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Ulcera Por Pressao

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Por:   •  29/5/2013  •  2.812 Palavras (12 Páginas)  •  705 Visualizações

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................

2. OBJETIVOS........................................................................... METODOLOGIA..................................................................

3. REVISÃO DE LITERATURA..............................................

4. CRONOGRAMA...................................................................

5. ORÇAMENTO......................................................................

6. REFERÊNCIA.......................................................................

1 INTRODUÇÃO

Úlceras por pressão são lesões decorrentes de hipoxia celular, levando a necrose tecidual. Freqüentemente localizada na região das proeminências ósseas na metade inferior do corpo, em regiões sacrais, tuberosidades isquiáticas, calcâneo e trocanter maior do fêmur, pois essas áreas concentram o maior peso corporal. Podem ser ocasionadas por fatores internos e externos. (SILVA; FIGUEIREDO; MEIRELES, 2010).

Os fatores externos são aqueles que estão relacionados ao mecanismo da lesão, influenciando a tolerância tissular pelo impedimento da circulação sobre a superfície da pele, e que refletem o grau em que a pele é exposta que são: pressão, cisalhamento e fricção. Na pressão o tecido mole é comprimido entre uma saliência óssea e uma superfície dura sendo este o fator mais importante. O cisalhamento ocorre quando o individuo desliza na cama o esqueleto e os tecidos mais próximos se movimentam, mas a pele permanece imóvel. A fricção ocorre quando duas superfícies são esfregadas uma contra a outra. (SILVA; FIGUEIREDO; MEIRELES, 2010).

Os fatores internos estão relacionados às variáveis do estado físico do cliente, que influenciam tanto na constituição e integridade da pele, nas estruturas de suporte ou nos sistemas vascular e linfático que servem à pele e estruturas internas, quanto no tempo de cicatrização. Entre outros fatores internos, podem-se incluir aqueles relacionados às condições do cliente como: condições nutricionais, nível de consciência, idade avançada, incontinência fecal e urinária, mobilidade reduzida ou ausente, peso corporal, doenças (diabetes, hipertensão, doença vascular periférica, câncer e outras) e o uso de medicamentos (antibióticos, corticoides, aminas, betabloqueadores e outros). (SILVA; FIGUEIREDO; MEIRELES, 2010).

Segundo Lobosco et AL, o desenvolvimento das úlceras por pressão em indivíduos hospitalizados é apresentado como um indicador negativo da qualidade da assistência de enfermagem. Ressalta ainda, que a manutenção da integridade da pele é responsabilidade do enfermeiro e da equipe. A grande maioria dos profissionais realiza ações voltadas para as atividades de recuperação e tratamento do cliente, negligenciando as intervenções preventivas de recuperação, como relacionado às UP. Esse fato caracteriza um déficit na qualidade da assistência de enfermagem prestada. O desenvolvimento das úlceras por pressão concorre para o aumento dos custos com as internações hospitalares e tratamentos, sua ocorrência interfere negativamente no bem-estar físico, mental e espiritual do paciente.

A compreensão da prática do cuidar, a partir do desenvolvimento técnico científico atual, somente se faz a partir de uma visão holística do outro, portanto, é necessário identificar os elementos que integram os cuidados com pele, objetivando mantê-la íntegra durante o processo de hospitalização do paciente. Para Gomes e Magalhães a prevalência das úlceras por pressão é de 3 a 11% e aumenta para 18% em clientes hospitalizados e acamados e relatam ainda que 60.000 indivíduos morrem por ano, em consequência da úlcera por pressão e suas sequelas.

Os critérios estabelecidos pelo National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), entidade norte americana define quatro estágios para a evolução das ulcera por pressão. No estágio I apresenta um eritema que não regride após alivio da pressão; há edema discreto. Durante o estágio II I ocorre lesão da epiderme e derme, superficial, abrasão e bolhas, além da perda parcial do epitélio. No estagio III derme e epiderme estão destruídas e o tecido subcutâneo é atingido, podendo haver presença de drenagem de exsudato, cratera pouco profunda, sem atingir a fáscia muscular, pontos de necrose até mesmo infecção. Estágio IV durante esse estágio há perda total de pele e do tecido celular subcutâneo, com danos aos músculos, ossos ou estruturas de suporte tais como tendões ou cápsulas das juntas, podendo ocorre comprometimento infeccioso e drenagem (SILVA; FIGUEIREDO; MEIRELES, 2010).

A elaboração do plano de cuidados e o registro das condutas terapêuticas devem contemplar a classificação, localização e tamanho (especificando o comprometimento, a largura e profundidade e a formação), aspecto da ferida e da pele adjacente, drenagem, dor ou hipersensibilidade e temperatura. O cuidado inicial da úlcera por compressão pode envolver desbridamento, limpeza da ferida, aplicação de curativo e em alguns casos cirurgia reparadora. Em todos os casos, as estratégias específicas de cuidado de feridas devem ser consistentes como os objetivos gerais ou metas de tratamento do cliente. (SILVA; FIGUEIREDO; MEIRELES, 2010).

A prevenção da úlcera por pressão é relevante, tanto para o paciente quanto para o hospital no que ser refere a custos. Várias pesquisas foram realizadas para comparar o valor de sua prevenção e da cura. Dealey (2008) comprovou que um paciente acometido por úlcera por pressão permanece em media 180 dias no hospital. Sabe-se também que outros pacientes deixam de ser internando devido a ocupação dos leitos, concluindo-se então que a prevenção exige um investimento econômico menor do que a cura.

A prevenção deve iniciar-se com orientações adequadas e estimulo ao paciente e seus familiares, salientando a importância da autodisciplina e da participação e colaboração durante o tratamento clínico. (SILVA; FIGUEIREDO; MEIRELES, 2010)

A literatura aponta que entre 3 e 4 % de todos os clientes hospitalizados desenvolvem lesões de pele. Vale lembrar que algumas delas são decorrentes de fatores inerentes à doença e às condições clínicas do cliente que muitas vezes podem ser evitados com o uso de materiais e equipamentos adequados ao alivio da pressão e aos cuidados específicos com a pele.

A prevenção e o

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