Logistica Internacional

EQUIPAMENTOS E TECNOLOGIA DE ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO

Vamos apresentar a seguir novos equipamentos cada vez mais sofisticados e menos dependente da intervenção humana:

• AGV (Automotically Guided Vehicles): Os AGVs são uma tecnologia de automação, consistindo em veículos pequenos e autônomos, que movem matérias entre estações de trabalho, normalmente guiados por trilhas magnéticas no chão da fabrica, recebendo instrução de um computador central (Slack; Chambers; Johnston, 2002). O sistema de orientação pode ser de natureza ótica (quando linhas direcionais são colocadas no piso do armazém, sendo o veículo direcionado por um feixe de luz, apontando para as linhas), magnética (em que o veículo segue um cabo energizado instalado debaixo do piso) ou por rádio (Wi-Fi) (em que a transmissão debaixo feita por sinais de rádio de alta freqüência, não se limitando a rotas de fluxo predeterminadas no armazém) (Bowersox; Closs; Cooper, 2007).

• ASRS (Automadet Storge And Retrieval Systems): servem para o recebimento automático de pedidos de matérias e mercadorias em qualquer parte de suas operações, coletando-os dentro do armazém, normalmente com trans-elevadores e entregando-os as estações de trabalho, (Gaither e Frazier, 2001). Trata-se de um recurso altamente automatizado, permitindo que uma quantidade muito pequena de operadores, não raramente, somente um, possa gerenciar um armazém de milhares de metros quadrados, simplesmente operando computadores.

• TowLine: é uma inovação relativamente recente e difundiu-se comercialmente no Brasil há poucos anos, quando foi introduzido por empresas provedoras de serviços em logística. De acordo com Bowrsox, Closs e Cooper (2007, p. 267), os TowLines, ou cabos de reboque, são

dispositivos de arrasto posicionado no chão ou em estruturas aéreas. São utilizadas para fornecer energia constante para carretas de quatro rodas. A principal vantagem de um cabo de reboque e a movimentação contínua. Os separadores de pedidos colocam as mercadorias em carretas de quatro rodas que, em seguida, são arrastadas para a doca de embarque...

Com o emprego do TowLine; é possível integrar, por exemplo, dois centros de distribuição fisicamente distantes, por meio de um túnel interligando-os, possuindo, portanto, uma linha dedicada à movimentação. Também é comum a utilização de estruturas aéreas, em que os equipamentos de movimentação percorrem caminhos especialmente construídos em túneis ou gaiolas aéreas.

• RFDC (Radio Frequency Data Coloction – coleta de dados por radio freqüência): é uma forma de comunicação de dados por radiofreqüência. Uma característica interessante, segundo Tanenbaum (2003) é que os sinais são uni-direcionais, ou seja, pode m viajar em todas as direções a partir da forte, permitindo que o transmissor e o receptor não precisem estar cuidadosa e fisicamente em alinhamento. Na logística, facilita troca bidirecional de informações dentro de um depósito, permitindo a comunicação em tempo real. [De acordo com Boxerx Closs e Cooper (2007, p. 119), outrasaplicações incluem comunicação biredicional para separação em armazéns, contagem de ciclos, verificação e impressão de etiquetas.

• RDIF (Radio FrequencyIdentification – identificação por radiofreqüência): é uma espécie de 2º geração do RFDC desenvolvida pelo MIT (MassachusttsInstituteofTechnnology). Com ela, pode-se identificar um conteiner ou seu conteúdo, à medida que ele se movimenta pelas instalações ou em um equipamento de transporte. De acordo com Bowersox, Closs e Cooper (2007, p. 119):

A RFID coloca um chip eletrônico codificado no contêiner ou na caixa. Os chips de RFID podem ser passivos ou ativos. Chips ativos emanam ondas de rádio constantemente, para que o produto possa ser localizado em um armazém ou loja de varejo usando receptores localizados em toda a loja [...] Chips passivos respondem quando são estimulados ao se passar o produto por um portal relativamente pequeno que possui leitoras embutidos. Visto que é necessário passar o produto por um portal para que os chips passivos funcionem, eles só podem ser usados para rastrear a entrada, a saída e a movimentação em torno da instalação.

Cada chip possui um EPC (ElectronicProductCode), código de produto eletrônico, que é individual, o que o diferencia do Código de Barras, pois, neste, ao contrário da RFID, o código de barras todas as latas de sardinha de mesmo tamanho, massa e marca, têm o mesmo código. Então, com a RFID, pode-se rastrear e resgatar qualquer informação relativa a uma unidade específica do estoque, o que é uma vantagem apreciável.

WMS – Sistema de Gerenciamento de Armazéns

Mais um exemplo de como a tecnologia de informação vem causando impactos na logística, em especial, neste caso, na gestão de armazéns, pode ser ilustrado pelo WMS – Warehouse Management System – Sistema de Gerenciamento de Armazéns.

O WMS é um software de gestão, que otimiza todas as atividades operacionais (Fluxo de Materiais) e burocráticas (Fluxo de informações) dentro do processo de armazenagem, incluindo recebimento, inspeção, endereçamento, estocagem, separação, embalagem, carregamento, expedição, emissão de documentos, inventário etc.

Além de computadores com CPU compatíveis, a exigência de hardware inclui: leitores ópticos, terminais de radiofreqüência, impressoras ( para relatórios, m\anifestos de carga, código de barras etc.) controladores específicos para equipamentos automatizados de movimentação e estocagem de matérias (AGVs, trans-elevadores, ASRS etc.) (Banzato, 1998).

De Banzato (1998), pode-se sintetizar, portanto, o WMS como a integração de software, hardware e equipamentos periféricos para gerenciar estoque, espaço, equipamentos e mão de obra em armazéns e centros de distribuição.

O WMS tem como objetivo oferecer suporte a todo processo em um armazém:

• Otimizando o fluxo físico e de informação;

• Gerenciando os espaços, os estoques e a alocação de pessoas e equipamentos considerando as atividades de recebimento, armazenagem, abastecimento, separação e carregamento, armazenagem;

• Usando, maciçamente, tecnologia de radiofreqüência;

• Permitindo uma visão de um “armazém em movimento”. Com informações administradas em tempo real;

• Assegurando maior acuracidade dos estoques e estímulos à produtividade, gerando eficiência agregando valor aos serviços prestados.

EMBALAGENS

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