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Lúpus vermelho induzido

Tese: Lúpus vermelho induzido. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/5/2014  •  Tese  •  1.712 Palavras (7 Páginas)  •  369 Visualizações

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Lúpus eritematoso induzido:

O lúpus induzido por drogas (LID) possui sintomas semelhantes ao do LES (Lúpus eritematoso sistêmico idiopático) relacionados à exposição a drogas. Diferentemente do LES o acometimento do sistema nervoso central e renal é bastante incomum no LID. Ainda não se conhecem os mecanismos envolvidos na origem do LID, dados experimentais apontam para inibição da metilação do DNA, ativação de monócitos, e distúrbios dos metabolitos de determinadas drogas no processo de tolerância do sistema imunitário. Entende-se diante disso que uma modificação molecular especifica desencadearia a ativação do sistema imunitário, resultando em autoimunidade, o mecanismo parece ser multifatorial.

Assim como no LES nos casos de LID também há frequencia elevada de produção de auto anticorpos. Muitos casos de LID apresentam expressão clinica moderada e são autolimitadas, embora outros possam ameaçar e ter características clinicas indistinguíveis do LES idiopático.

Características epidemiológicas e clinicas do LID:

Incidência de 15 mil a 20 mil casos de LID em todo o mundo. O LID apresenta igual ocorrência entre os sexos. O tempo decorrido entre a exposição a droga e a ocorrência dos sintomas varia de trinta dias a vários anos. Entretanto, quando ocorre a doença auto-imune devido ao uso dessas substâncias, isso depende mais da pessoa que da própria substância, ou seja, não são todas as pessoas que tomam esses produtos que desenvolverão o lúpus, mas apenas uma pequena porcentagem delas. Isso significa que a imunidade dessas pessoas vulneráveis à doença auto-imune é que é o problema.

Sintomas:

Lesões de pele, febre, presença de eritema nodoso (inflamação dos adipócitos subcutâneos), púrpuras (presença de sangue fora dos vaso/manchas roxas), pápulas eritematosas (elevação na pele), artralgia (a sintomatologia dolorosa associada a uma ou mais articulações do corpo) , mialgia (dor muscular), pleurite (inflamação das pleuras pulmonares), pericardite (é uma inflamação do pericárdio).

Tratamento e Diagnostico:

O tratamento baseia-se essencialmente no reconhecimento da condição clinica induzida pelo medicamento imediato suspensão da droga. Nas condições refratarias o tratamento deve seguir as recomendações para o manejo do Lúpus Idiopático, inclusive podendo ser indicado o uso de drogas imunossupressoras.

Lúpus Discoide

Introdução

Lúpus eritematoso cutâneo crônico (LECC), também chamado de lúpus eritematoso discóide, é uma doença inflamatória da pele que atinge sobretudo adultos, acometendo preferencialmente as áreas expostas à luz solar. É caracterizada por áreas de vários tamanhos, eritematosas, descamativas, bem definidas, que tendem a evoluir deixando cicatriz atrófica e alterações pigmentares.

A epidemiologia do LECC mostra que, com maior freqüência, a idade de instalação da doença varia entre 20 e 40 anos. É doença rara na infância ou em indivíduos com mais de 70 anos de idade. Existe predominância de acometimento no sexo feminino, em proporção ao redor de 2:1, conforme a maioria dos estudos internacionais. Manifesta-se em qualquer raça. A literatura mostra que existem casos familiares de LE, o que se verifica em 4% dos pacientes.

Atualmente, a maioria dos estudiosos considera o LECC parte de um espectro da doença lúpus eritematoso (LE). Segundo esses autores, a expressão clínica do LE varia desde uma forma benigna, estritamente cutânea, o LECC, até uma forma sistêmica de pior prognóstico, com comprometimento principalmente renal e neurológico, conhecida como lúpus eritematoso sistêmico (LES). Existe uma forma intermediária, que acomete a pele e em 50% das vezes também apresenta comprometimento sistêmico, chamada de lúpus eritematoso cutâneo subagudo (LECS). Alguns casos diagnosticados inicialmente como LECC podem evoluir para LES. Além do prognóstico, a abordagem terapêutica difere conforme a forma clínica do espectro LE.

Características e Sintomas

A lesão clínica cutânea mais comum do LECC é a placa discóide, classicamente descrita como mácula ou placa eritematosa, com bordas bem definidas e superfície com descamação lamelar aderente, mostrando em seu reverso espículas queratósicas correspondentes à hiperqueratose folicular, chamadas de tachas de tapeceiro. Essas lesões evoluem centrifugamente, assumindo forma de disco, muitas vezes com alterações discrômicas, presença de telangiectasias e deixando cicatriz atrófica central e, no couro cabeludo, alopecia cicatricial. Outras apresentações clínicas menos freqüentes e de diagnóstico mais difícil também são descritas, como a verrucosa ou hipertrófica, a túmida, o lúpus eritematoso pérnio, entre outras muito raras. Em geral as lesões são assintomáticas; é comum, entretanto, que alguns pacientes relatem ardor e piora das lesões com a exposição solar. Pode haver o acometimento de mucosas, mas na literatura é excepcional o encontro de trabalhos especificamente a ele relacionados.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico é confirmado pela histopatologia, que é característica. O encontro freqüente de imunoglobulinas na pele e, menos comumente, de alterações sorológicas evidenciando auto-anticorpos sugere etiologia auto-imune. Um dos fatores desencadeantes mais importantes das lesões cutâneas é a radiação ultravioleta.

Os exames sorológicos, como a pesquisa de auto-anticorpos circulantes, que são tão valorizados no diagnóstico do LES, não são importantes para o diagnóstico do LECC, só sendo utilizados para o diagnóstico diferencial com as formas sistêmicas e para detectar possíveis evoluções de LECC para LES.

O tratamento, se for imediatamente iniciado, pode prevenir ou reduzir a gravidade das cicatrizes permanentes. A luz solar e os raios ultravioleta podem agravar a erupção e, portanto, devem ser evitados. Pode-se utilizar uma protecção solar como medida preventiva. Em geral, a aplicação de um creme com corticosteróides é eficaz para tratar as manchas pequenas. As erupções maiores e resistentes requerem com frequência meses de tratamento com corticosteróides administrados por via oral ou com medicamentos imuno-supressores, como os utilizados para tratar o lúpus eritematoso sistémico.

Lúpus Eritematoso Sistêmico

Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória de causa desconhecida, é autoimune e fundamentalmente caracterizada pela formação

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