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KARL MARX - A Mercadoria (FICHAMENTO)

Trabalho Escolar: KARL MARX - A Mercadoria (FICHAMENTO). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  16/3/2014  •  1.679 Palavras (7 Páginas)  •  2.268 Visualizações

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MARX, Karl. O capital. Livro 1, O processo de produção do capital. Vol. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. Capítulo 1, A mercadoria.

“A mercadoria é, antes de mais nada, um objeto externo, uma coisa que, por suas propriedades, satisfaz necessidades humanas, seja qual for a natureza, a origem delas, provenham do estômago ou da fantasia”. (p. 41)

“A utilidade de uma coisa faz dela um valor-de-uso. (…) Esse caráter da mercadoria não depende da quantidade de trabalho empregado para obter suas qualidades úteis. (…) O valor-de-uso só se realiza com a utilização ou o consumo”. (p. 42)

“O valor-de-troca revela-se, de início, na relação quantitativa entre valores-de-uso de espécies diferentes, na proporção em que se trocam, relação que muda constantemente no tempo e no espaço”. (p. 43)

“Como valores-de-uso, as mercadorias são, antes de mais nada, de qualidade diferente; como valores-de-troca, só podem diferir na quantidade, não contendo portanto nenhum átomo de valor-de-uso”. (p. 44)

“Um valor-de-uso ou um bem só possui valor porque nele está corporificado, materializado, trabalho humano abstrato. Como medir a grandeza do seu valor? Por meio da quantidade da ‘substância criadora de valor’ nele contida, o trabalho. A quantidade de trabalho, por sua vez, mede-se pelo tempo de sua duração, e o tempo de trabalho, por frações do tempo, como hora, dia etc.” (p. 45)

“Tempo de trabalho socialmente necessário é o tempo de trabalho requerido para produzir-se um valor-de-uso qualquer, nas condições de produção socialmente normais, existentes, e com grau social médio de destreza e intensidade do trabalho”. (p. 46)

“Quanto maior a produtividade do trabalho, tanto menor o tempo de trabalho requerido para produzir uma mercadoria, e quanto menor a quantidade de trabalho que nela se cristaliza, tanto menor seu valor. Inversamente, quanto menor a produtividade do trabalho, tanto maior o tempo de trabalho necessário para produzir um artigo e tanto maior o seu valor. A grandeza do valor de uma mercadoria varia na razão direta da quantidade, e na inversa da produtividade, do trabalho que nela se aplica”. (p. 47)

“O produto, para se tornar mercadoria, tem de ser transferido a quem vai servir como valor-se-uso por meio de troca”. (p. 48)

“A divisão social do trabalho é condição para que exista a produção de mercadorias, embora, reciprocamente, a produção de mercadorias não seja condição necessária ara a existência da divisão social do trabalho”. (p. 49)

“O trabalho, como criador de valores-de-uso, como trabalho útil, é indispensável à existência do homem, – quaisquer que sejam as formas de sociedade, – é necessidade natural e eterna de efetivar o intercâmbio material entre o homem e a natureza, e, portanto, de manter a vida humana”. (p. 50)

“Trabalho humano mede-se pelo dispêndio da força de trabalho simples, a qual, em média, todo homem comum, sem educação especial, possui em seu organismo”. (p. 51)

“Se o trabalho contido na mercadoria, do ponto de vista do valor de uso, só interessa qualitativamente, do ponto de vista da grandeza do valor, só interessa quantitativamente e depois de ser convertido em trabalho humano, puro e simples”. (p. 52)

“Qualquer que seja a mudança na produtividade, o mesmo trabalho, no mesmo espaço de tempo, fornece, sempre, a mesma magnitude de valor. Mas, no mesmo espaço de tempo, gera quantidades diferentes de valores-de-uso: quantidade maior, quando a produtividade aumenta, e menor, quando ela decai”. (p. 53)

“Todo trabalho é, de um lado, dispêndio de força humana de trabalho, no sentido fisiológico, e, nessa qualidade de trabalho humano igual ou abstrato, cria o valor das mercadorias. Todo trabalho, por outro lado, é dispêndio de força humana de trabalho sob forma especial, pra um determinado fim, e, nessa qualidade de trabalho útil e concreto, produz valores-de-uso”. (p. 54)

“As mercadorias só encarnam valor na medida em que são expressões de uma mesma substância social, o trabalho humano; seu valor é, portanto, uma realidade apenas social, só podendo manifestar-se, evidentemente, na relação social em que uma mercadoria se troca por outra”. (p. 55)

“A forma relativa do valor e a forma de equivalente se pertencem, uma à outra, se determinam, reciprocamente, inseparáveis, mas, ao mesmo tempo, são extremos que mutuamente se excluem e se opõem, pólos da mesma expressão do valor”. (p. 56)

“Duas coisas diferentes só se tornam quantitativamente comparáveis depois de sua conversão a uma mesma coisa.” (p. 57)

“Só a expressão da equivalência de mercadorias distintas põe à mostra a condição específica do trabalho criador de valor, porque ela realmente reduz à substância comum, a trabalho humano simplesmente, os trabalhos diferentes incorporados em mercadorias diferentes”. (p. 58)

“A força humana de trabalho em ação ou o trabalho humano cria valor, mas não é valor. Vem a ser valor, torna-se valor, quando se cristaliza na forma de um objeto”. (p. 59)

“Por meio da relação de valor, a forma natural da mercadoria B torna-se a forma do valor da mercadoria A, ou o corpo da mercadoria B transforma-se no espelho do valor da mercadoria A”. (p. 60)

“Para expressar o valor de qualquer mercadoria, aludimos sempre a dada quantidade de objeto útil (…). Essa quantidade dada de mercadoria contém uma quantidade determinada de trabalho humano. A forma do valor tem de exprimir não só valor em geral, mas valor quantitativamente determinado ou magnitude de valor”. (p. 61)

“A verdadeira variação da magnitude do valor não se reflete, portanto, clara e completa em sua expressão, isto é, na equação que expressa a magnitude do valor relativo. E o valor relativo de uma mercadoria pode variar, embora seu valor permaneça constante. Seu valor relativo pode permanecer constante, embora seu valor varie e, finalmente, não é mister que sejam coincidentes as variações simultâneas ocorrentes na magnitude do valor e na expressão da magnitude do valor relativo”. (p. 63)

“A mercadoria assume a forma de equivalente, por ser diretamente permutável por outra”. (p. 64)

“Uma vez que nenhuma mercadoria se relaciona consigo mesma como equivalente, não podendo transformar seu próprio corpo em expressão de seu próprio valor, tem ela de relacionar-se com outra mercadoria, considerada equivalente, ou seja, fazer da figura física de outra mercadoria sua própria forma de valor”. (p. 65)

“As propriedades de uma coisa não se originam de suas relações

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