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Leitura: o conceito histórico e social

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Por:   •  30/10/2014  •  Seminário  •  2.867 Palavras (12 Páginas)  •  244 Visualizações

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Anhanguera Educacional – UNIDERP – Polo Zappeion

Curso de Pedagogia 1º Semestre

Disciplina: Leitura e Produção de Texto

Edenir dos Santos Monteiro – RA: 428123

Grayce Kelly Campos Carvalho – RA: 414542

Maria Aparecida de Oliveira Pereira – RA: 435453

Marília Meirelles da Silva Marques – RA: 439356

Rita de Oliveira – RA: 430890

Leitura e Produção de Texto

Professor Doutor Luís Roberto Wagner

Campo Grande – MS, 18 de junho de 2013.

Leitura: conceito histórico-social

A análise do artigo de Lilian Lopes Martin da Silva – Leitura na escola: livro, biblioteca, biblioteca de classe, e os estudos referentes à disciplina Leitura e Produção de Textos remetem a discussão acerca da leitura e de como este conceito permeia todo o desenvolvimento dos educandos e da escola enquanto instituição de formação acadêmica, através do processo escolar no Brasil.

No artigo, inicialmente a autora traz um trecho da história da leitura e do que se pensa dela no Brasil para enfim contextualizar as BCs – Bibliotecas de Classes como uma proposta bastante rica ao ensino de Língua Portuguesa e tudo o que se abrange nesta disciplina segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais. A história da educação escolar brasileira mostra que leitura, mesmo sendo um bem incomparável, está associada a todo o contexto social da época em que se vive, bem como tudo o que se vive.

A autora ressalta um artigo de outros dois autores, Batista e Galvão de1998, A leitura na escola primária brasileira, em que destacam dois modelos de ensino de leitura diferenciados entre o final do século XIX e início do XX:

• Por meio dos livros enciclopédicos – a leitura baseava-se no aprendizado das instruções nos diversos campos curriculares;

• Por meio dos livros de leitura que indicavam princípios morais e cívicos.

Neste período as práticas de leitura eram voltadas à memorização e estavam ligadas diretamente ao professor que utilizava de métodos punitivos e tomadas de leitura. Já nas décadas de 1920 e 1930 surgiram diversas reformas na educação que desencadearam o Movimento da Escola Nova, o qual pregava uma prática menos centrada no livro, tornando-o instrumento educativo, gerou também uma mudança na concepção de aluno, levando-o a ser cada vez mais participativo no contexto educacional, cabe ressaltar também a importância dada às bibliotecas escolares.

Com o avanço da escolarização a todas as classes sociais, nas décadas de 1950 a 1970, o conceito de leitura se expandiu a todos e cada vez mais houveram publicações a variados públicos. Aumentada a produção literária, a escola passou a abordar novos gêneros textuais, diferentes dos escolares. Assim,

“A orientação que entra em circulação no meio educacional é a de valorizar os usos, funções e significados sociais da leitura e da escrita, em detrimento de sua utilização marcadamente didática, com objetivos instrucionais, morais ou puramente escolares.” (Silva, p. 3 e 4)

A biblioteca de classe surge, dessa forma, como um importante instrumento nas aulas de Língua Portuguesa para a leitura das literaturas na década de 1980 e atualmente como uma prática escolar que vem de encontro ao ensino da Língua, utilizando-se de acervos que estimulam os alunos de cada turma e os levam a ter prazer na leitura e a diversificar suas leituras, tanto pelos gostos como pelos variados grupos literários, por meio da proposta grupal. Bem como vem de encontro aos Parâmetros Curriculares Nacionais proporcionar

"a capacidade de selecionar textos segundo interesses e necessidades pessoais; a familiarização com diferentes estilos e gêneros; a receptividade para com autores e obras desconhecidas; a capacidade de trocar impressões com outros leitores sobre livros lidos; a existência de acervos variados em classe; a organização de momentos de leitura de livre escolha na aula...” (Silva, p.6)

Percebe-se, assim que a Biblioteca de Classe se configura num espaço que possibilita ao professor e ao aluno uma relação subjetiva com os livros e com a leitura, que revigora a relação do educador com o educando, torna-se um espaço de interação com o conhecimento e com a informação. Por meio dela o conceito de leitura é ressignificado, torna-se uma atividade complexa de cada sujeito em que são envolvidos não apenas aspectos subjetivos de memorização, como também afetivos e sócio-culturais por meio das diferentes linguagens oferecidas pela leitura.

Gêneros textuais

Os gêneros textuais são definidos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) da língua portuguesa como formas relativamente estáveis de enunciados disponíveis na cultura, sejam eles orais ou escritos. Baklin define gêneros do discurso como tipos constituídos historicamente e que mantém uma relação direta com a dimensão social.

Os elementos que caracterizam um gênero são realizações linguísticas concretas definidas por propriedades sócio-comunicativas e constituem textos empiricamente cumprindo funções em situações comunicativas, sua nomeação abrange conjuntos abertos e praticamente ilimitados de designação concreta, determinados por canal, estilo, conteúdo, composição e função. Os gêneros textuais compreendem-se: Cartas comerciais, revista, livros, e-mail, prefácio, jornais, lista telefônica, contratos, inquérito policial, edital, resenha, conferência, piadas, bate-papo, outdoor, seminário, regulamento de remédio, lista de compras, história, romance, ensaio, editoriais, leis, blog, letras de musicas, notícias, crônica, receitas, reportagem, diário, entrevista, bilhete, poema, biografia, telefonema, sermão, comercial, aula expositiva, cardápio, instruções, horóscopo, reunião de condomínio; são inúmeros e ilimitados os gêneros textuais, mas os tipos são cinco, são eles: narrativos, descritivos, expositivos, argumentativos e injuntivos.

Na revista em pesquisa, a Veja, podemos encontrar cinco gêneros característicos de comunicar a sociedade, o que se passa no mundo, as transformações e riscos á sociedade, fatos cotidianos

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