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Por:   •  21/5/2014  •  941 Palavras (4 Páginas)  •  307 Visualizações

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. Durante séculos, o estudo do movimento e suas causas tornou-se o tema central da filosofia natural. Antes de Galileu, a maioria dos pensadores acreditava que um corpo em movimento encontrar-se-ia num estado forçado , enquanto que o repouso seria o seu estado natural. A experiência diária parece confirmar essa afirmativa. Quando depositamos um livro sobre uma mesa é fácil constatar seu estado natural de repouso. Se colocarmos o livro em movimento, dando-lhe apenas um rápido empurrão, notamos que ele não irá se mover indefinidamente: o livro deslizará sobre a mesa até parar. Ou seja, é fácil observar que cessada a força de empurrão da mão, o livro retorna ao seu estado natural de repouso. Logo, para que o livro mantenha-se em movimento retilíneo uniforme é necessária a ação contínua de uma força de empurrão. www.fisicaatual.com.br

4. Para Aristóteles havia dois tipos de movimento: O movimento natural – Cada um dos 4 elementos (Terra, água, ar e fogo) possui um lugar bem definido no Universo. O movimento natural de um corpo consiste em uma busca pelo seu lugar natural. O movimento de queda de uma pedra ou da água, por exemplo, é um movimento natural, pois visa retornar aos seus lugares naturais. O movimento forçado – Quanto aos movimentos não naturais, como o empurrar de uma caixa ou arremessar uma pedra, Aristóteles atribuiu uma força em constante contato com o objeto, causando o movimento forçado. Embora Aristóletes nunca tenha usado uma expressão matemática para mostrar suas idéias sobre o movimento, talvez pudéssemos expressar sua idéias usando a expressão abaixo: v = F/R , onde: v = velocidade, F = força e R = resistência do meio Através dessa expressão podemos perceber que para Aristóteles: A velocidade é diretamente proporcional à força aplicada no corpo. Quanto maior a força maior a velocidade. Ao cessar a força cessa o movimento. A velocidade é inversamente proporcional à resistência oferecida pelo meio. De acordo com suas idéias, um corpo abandonado longe de seu lugar natural retorna a ele tanto mais rápido quanto o meio permitir. Vale frisar que a idéia de um vácuo hipotético implicaria em uma velocidade infinita o que era (e continua sendo) uma idéia absurda. www.fisicaatual.com.br

5. Para Aristóteles a existência de uma força propulsora contínua era uma condição para o movimento. Para explicar o movimento forçado de um projétil, que ocorre sem a presença aparente de uma força propulsora, argumentava: Para Aristóteles, a idéia de um movimento retilíneo eterno é totalmente inaceitável. A justificativa de que o meio fornecia ao projétil a força necessária para manter o movimento foi denominada de Antiperistasis . O meio não apenas oferecia resistência como também sustentava o movimento. www.fisicaatual.com.br

6. Hiparco de Nicéia (130 a.C.) discorda da Antiperistasis de Aristóteles, argumentando que o lançador transmite uma força ao projétil que a absorve. A força absorvida pelo corpo é consumida à medida que o corpo se move. A noção de força impressa reaparece no trabalho do filósofo árabe Avicena (980 - 1037). Para ele, a força que um projétil adquire é algo análogo ao que o fogo fornece à água. Avicena explica o movimento de um projétil arremessado horizontalmente da seguinte forma: inicialmente o projétil move-se em linha reta na direção em que foi lançado até que a força horizontal que lhe foi impressa seja totalmente gasta. Quando isso acontece, o projétil para momentaneamente, e logo passa a se mover pra baixo sob a ação de seu “peso natural”.

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