Lina Bo Bardi
Pesquisas Acadêmicas: Lina Bo Bardi. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 6/12/2014 • 2.126 Palavras (9 Páginas) • 665 Visualizações
BIOGRAFIA
Lina Bo Bardi
(5 de dezembro de 1914 março de 1992). 20 de 1939 - Forma-se na Faculdade de Arquitetura de Roma Década de 40 Muda-se para Milão e passa a trabalhar com Giò Ponti, na revista Domus. Anos depois monta seu próprio escritório. 1946 - Casa-se com o jornalista Pietro Maria Bardi, e muda-se para o Brasil, vivendo até seu falecimento em 1992.
Arquiteta brasileira de origem italiana. É responsável por inovações estéticas importantes na arquitetura nacional, entre elas o desenho arrojado, o uso de novos revestimentos, como concreto ou tijolo aparentes, e a exposição de fiações e conexões. Durante os seus primeiros anos de permanência no Brasil , Lina Bo Bardi ainda manteve consigo muitas referências da Itália.
Uma mulher anti-feminista, independente, com horror à futilidade, à burguesia e ao luxo. Assim era Lina Bo Bardi. Que dizia ter horror em construir casas para madames, ou seja, a burguesia.
“Tenho horror de projetar casa para madame, que inflige como será a piscina, as cortinas. Só projeto casas para pessoas com quem tenho relação afetiva.”
Residência Lina Bo Bardi (Casa de Vidro), Bairro Morumbi, São Paulo SP, 1949. Arquiteta Lina Bo Bardi.
Residência Lina Bo Bardi (Casa de Vidro), Bairro Morumbi, São Paulo SP, 1949. Arquiteta Lina Bo Bardi. A residência Lina Bo Bardi ficou conhecida como “Casa de Vidro”, assim chamada pelos moradores da redondeza nos tempos de sua construção, quando o local ainda era uma reserva de Mata Brasileira cheia de bichos selvagens. A casa foi implantada na parte mais alta do terreno de 9 mil m² com declive bastante acentuado. Dois corpos distintos a definem: a caixa de vidro que se projeta no espaço a partir de um muro de arrimo e se apóia em delgados pilares metálicos e um segundo corpo assentado diretamente no solo. Estes corpos abrigam respectivamente os compartimentos destinados ao convívio da família e aos serviços.
A caixa de vidro por sua vez está organizada sob dois princípios espaciais que correspondem a duas lógicas estruturais: uma parede longitudinal que a atravessa, divide claramente o setor social do íntimo, sinalizando os dois momentos. No setor social os espaços do estar, jantar e biblioteca estão dispostos em um espaço comum, demarcado pelos pilares soltos e por outras peças como o volume da caixa de escada, a lareira, além do vazio do jardim interno: que ainda tem a função de interligar este piso aos pilotis. Em contrapartida, no setor íntimo a divisão espacial se faz mais presente, indicando outra solução estrutural, com apoios embutidos em paredes e no arrimo. Embora as soluções para os apoios sejam distintas as demais soluções construtivas para o piso e a cobertura são as mesmas: caixão-perdidA de concreto no piso e telha de fibrocimento sobre laje na cobertura.
A Casa de Vidro é um marco da arquitetura de São Paulo, com jardim da casa em um terreno de 7.000 m2, no Morumbi e é um raro exemplo de conservação da mata brasileira. Tombada como patrimônio histórico, tornou-se um ponto de visita obrigatório para arquitetos internacionais e fonte de pesquisa de estudiosos.
Hoje, no local, funciona o Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, criado em 1990, por uma decisão pessoal de Bardi, com o apoio de Lina. O acervo pessoal, reunido pelo casal ao longo de sua vida, foi doado para o Instituto, com o objetivo de promover, pesquisar e divulgar os campos da arte e da arquitetura no Brasil. É constituído de obras de arte, móveis, documentos, objetos, cerca de 7.500 desenhos de Lina e 17.000 fotografias, além do arquivo pessoal de ambos, significativos para a cultura do Brasil.
MASP
O Masp inicialmente instalou-se em quatro andares do edifício dos Diários Associados, adaptados por Lina Bo Bardi.
Lina Bo, arquiteta modernista italiana e esposa do professor Bardi, concebeu arquitetonicamente o prédio atual do MASP. O terreno da Avenida Paulista havia sido doado à municipalidade com a condição de que a vista para o centro da cidade bem a da serra da Cantareira fosse preservada, através do vale da avenida 9 de Julho. Modificações na postura municipal quanto às edificações nessa avenida mudou, infelizmente, essa paisagem.
Para preservar a vista exigida para o centro da cidade, a arquiteto Lina Bo idealizou um edificio sustentado por quatro pilares permitindo, assim, aos que passam pela avenida possa descortinar o centro da cidade. Em construção civil é único no mundo pela sua peculiariedade: o corpo principal pousado sobre quatro pilares laterais com um vão livre de 74 metros.
Essa estrutura avançada exigiu uma solução cujo desafio foi aceito pelo professor Dr. José Carlos de Figueiredo Ferraz que aplicou seu sistema de protensão. Os cálculos forma feitos pelo prof. dr. José Lourenço de A. B. Castanho.
Construído de 1956 a 1968, a nova sede do MASP foi inaugurada em 07 de novembro de 1968 com a presença de S.M. a Rainha Elizabeth II, da Inglaterra.
O MASP sempre foi - e continuará sendo - um museu inovador. Por ocasião do centenário do professor Bardi (fevereiro 2000) realizou uma grande exposição, onde além das peças mais representativas da coleção Lina Bo e P.M. Bardi – doadas pelo casal ao museu, foram também expostas outras obras do acervo indicadas pessoalmente por Bardi. a Chateaubriand para serem adquiridas.
Uma exposição tão abrangente e importante só poderia ser realizada pela própria equipe do MASP e no espaço mais nobre do museu, ou seja, na Pinacoteca do 2º andar.
A curadoria da exposição foi confiada a Luis Hossaka, amigo, assistente e colaborador do professor e atual curador chefe.
Para apresentar a população um novo conceito de organização do 2º andar, - moderno, contemporâneo e inédito no Brasil - caracterizado por painéis totalmente móveis, vitrines e sistema de iluminação distribuídos de forma a proporcionar não só exposições rotativas de nosso acervo - com melhores visuais para o visitante - como também, e principalmente, condições adequadas para o exercício de atividades de ensino e atendimento de grupos monitorados, prioridades estas que ensejam um novo dinamismo na atuação didática do museu.
Mais difícil, talvez, tenham sido a conclusão das obras de reforma do espaço destinado a pinacoteca do 2º andar, e que demandaram um longo período para a execução de serviços de alta especialização e tecnologia, tais como a reprotensão das vigas de sustentação, recuperação estrutural, impermeabilização da cobertura, reforma da caixilharia, troca de vidros, colocação de película de proteção contra raios ultra-violeta, troca do sistema de persianas, nivelamento e troca do piso, troca de todo sistema de eletricidade, iluminação, ar condicionado com filtros especiais e, ainda, a colocação do 2º elevador de acesso.
Oferecendo mais conforto ao visitante, garantindo inclusive acesso aos diversamente capacitados pelo 2º elevador que atende dos sub-solos ao 2º andar, o MASP acolhe todos.
O MASP, entidade cultural sem fins lucrativos tem por finalidade incentivar, divulgar e amparar, por todos os meios a seu alcance, as artes de um modo geral e, em especial, as artes plásticas, visando ao desenvolvimento e, ao aprimoramento cultural do povo brasileiro.
Para esse fim mantém Pinacoteca, Biblioteca, Fototeca, Filmoteca, Videoteca, Cursos de Artes e serviço educativo de apoio às exposições, exibição de filmes e concertos musicais de interesse artístico e cultural.
O MASP coloca-se como primeiro centro cultural de excelência em nosso País, pois aqui foram realizados todos eventos e atividades relacionadas com arte, tais como Pintura, Escultura, Gravura, Arquitetura, Design, Mobiliário, Moda, Música, Dança, Biblioteca, Escola, Teatro, Cinema, Work-shops, Lançamento de livros e Conferencias.
O visitante pode apreciar no edifício da Avenida Paulista, obras da escola italiana como Rafael, Andrea Mantegna, Botticceli e Bellini; de pintores flamengos como Rembrandt, Frans Hals, Cranach ou Memling. Entre os espanhóis estão Velazquéz e Goya.
A maior parte do núcleo de arte européia do MASP é de pintura francesa. Podemos apreciar os quatro retratos das filhas de Luiz XV, pintados por Nattier, ou as alegorias das quatro estações de Delacroix. Do movimento impressionista, encontramos várias obras de Renoir, Manet, Monet, Cézanne e Degas. Dos pós-impressionistas é possível apreciar vários quadros de Van Gogh ou de Toulouse-Lautrec.
Um dos destaques do acervo, é o espaço dedicado à coleção completa de esculturas de Edgar Degas. Uma coleção de bronzes, feitos em tiragem de 73 peças, só pode ser vista integralmente no Masp e em poucos museus como no Metropolitan em New York, ou no Museu D`Orsay em Paris.
O MASP foi criado para ser um museu dinâmico, com um perfil de centro cultural. Por isso possui espaços diferenciados para realização de exposições temporárias. O visitante sempre encontra uma novidade em sua visita ao museu, por mais freqüente que seja. As exposições temporárias apresentam os mais variados temas ou suportes. Exposições nacionais e internacionais de arte contemporânea, fotografia, design e arquitetura se revezam durante o ano, trazendo ao público um universo de imagens.
O MASP é também música, cinema e palestras. Os dois auditórios projetados por Lina Bo são um espaço múltiplo para essas atividades.
O Museu de Arte de São Paulo foi construído graças à ideia de Pietro María Bardi, marido de Lina, junto a Assis Chateaubriand, que em 1946, decidem criam um novo museu de arte em São Paulo. Inicialmente, este museu funcionava no segundo andar do edifício dos Diários associados, com uma área de 1000 metros quadrados, inaugurado em 1947. A ideia sempre foi realizar exposições periódicas, promovendo os aspectos didáticos da arte com concursos e conferencias, e abrir escolas sobre diversos temas.O edifício foi erguido no terreno do antigo Belvedere Trianon, na Avenida Paulista, em 1968. Nele foram inauguradas escolas de gravura, pintura, design industrial, escultura, ecologia, fotografia, cinema, jardinagem, teatro, dança e até moda.Encontra-se num ponto privilegiado da cidade, o cruzamento de dois eixos viários sobrepostos: a Avenida Paulista e o túnel da Avenida 9 de Julho. O edifício foi projetado como um contêiner de arte, que armazena a cultura na zona onde se implanta. Uma arquitetura simples, que comunica de imediato aquilo que no passado foi chamado de monumental.O edifício é materializado como um grande volume que se suspende para deixar o térreo livre, estruturando-se em dois grandes pórticos. O volume elevado está suspenso a oito metros do solo. Com uma extensão total de 74 metros entre os pilares, a obra constituiu o maior vão livre do mundo em sua época.O museu tem aproximadamente 10 mil metros quadrados. A sua base constitui uma grande praça. Nela está um extenso hall cívico, palco de reuniões públicas e politicas; um teatro-auditório e um pequeno auditório com sala de projeção.No volume suspenso estão a pinacoteca, com seus escritórios, salas de exposições temporárias, salas de exposições particulares, e arquivos fotográficos, filmográficos e videográficos. Para exibir as pinturas, foram utilizadas lâminas de vidro temperado suportadas por um bloco base que imitava concreto. Isto relembrava a posição do quadro sobre o cavalete do artista.
Plantas
O vazio, que constitui a praça seca e hall de entrada do edifício, articula ambos os lados do edifício com a cidade: por um lado os edifício da Avenida Paulista, que estão na mesma cota que o vazio, e por outro, o espaço que se abre nas cotas escalonadas até o interior do túnel da Avenida 9 de Julho. O vazio entrega ao projeto um espaço de ar e sombra entre os altos edifícios da cidade.A ideia do vazio, de ar, relaciona-se com a forma de exposição dentro do museu, e expressa, também, um conceito de tempo no qual o espectador é quem domina e gere o espaço, e não o contrário. O grande espaço livre, tanto exterior como interior, é gerido pelo visitante, sem obriga-lo a tomar uma direção ou outra, mas sim permitindo que se mova livremente.Uma escada ao ar livre e um elevador em aço e vidro são as circulações verticais do edifício. A escada representa tanto o caminho do passado ao futuro, a ideia de tempo, como uma forma de articular o espaço, um lugar de encontro entre o exterior e o interior. Em um extremo do vazio, atrai os visitantes, os prepara e os faz subir lentamente, e pausadamente, com uma escala humana dentro de um vazio de escala desmesurada.Desde 2003, o edifício é protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
• quitetos:Lina Bo Bardi
• Ano:1968
• Endereço:Avenida Paulista 1578, Bela Vista São Paulo Brasil
• Tipo de projeto:Cultural
• Status:Construído
• Materialidade:Concreto e Vidro
• Estrutura:Concreto
• Localização:Avenida Paulista 1578, Bela Vista, São Paulo, Brasil
• Implantação no terreno:Isolado
O MASP foi projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi em 1947. A prefeitura de São Paulo fez algumas exiggências que deveriam ser respeitadas, tais como preservar a vista do centro da cidade e da Serra da Cantareira (através da Av. 9 de Julho), além disso exatamente em baixo do MASP encontra-se uma linha de metrô, fato que dificulta algumas decisões de projeto. Esses fatos justificam a forma inusitada e a tecnologia construtiva utilizada por Lina: todo o corpo do prédio é apoiado sobre quatro grandes pilares de concreto protendido, liberando um vão de cerca de 74 metros.
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