Fichamento Livro Violencia Urbana
Trabalho Universitário: Fichamento Livro Violencia Urbana. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mag.sandra • 6/10/2014 • 8.998 Palavras (36 Páginas) • 1.141 Visualizações
Fichamento do livro o que violência urbana
Regis de Morais
Ed. Brasiliense
Introdução:
Em nenhum outro lugar a vida está sendo um jogo tão perigoso com nas grandes cidades.
Vemos cotidianamente assaltos, acidentes de trânsito, guerras de gangue do narcotráfico, além de assassinatos pelos motivos os mais triviais, mais torpes. A vida tem pouco valor.
E, por lado, policiamento armado em precárias condições de segurança nos edifícios, lojas, bancos, alguns bairros, e no trabalho de cada um. O medo vem sendo o pão cotidiano dos cidadãos. As violências, criminosas ou institucionalizadas, levam as pessoas a interiorizar uma permanente sensação de pânico.
Seriam as metrópoles organismos definitivamente enfermas? Ou há saída para isso? É o que se discute neste livro muito oportuno: O que é violência urbana, escrito por Regis de Morais e publicado pela Editora Brasiliense.
Urgente, urgentíssimo.
“os empresários e administradores continuam protegendo os seus dinheiros, cuidando do seu patrimônio, com sórdido desprezo pela vida dos semelhantes.” (pag.8).
O medo como o pão de cada dia.
“Em nenhum outro lugar a vida esta sendo um jogo tão perigoso como nas cidades grandes”. (...) “e “jogo” é bem a expressão, pois o elemento do “azar” esta muito presente nas angustias do cidadão”.(...)pois bem,quando tudo é possível esta instalado o absurdo”.(pag.11).
“assim fica claro que o medo é o pão do cotidiano dos cidadãos”. (pag.12).
“teme-se igualmente tanto as ações criminosas dos assaltantes quanto as ações policiais”. (pag.12).
(...) “porque o “jogo” de viver na metrópole é cheio de riscos a cada passo_ e não se sabe como evitar isto”. (pag.12).
“Há no jogo em questão, elementos previsíveis e imprevisíveis. nos centros urbanos mais desenvolvidos e marcadamente capitalistas uma coisa será certa: todos competirão”. (pag.12-13).
“Algumas formas da disputa obedecem a normas conhecidas e,assim ,fazem-se previsíveis _os que as tornas ,ainda que duras,um pouco menos assustadora”.
“Porem há uma quantidade considerável de formas da referida competição que aterrorizam pela sua imprevisibilidade e instigam os nervos das pessoas até a exaustão”. (pag.13).
“Sempre se pagará sério preço, orgânico e psíquico, por se viver com medo.” (pag.14).
“o medo faz definhar”. (pag.15).
““escreveu o urbanista Robert auzelle:” o consumo faz as cidades e o excesso de consumo as desfaz”.os espaços das metrópoles estão literalmente tomados “por uma noção comercial e vida”. (pag.16).
Especialista afirmam que a objetalidade (consumo desvairado de coisas)excita a ambição e esta instala a frustração (kalina e kovadloff).
“Há os que não podem seguir o ritmo terrível do consumo,mas,ao longo de sua história de vida ,desenvolveram alguma possibilidade de assumir suas impossibilidade.mas há também aqueles que,não podendo acompanhar a maratona do possuir,transformam a fragilidade que suas frustrações impõem um feroz potencial de agressividade”. (pag.16).
“Mas outros,em grande numero,agredirão _para roubar ou subjugar _por estarem transidos de medo, temerosos da sua própria fragilidade”. (pag.16).
“onde há medo, há ameaças; e onde estão as ameaças está a violência”. (pag.16).
“A todas essas coisas se somam as oscilações do mercado de trabalho, que estabelecem a insegurança quanto a manutenção do emprego. diz o antropólogo Ralph linton:”aquele que não sabe se poderá ser feliz amanhã,começa a ser infeliz hoje”.e assim vamos vendo que não há exagero quando falamos de uma síndrome de medo que hoje subverte a vida humana nos centros urbanos desenvolvidos.(...)uma desvalorização básico do ato de viver”.(pag.18).
“Aí se encontram: primeiro, a virtude que o ser humano tem de ser muito adaptativo; segundo, o defeito que o homem tem de se adaptar até aquilo que deveria que precisaria contestar. nem todos os moradores do grande centro percebem o seu estado costumeiro de tensão”. (pag.19).
“Fica ate estranho condenarmos a brutalidade da jornada de trabalho dos inicios do industrialismo,quando um trabalhador chegava a empenhar-se nas suas tarefas até 16 horas por dia,pois hoje devemos somar o grande trabalho que cada um do povo mais humilde engrenta para chegar a fabrica ou ao comércio,mais a trabalheira de retornar ao lar.para muitos,tal somatoria atinge 14 horas para mais”.(pag.20-21).
“Sentimo-nos amedrontados porque já se sabe que grande parte das pessoas ao volante se transformam,com frequencia,em exemplos pouco ou nada racionais de ousadia e violencia”.(pag.21).
“Tambem porque a bolsa ou a carteira podem ser roubadas,levando-se dinheiros que já tinham destino ou que não pertenciam a quem os carregava”;(...)”.(pag.21).
“Vivemos pelas ruas a expanção de uma certa “psicologia do descredito”,isto é :é preciso que todos desconfiem de todos”.(pag.23).
“Não acredito que a violencia,quando se a quer entender praticamente,deva ser conceituada em função de códigos sociais(juridicos ou não),de vez que muitas vezes as próprias leis e os chamados homens da lei colocam o individuo sob violência”.(pag.24).
(...)”a violência entendida como tudo que pode agredir a integridade pessoal irá incluir desde o latrocínio até o trabalho de um operário em uma linha de montagem,passando pela especulação imobiliária e outros absurdos permitidos ou não pela lei”.(pag.25).
“Será de todo importante que,daqui para frente,passemos a desnudar os conflitos básicos da nossa sociedade,na tentativa_pelo menos_de que alcancemos uma visão mais explicativa de por que estamos vivendo de forma tão pouco feliz,nas grandes cidades”.(pag.27).
O espaço é político.
“Pensar no político é, deste modo,pensar no jogo do poder e nas forças que são utilizadas neste jogo.e,sempre que há um exercício de poder pela força,fica logo clara a realidade da existência de interesses contrários.se todos tivessem os mesmos interesses haveria tal
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