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Legalizaçao Da Maconha

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Por:   •  30/10/2013  •  777 Palavras (4 Páginas)  •  390 Visualizações

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Legalizar a maconha não é uma boa ideia. Mas pode levar a uma situação menos ruim que a atual. Os usuários continuariam aí – e, necessitando de cuidados – mas os traficantes perderiam o mercado e, pois, o dinheiro com o qual ganham a guerra, assassinando desde adversários até usuários inadimplentes, intimidando e corrompendo policiais, juízes, governantes em geral, políticos, jornalistas. O Estado economizaria bilhões hoje torrados em batalhas perdidas, recursos que poderiam ter uso muito melhor na saúde, por exemplo.

E por que legalizar só a maconha? Porque é a menos prejudicial das drogas e porque forma a maior parte do mercado.

Essa tese, elaborada há algum tempo, foi atualizada na América Latina por um grupo formado por ex-presidentes, incluindo Fernando Henrique Cardoso. E o governo do Uruguai, do presidente esquerdista Jose Pepe Mujica, acaba de anunciar sua adesão. É curioso, pois se trata de uma proposta mais para o lado liberal.

Talvez por isso, e por ser uma decisão polêmica, o governo uruguaio tenta dar à ideia uma aparência de política pública de esquerda. Quer sair das sombras do tráfico para o controle total do Estado. Acreditem: Mujica pretende instalar fazendas de maconha, fábricas para produzir o cigarro e uma rede comercial, tudo estatal.

Os consumidores também seriam estatizados. Para comprar os cigarros, a pessoa, maior de 18 anos, precisaria se cadastrar em um órgão governamental. Receberia assim uma carteirinha de maconheiro, com a qual poderia comprar até 40 cigarros por mês. Se comprasse mais que isso – como? – seria obrigada a se registrar em um centro, estatal, claro, de tratamento.

Vamos reparar, pessoal: trata-se de uma das melhores ideias de jerico já produzidas pela esquerda latino-americana. Olhe que essa turma já produziu desastres dos grandes, como inflação e calotes da dívida, mas estatizar o barato é uma proeza.

Admitamos que a maconha estatizada seja melhor que um mercado dominado pelo tráfico. Só que a estatizada vai cair nas mãos dos traficantes e gerar os mesmos problemas de corrupção e violência.

Começa pelo usuário que precisa se registrar. Digamos que uma minoria de militantes da droga tope isso, para marcar posição. Mas o maconheiro, digamos, normal, não vai querer manchar seu nome.

Não é por que terá sido legalizada que a maconha ganhará aprovação social e absolvição médica. Todos sabem que a droga é nociva, vicia e prejudica o desempenho das pessoas. Assim, empresas e escolas vão exigir certidão negativa de maconheiro. Faz sentido. Companhias aéreas, empresas de ônibus, fábricas com instrumentos de precisão teriam um bom argumento para recusar os maconheiros oficiais.

Mas isso certamente criaria uma questão jurídica. Se a maconha é legal, como a empresa pode discriminar o usuário? O sujeito poderia garantir na justiça o direito de não apresentar a certidão. Não adiantaria. Poderia até ganhar, mas ficaria marcado.

Por outro lado, admitindo que tudo esteja montado, forma-se um baita mercado. Cada maconheiro oficial tem direito a 40 cigarros/mês. Algum duvida da consequência? Os traficantes vão mobilizar exércitos de jovens que ganharão um bom dinheiro sem trabalhar – apenas se registrando como maconheiros.

Além

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