Intérprete De Libras De Sinais
Artigo: Intérprete De Libras De Sinais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: renatona • 18/3/2014 • 3.225 Palavras (13 Páginas) • 478 Visualizações
IMPORTÂNCIA DO INTÉRPRETE DE LIBRAS
Segundo o IBGE, o Brasil tem hoje cerca de 10 milhões de surdos. E surdez não significa incapacidade. Portanto, este público circula por todos os lugares: escolas, universidades, eventos sociais, empresas, instituições públicas e privadas. Mas, para que essa inserção realmente aconteça, os surdos ainda dependem da intervenção de um profissional que vem sendo cada vez mais procurado em todo o país: o tradutor ou intérprete da Língua Brasileira de Sinais, também conhecida como Libras.
O intérprete de Libras tem a função de ser o canal comunicativo entre o aluno surdo
A comunicação é um fator fundamental para o ser humano e LIBRAS é uma ferramenta que possibilita a interação dos surdos.
Os intérpretes de língua de sinais surgiram devido a necessidade da comunidade surda de possuir um profissional que auxiliasse no processo de comunicação com as pessoas ouvintes.
Inicialmente, a atuação era informal, ou seja, pais ou membros da família das pessoas surdas faziam essa função.
Entretanto, para que isso ocorresse de modo formal foi necessário que a Língua Brasileira de Sinais fosse oficializada.
Atualmente há leis em vigor que regulamentam a profissão e determinam a formação desse profissional. Uma dessas leis é a LEI Nº 12.319 DE 01.09.2010 que regulamenta a profissão de Tradutor e Interprete de Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
O que faz esse profissional?
Sua função é interpretar de uma dada língua de sinais para outro idioma, ou deste outro idioma para uma determina língua de sinais.
O intérprete de Libras é o profissional que domina a língua de sinais e a língua falada do país e que é qualificado para desempenhar a função. Ele deve ter domínio dos processos, dos modelos, das estratégias e técnicas de tradução e interpretação, além de possuir formação específica na área de sua atuação (por exemplo, a área da educação).
No Brasil, o intérprete deve dominar a Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa. Ele também pode dominar outras línguas, como o inglês, o espanhol, a língua de sinais americana e fazer a interpretação para a língua brasileira de sinais ou vice-versa (por exemplo, conferências internacionais).
A função de intérprete exige que sejam seguidos alguns preceitos éticos:
- Imparcialidade (interpretação neutra, sem dar opiniões pessoais);
- Distância profissional (não haver interferência da vida pessoal)
- Confiabilidade (sigilo profissional);
- Discrição (estabelecer limites no seu envolvimento durante a atuação);
- Fidelidade (interpretação deve ser fiel, sem alterar a informação mesmo que seja com a intenção de ajudar).
Área de atuação
O intérprete de libras deve ser um profissional capacitado e/ou habilitado em processos de interpretação de língua de sinais, atuando em situações formais como: escolas, palestras, reuniões técnicas, igrejas, fóruns judiciais, programas de televisão etc.
A categoria profissional possui código de ética e respaldo institucional, associações de pessoas surdas, Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, Federação Mundial dos Surdos, entre outras.
Formação
A formação do intérprete de Libras esta em processo, as capacitações técnicas para esse profissional tem sido ofertadas ao nível de pós-graduação.
A fluência da língua de sinais é obtida através da prática, sem dispor do aparato teórico que lhe concederia uma graduação especifica na interpretação e tradução da Libras.
O que existe de formalizado é o Prolibras que é aplicado para certificar pessoas que já são fluentes em língua de sinais – concedendo a proficiência na língua. As provas possuem dois níveis: uma para medir conhecimento para o ensino de Libras, e outra para medir conhecimento para a interpretação da língua.
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Instituto Nacional de Educação e Pesquisa (INEP) aplicam essas provas.
Importância desse profissional para o processo de ensino-aprendizagem de uma criança surda nas salas de inclusão
O intérprete de Libras tem a função de ser o canal comunicativo entre o aluno surdo, o professor, colegas e equipe escolar. Seu papel em sala de aula é servir como tradutor entre pessoas que compartilham línguas e culturas diferentes. Essa atividade exige estratégias mentais na arte de transferir o conteúdo das explicações, questionamentos e dúvidas, viabilizando a participação do aluno em todos os contextos da aula e fora dela, nos espaços escolares.
Quanto a sua postura, o intérprete deve se conscientizar de que ele não é o professor, e em situações pedagógicas não poderá resolver, limitando-se as funções comunicativas de sua área.
Seu contato com os alunos surdos não poderá ser maior que o do professor de sala.
Sistema da Língua de Sinais
Segundo Ronice Muller Quadros (2004), “língua é um sistema de signos compartilhado por uma comunidade lingüística comum”, ou seja, por meio da qual é possível interagir com a pessoa surda no território brasileiro com a LIBRAS, que todos conhecem os sinalizantes-visuais desta língua. A palavra Cultura vem do latim que significa “cultivo agrícola”, e para a nossa vida o sentido pode ser traduzido o cultivo da linguagem, da identidade. Há muitas discussões para o conceito de cultura, e escolhemos uma definição simples definido por Strobel (2008), que diz:
[...] da mesma forma, um ser humano, em contato com o seu espaço cultural, reage, cresce e desenvolve sua identidade, isto significa que os cultivos que fazemos são coletivos e não isolados. A cultura não vem pronta, daí porque ela sempre se modifica e se atualiza, expressando claramente que não surge com o homem sozinho e sim das produções coletivas que decorrem do desenvolvimento cultural experimentado por suas gerações passadas (STROBEL, 2008, p.19)
Podemos observar pela definição
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