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Instalações Eletricas

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Por:   •  10/9/2013  •  1.945 Palavras (8 Páginas)  •  524 Visualizações

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1 – INTRODUÇÃO

- O aterramento elétrico, com certeza, é um assunto que gera um número enorme de dúvidas quanto às normas e procedimentos no que se refere ao ambiente elétrico industrial.

- Muitas vezes, o desconhecimento das técnicas para realizar um aterramento eficiente, ocasiona a queima de equipamentos, ou pior, o choque elétrico nos operadores desses equipamentos.

- Mas o que é o “terra”?

- Qual a diferença entre terra, neutro, e massa?

- Quais são as normas que devo seguir para garantir um bom aterramento.

- Bem, esses são os tópicos que este

artigo tentará esclarecer.

É fato que o assunto "aterramento" é bastante vasto e complexo, porém, demonstraremos algumas regras básicas.

2 – PARA QUE SERVE O

ATERRAMENTO ELÉTRICO ?

– Proteger o usuário do equipamento das descargas atmosféricas, através da viabilização de um caminho alternativo para a terra, de descargas atmosféricas.

– “Descarregar” cargas estáticas acumuladas nas carcaças das máquinas ou equipamentos para a terra.

– Facilitar o funcionamento dos dispositivos de proteção (fusíveis,

disjuntores, etc.), através da corrente

desviada para a terra. Veremos, mais adiante, que existem várias outras funções para o aterramento elétrico, até mesmo para eliminação de EMI, porém essas três acima são as mais fundamentais.

3 – DEFINIÇÕES : TERRA,

NEUTRO, E MASSA.

Antes de falarmos sobre os tipos de aterramento, devemos esclarecer (de uma vez por todas!) o que é terra, neutro, e massa.

Na figura Abaixo temos um exemplo daligação de um PC à rede elétrica, que possui duas fases (+110 VCA, - 110 VCA), e um neutro.

Essa alimentação é fornecida pela concessionária de energia elétrica, que somente liga a caixa de entrada ao poste externo se houver uma haste de aterramento padrão dentro do

ambiente do usuário. Além disso, a concessionária também exige dois disjuntores de proteção teoricamente, o terminal neutro da concessionária deve ter potencial igual a zero volt. Porém, devido ao desbalanceamento nas fases do transformador de distribuição, é comum esse terminal tender a assumir potenciais diferentes de zero. O desbalanceamento de fases ocorre quando temos consumidores com necessidades de potências muito distintas, ligadas em um mesmo link. Por exemplo, um transformador alimenta, em um setor seu, uma residência comum, e no outro setor, um pequeno supermercado. Essa diferença de demanda, em um mesmo link, pode fazer com que o neutro varie seu potencial (flutue). Para evitar que esse potencial “flutue”, ligamos (logo na entrada) o fio neutro a uma haste de terra. Sendo assim, qualquer potencial que tender a aparecer será escoado para a terra. Ainda analisando a figura, vemos que o PC está ligado em 110 VCA, pois utiliza uma fase e o neutro.

Mas, ao mesmo tempo, ligamos sua carcaça através de outro condutor na mesma haste, e damos o nome desses condutor de “terra”. Pergunta “fatídica”: Se o neutro e o terra estão conectados ao mesmo ponto (haste de aterramento), porque um é chamado de terra e o outro de neutro? Aqui vai a primeira definição: o neutro é um “condutor” fornecido pela concessionária de energia elétrica,

pelo qual há o “retorno” da corrente elétrica. O terra é um condutor construído através de uma haste metálica e que, em situações normais, não deve possuir corrente elétrica circulante. Resumindo: A grande diferença entre terra e neutro é que, pelo neutro há corrente circulando, e pelo terra, não. Quando houver alguma corrente circulando pelo terra, normalmente ela deverá ser transitória, isto é, desviar uma descarga atmosférica para a terra,

por exemplo. O fio terra, por norma, vem identificado pelas letras PE, e deve ser de cor verde e amarela. Notem ainda que ele esteja ligado à carcaça do PC. A carcaça do PC, ou de qualquer outro equipamento é o que chamamos de “massa.

4 – TIPOS DE ATERRAMENTO

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), possui uma norma que rege o campo de instalações elétricas em baixa tensão. Essa norma é a NBR 5410, a qual, como todas as demais normas da ABNT, possuem subseções. As subseções: 6.3.3.1.1, 6.3.3.1.2, e 6.3.3.1.3 referem-se aos possíveis sistemas de aterramento que podem ser feitos na indústria.

Os três sistemas da NBR 5410 mais utilizados na indústria são:

– Sistema TN-S:

Notem pela figura abaixo que temos o secundário de um transformador (cabine primária trifásica) ligado em Y. O neutro é aterrado logo na entrada, e levado até a carga. Paralelamente, outro condutor identificado como PE é utilizado como fio terra, e é conectado à carcaça (massa) do equipamento.

– Sistema TN-C:

Esse sistema, embora normalizado, não é aconselhável, pois o fio terra e o neutro são constituídos pelo mesmo condutor. Dessa vez, sua identificação é PEN (e não PE, como o anterior). Podemos notar pela figura abaixo que, após o neutro ser aterrado na entrada, ele próprio é ligado ao neutro e à massa do equipamento.

– Sistema TT:

Esse sistema é o mais eficiente de todos. Na figura a seguir vemos que o neutro é aterrado logo na entrada e segue (como neutro) até a carga (equipamento). A massa do equipamento é aterrada com uma haste própria, independente da haste de aterramento do neutro. Mas qual desses sistemas deve utilizar na prática?”

Geralmente, o próprio fabricante do equipamento especifica qual sistema é melhor para sua máquina, porém, como regra geral, temos:

- Sempre que possível, optar pelo sistema TT em 1º lugar.

- Caso, por razões operacionais e estruturais

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