MEMORIAL DE FORMAÇÃO
Trabalho Universitário: MEMORIAL DE FORMAÇÃO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Daykrazuky • 8/11/2013 • 1.820 Palavras (8 Páginas) • 321 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 MINHA INFÂNCIA E MINHAS EXPERIÊNCIAS 4
3 ADOLESCÊNCIA E AS EXPECTATIVAS 5
4 EDUCAÇÃO E PEDAGOGIA 7
5 REFERÊNCIAS 8
1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho foram registradas memórias e reflexões sobre minha infância e trajetória escolar que influenciaram na minha escolha pelo Curso de Graduação em Pedagogia.
De forma clara e objetiva estarei expondo alguns conceitos e a importância dos fundamentos da ação pedagógica.
São destacados os elementos constitutivo da minha caminhada desde os primeiros anos escolares até os dias atuais onde me encontro numa cadeira da faculdade em busca de uma formação profissional.
2 MINHA INFÂNCIA E MINHAS EXPERIÊNCIAS
Nascida na cidade de Belo Horizonte em uma família de classe média, fui a primogênita de um casal de filhos, com uma diferença de 5 anos entre eu e meu irmão. Minha mãe uma jovem bela, de uma inteligência invejável, após vários anos exercendo a função de Supervisora de Departamento Pessoal, retorna ao mercado de trabalho como Cantineira Escolar após dedicar seu tempo integral à nossa criação até aproximadamente meus 6 anos. Meu pai também jovem e com grandes responsabilidades desde garoto, quando ainda criança perdeu o pai, sustentava nossa família como Mestre de Obras em uma grande e conceituada construtora mineira.
Acredito que as experiências vivenciadas pelos dois, a boa convivência e o amor incondicional à família, foram responsáveis pela estrutura sólida e permanente que considero elemento fundamental para construção de uma família onde o objetivo principal é desenvolver um caráter honesto e ético.
Aos 4 anos de idade, nos mudamos para a cidade Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde vivi momentos inesquecíveis, partipei de brincadeiras que as crianças atuais nem conhecem. Enquanto consideram importante computadores, tablets, celulares, brincávamos de Rouba-Bandeira, Caí no Poço, Esconde-Esconde, Pega-Pega, Carrinho de Rolimã. Éramos mais felizes e saudáveis. Cultivei amigos que até hoje trago comigo, alguns não tenho contato tão freqüente devido à correria do dia a dia, mas somos amigos.
Iniciei minha vida escolar aos 7 anos de idade na Escola Municipal José Maria Alkimin, onde minha mãe trabalhava como Cantineira Escolar no turno da tarde, mesmo turno que eu estudava. Recordo com saudade desse tempo, os amigos, as professoras, os brinquedos, a biblioteca, a quadra enorme e o banheiro assustador. Sim, isso mesmo banheiro assustador. Nessa época, meados de 1989, tinha uma lenda que assombrava as escolas da “Loira do Banheiro”, mas mesmo assim, lembro com saudade desse tempo.
Estudei nessa escola, meus dois primeiros anos, 1ª e 2ª série, tive como a Srtª Flor que era realmente uma flor. Educada, amorosa, paciente e alegre. Víamos em seus olhos que tinha prazer em chegar na escola, cada palavrinha que descobríamos se sentia radiante por nossa vitória. Nunca presenciei Tia Flor impaciente com qualquer aluno, se preciso fosse explicava dezenas de vezes a mesma matéria. Exemplo de professora, de educadora e sobretudo cidadã.
Já Srª Vilma, professora da 2ª série, nos assustava com tanta seriedade, severa, impaciente, grossa e adorava castigar os alunos que não traziam a lição de casa correta. Lembro como se fosse hoje, numa aula de Português não compreendi bem a explicação, levantei a mão e disse: “Tia explica de novo, não entendi”. Ela que estava escrevendo no quadro, se virou lentamente e disse: “Sou irmã da sua mãe ou do seu pai? Não. Portanto não sou sua tia, quanto a matéria não tem como explicar de novo, isso é muito fácil”.
É impressionante como fatos ocorridos em nossa infância, nos marcam por toda vida. Hoje, 24 anos depois, vejo nitidamente as duas professoras na minha frente, toda vez que ouço o nome de alguém ser Flor e quando ouço algum aluno se referindo à sua professora como tia, às vezes até estremeço.
Nas duas séries seguintes, minha mãe me matriculou no bairro onde morávamos, na Escola Estadual Maria da Glória de Castro Veado, por ter mudado de turno, dificultaria minha ida para a escola onde ela trabalhava.
Nessa escola, além do conhecimento adquirido, cultivei amigos especiais, dentre eles, Bruna que o sentimento entre nós supera amizade, tive meu primeiro amor, aquele amor inocente, secreto e proibido, minhas primeiras festinhas enfim, tudo era curtição, nos divertíamos de uma forma saudável e alegre.
O que ninguém esperava, nem eu, é que essa alegria seria interrompida por uma tragédia na família. Nesse momento toda nossa estrutura foi abalada, fomos ao fundo do poço para ressurgir das cinzas como a Phenix.
Meu pai experiente e respeitado profissional, sofre um grave acidente no canteiro de obras. No meio do expediente cai da sexta laje de um edifício em construção, fratura sete costelas, quebra os dois braços, uma perna, tem uma barra de ferro atravessada na cabeça e outra no tronco, perfurando o pulmão, rins, fígado e baço. Nesse instante nossa vida vira de pernas pro ar. Fiquei sem freqüentar as aulas, como minha mãe passava grande parte do tempo no hospital, ficávamos na casa da minha avó materna em Belo Horizonte.
Após vários recursos médicos, dedicação, fé e demonstrações de amor por parte da minha mãe, depois de três meses em coma, meu pai retoma os sentidos, recupera parte da memória e tem alta!
Aí começava um novo capítulo da minha vida e talvez o principal que me fez anos depois escolher esse curso. Todos os dias, depois da escola, eu dava “aulinha” para meu pai. Começamos com trabalho de alfabetização mesmo. Ensinei as letras, os números, fazia pontilhados, ensinava as cores e seu nome. Esse trabalho durou um ano e seis meses, quando pude ver meu pai escrevendo e lendo sozinho, como uma criança descobrindo as famílias silábicas e os sons. Se alegrando ao ler cada plana na rua e radiante como o sol quando assinou seu nome novamente sem ninguém segurar em sua mão.
Nessa época, foi notável como eu tinha “jeito pra coisa”, ensinava com dedicação e paciência. Foi aí que várias vizinhas me procuraram para dar aula particular aos seus filhos. Foram diversas as disciplinas, dava aula de reforço e ensinava para casa. Não cobrava nenhuma quantia em dinheiro, me sentia recompensada quando meu aluninho superava aquela dificuldade
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