especialmente quando ocorria no nascimento de uma criança, “não era vista com bons olhos”, mas sim, como castigo de forças superiores.
Na População indígena, há relatos históricos que constatam condutas, práticas e costumes que denotavam na aniquilação de crianças com deficiências ou exclusão daquelas que viessem a adquirir algum tipo de “imperfeição”, não cabe a nós, julgar tais práticas. Já que, isso poderia acarretar numa análise pejorativa e ou preconceituosa em relação a cultura indígena.
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