Mercadoria - Karl Marx
Trabalho Escolar: Mercadoria - Karl Marx. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: brunnamesika • 27/5/2014 • 3.683 Palavras (15 Páginas) • 603 Visualizações
Introdução
Marx enxerga a mercadoria como forma de satisfação da necessidade humana, e como forma elementar da riqueza das sociedades (acumulação de mercadorias)
Na perspectiva de Marx, devemos levar em conta a existência de valores distintos, atribuídos à mercadoria (valor de uso e valor de troca) conferidos pelos seres humanos ao que lhe convém momentânea ou circunstancialmente.
Para Marx a utilidade de um produto é quem determina o valor de uso que lhe será atribuído. Sendo assim, uma mesma mercadoria tem, portanto, muitos valores de troca.
O valor de troca não elimina o valor de uso, visto que, a mercadoria, para ser comprada, necessariamente precisa ter valor de uso pra alguém. Ex. você só vai vender uma caneta, se alguém estiver precisando da utilidade dessa caneta.Sendo assim, o valor de uma mercadoria é exatamente o que ela dá em troca.
De acordo com a visão Marxista, o valor é classificado em duas formas distintas, mas que apesar de distintas, estão correlacionadas. São essas, o valor de uso (subjetivo e qualitativo) que é o valor que se realiza quando o ser humano vive a experiência de servir-se de alguma coisa, e o valor de troca (quantitativo) que se define no âmbito das relações sociais – valor literal, atribuído ao dinheiro- preço.
• Qualitativamente iguais = valores
• Quantitativamente comparáveis = magnitude de valor
Para Marx o valor da mercadoria depende do seu tempo de trabalho (relação= tempo/ trabalho/ valor)
Esses valores são medidos pelo trabalho(condição de existência do homem) que cria valores de uso e igualmente coisas para serem trocadas (valor de troca). Sendo assim, produtos representando a força de trabalho humano, resultam em valores, valores mercadorias. Com isso podemos afirmar que Em Marx, a força humana de trabalho equivale a objeto de compra e venda (ele quem define as atribuições de valor).
Tendo-se em vista essa concepção, temos que, com a força de trabalho, é a criatividade do sujeito humano que é comercializada. É o poder do homem de acrescentar valor a matéria-prima que lhe é submetida. que é posto no balcão pare ser negociado. O trabalhador é assim forçado a vender sua mercadoria ao capitalista, que lhe impõe o preço ao compra-la.
Englobando todos os fatores anteriormente citados e realizados em discussão em sala de aula temos que a vida posta sob o comando do valor de troca, faz surgir o “fetichismo da mercadoria” em Marx.
Segundo diz Marx “o capitalismo compra a força de trabalho, explora dela a mais-valia(sob a forma de lucro) e só paga ao trabalhador um salário correspondente ao valor de troca que tinha, no mercado, no momento em que foi vendida, isto é, antes de ser usada e de criar valor.
Desenvolvimento
Marx inicia sua obra com a descrição e a análise do termo mercadoria, segundo o qual “mercadoria é, antes de tudo, um objeto externo, uma coisa, a qual pelas suas propriedades satisfaz necessidades humanas de qualquer espécie. A natureza dessas necessidades, se elas se originam do estômago ou da fantasia, não altera nada na coisa”. A mercadoria sempre é um elemento externo ao sujeito, com raríssimas exceções o “esquema mercantil” produzirá mercadorias convenientes à interioridade do consumidor. Por conta disso, a mercadoria tem por objetivo sanar as necessidades humanas, sejam provenientes do estômago ou da fantasia, mas que se manifestam no exterior de uma determinada sociedade de consumo.
Toda e qualquer sociedade humana tem como base da sua existência o processo de trabalho. São inúmeros seres humanos cooperando entre si para fazer uso das forças da natureza, para sanar as necessidades próprias e coletivas. Para Marx, o produto do trabalho deve, primeiramente, responder a algumas necessidades básicas dos homens, em outras palavras, o produto do trabalho deve ser útil. Para esta determinada ação do homem, diante do produto do trabalho, Marx denomina-a de valor de uso. Ou seja, o valor de uso de qualquer produto do trabalho humano, em primeira instância, se alicerça em possuir utilidade para alguém. A necessidade humana a ser satisfeita por um valor de uso, não precisa, necessariamente, ser física. Um livro, por exemplo, é um valor de uso, dado que as pessoas necessitam da leitura. Da mesma forma, as necessidades que os valores de uso satisfazem podem seguir caminhos não tão virtuosos, como, por exemplo, a metralhadora de um marginal que tem um valor de uso tanto quanto um livro de autor conhecido.
Sob as diretrizes do capitalismo, os produtos do trabalho humano tomam a forma de mercadorias. Estas mercadorias, por sua vez, não têm simplesmente um valor de uso, mas existem para alimentar o movimento próprio do mercado consumista. Assim, mercadorias são feitas não para serem consumidas diretamente pelo homem, mas para serem comercializadas no mercado e trocadas por dinheiro, ou forma equivalente.
. A produção das mercadorias existe com a finalidade da troca, o que vem agregar à mercadoria a noção de valor de troca. A partir desta distorção conceitual e da realidade, Marx assevera que o termo mercadoria passa a ter um duplo valor de significância, além do valor de uso, existe o valor troca. Em relação ao valor de uso percebe-se que: “A utilidade de uma coisa faz dela um valor de uso”. Esse caráter não depende de se a apropriação de suas propriedades úteis custa ao homem muito ou pouco trabalho. O exame dos valores de uso pressupõe sempre uma determinação quantitativa.
O valor de uso de uma mercadoria (como, por exemplo, sessenta quilos de feijão, quinze quilos de carne, um aparelho celular) fundamenta-se na qualidade inerente de determinada mercadoria, que, precisamente em função de sua qualidade específica, satisfaz mais a uma necessidade humana do que a outra. Não raro, visualizam-se no mercado as muitas mercadorias, diferentes entre si, que são trocadas como se equivalessem umas às outras. (quantas canetas serão precisas para se trocar em um carro?).
A questão que deriva deste cenário é a seguinte: o que há de comum entre as duas mercadorias diferentes que possibilitam a troca mútua? Segundo Marx, o que elas apresentam de comum é o que se chama de valor de troca, que nada mais é do que algo de idêntico existente em mercadorias diferentes, que as tornam passíveis de troca em dadas proporções mais do que em outras. Além do mais: O valor de troca aparece, de início, como a relação quantitativa, a proporção na qual valores de uso de uma espécie se trocam.
Visando a praticidade das trocas, a troca direta (de um determinado produto por outro que
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