Laserterapia Em Ulceras Por Pressão
Pesquisas Acadêmicas: Laserterapia Em Ulceras Por Pressão. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 1806 • 22/10/2014 • 1.089 Palavras (5 Páginas) • 490 Visualizações
As úlceras por pressão (UP) são lesões que acometem a pele e/ou tecidos subjacentes e se localizam geralmente sobre uma proeminência óssea (WADA; NETO; FERREIRA, 2010). Os fatores que originam essas lesões podem ser classificados em intrínsecos ou extrínsecos. Os fatores extrínsecos são aqueles que levam ao surgimento dessas lesões, como por exemplo a pressão, o cisalhamento, a fricção e a umidade. Já os fatores intrínsecos referem-se à idade, ao estado nutricional, a perfusão tecidual, ao uso de alguns medicamentos e as doenças crônicas como diabetes mellitus e as doenças cardiovasculares (LUZ et. al. 2010).
As regiões mais citadas na literatura científica acometidas pelas UP são a lombossacral, o calcâneo, a região trocantérica, as pernas, os maléolos, os glúteos, as escápulas, os ísquios, os cotovelos, as orelhas, os joelhos, a genital, as mãos, os arcos costais, os antebraços, a femoral, o nariz e o abdômen. E o maior risco é observado em pacientes idosos, com lesão medular, fratura femoral e internados em unidades de terapia intensiva (LUZ et. al. 2010).
Em pesquisa realizada na Inglaterra observou-se uma prevalência de 8,8% de UP em hospitais, principalmente nos pacientes acima de 70 anos (BARBENEL et. al. apud BLANES et. al. 2004). Já no Brasil, uma pesquisa em um hospital universitário revelou uma incidência de 39,8% de UP em pacientes internados (WADA; NETO; FERREIRA, 2010).
O risco das UP pode ser classificado com o auxílio da escala de Braden, a qual foi desenvolvida nos Estados Unidos em 1987. Essa escala é a mais utilizada mundialmente e foi validada para a língua portuguesa em 1999 (SERA et. al. 2011 apud BANDEIRA et. al. 2011). A escala de Braden apresenta seis sub-escalas classificadas em:
a) Percepção sensorial: verifica a capacidade de reagir significativamente à pressão relacionada ao desconforto;
b) Umidade: refere-se ao nível em que a pele é exposta à umidade;
c) Atividade: diz respeito ao grau da atividade física;
d) Mobilidade: mensura a capacidade do paciente em mudar e controlar a posição do corpo;
e) Nutrição: retrata o padrão usual do consumo alimentar;
f) Fricção e cisalhamento: mostra a dependência do paciente para a mobilização e posicionamento e sobre os estados de espasticidade, contratura e agitação que podem levar à constante fricção (BERGSTRON et. al. 1987; PARANHOS & SANTOS, 1999 apud ROSA & JUNIOR, 2009).
Conforme os autores citados acima (2009), as cinco primeiras sub-escalas são pontuadas de um (menos favorável) a 4 (mais favorável) e a sexta sub-escala, fricção e cisalhamento, é pontuada de um a 3. A somatória total fica entre os valores de 6 a 23. Ao final da avaliação, o risco é interpretado da seguinte forma: abaixo ou igual a 11 significa um risco elevado, de 12 a 14 risco moderado, de 15 a 17 risco pequeno e maior ou igual a 18 risco baixo. Assim, pode-se dizer que quanto menor a pontuação maior o risco para o desenvolvimento das UP.
Em relação aos estágios das UP, essas lesões podem ser classificadas em: Estágio 0 – área de púrpura ou marrom localizada, de pele intacta e pálida, ou bolha hemática devido a acometimento de partes moles por pressão e/ou cisalhamento, estágio 1 – pele intacta com hiperemia mantida em área localizada sobre proeminência óssea, estágio 2 – perda de espessura parcial da derme, visualizada como úlcera com leito vermelho-róseo, sem necrose, ou bolha com conteúdo seroso, estágio 3 – perda de espessura total; subcutâneo pode ser visualizado, porém osso, tendão e músculo não exposto; pode haver necrose, não classificável – perda de espessura total, em que o leito encontra-se recoberto por necrose e/ou escara (NATIONAL PRESSURE ULCER ADVISORY PANEL, 2007 apud WADA; NETO; FERREIRA, 2010).
As UP podem desencadear graves complicações como a osteomielite, a septicemia ou até mesmo levar o paciente a óbito. Além disso, podem ocasionar transtornos psicológicos, restrição na independência do paciente, perdas financeiras ao paciente, familiares e instituições e aumento do período de hospitalização (NASCIMENTO; MEJIA, 2012).
Por isso, a prevenção
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