MODELOS DE ESTRATÉGIA LOGÍSTICA: ANÁLISE CRÍTICA DA EVOLUÇÃO DE SEUS COMPONENTES
Relatório de pesquisa: MODELOS DE ESTRATÉGIA LOGÍSTICA: ANÁLISE CRÍTICA DA EVOLUÇÃO DE SEUS COMPONENTES. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: EDMM • 18/5/2014 • Relatório de pesquisa • 3.677 Palavras (15 Páginas) • 292 Visualizações
VI SEMEAD ENSAIO
OPERAÇÕES E
PRODUÇÃO
MODELOS DE ESTRATÉGIA LOGÍSTICA: UMA ANÁLISE CRÍTICA DA EVOLUÇÃO DE SEUS COMPONENTES
Autores:
Celio Mauro Placer Rodrigues de Almeida
Doutorando em Administração
celiompa@uol.com.br
Universidade de São Paulo – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade - Departamento de Administração
Avenida Prof. Luciano Gualberto, 908
CEP: 05508-900 – São Paulo, SP – Brasil
Telefone: 55-11-9182.8200
Prof. Dr. Geraldo Luciano Toledo
Prof. Titular do Departamento de Administração da FEA/USP.
gltoledo@usp.br
Universidade de São Paulo – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade - Departamento de Administração
Avenida Prof. Luciano Gualberto, 908, sala E-106
CEP: 05508-900 – São Paulo, SP – Brasil
Telefone: 55-11-3091-5879
MODELOS DE ESTRATÉGIA LOGÍSTICA: UMA ANÁLISE CRÍTICA DA EVOLUÇÃO DE SEUS COMPONENTES
Resumo
Ao longo da história da logística, a gestão da informação foi paulatinamente ganhando relevância, e a importância da função informação na logística somente ganhou destaque nesta última década. Este artigo tem por objetivo realizar uma análise crítica de alguns modelos de estratégia logística, destacar a importância que a informação vem assumindo nas últimas décadas e sugerir um novo modelo estrutural de estratégia para a logística, que considera a importância das novas tecnologias de informação e sua utilidade junto aos componentes funcionais da logística, em quatro níveis: estratégico, estrutural, funcional e implementação, inserindo no nível funcional as três gestões funcionais básicas da logística: armazenagem, transportes e informação.
O sistema de informações logísticas tornou-se um fator crítico de sucesso na estratégia logística. Ele engloba a monitoração de fluxo ao longo de toda a cadeia de atividades logísticas, capturando dados básicos, transferindo dados para outros centros de tratamento e processamento, armazenando os dados básicos conforme seja necessário, processando dados em informações úteis, armazenando as informações conforme seja necessário e transferindo informações aos usuários e clientes.
Introdução
Os estudos da logística e sua história demonstram que desde a segunda guerra mundial, a logística tem passado por uma evolução que apresenta várias fases (Almeida, 2000). Assim, é possível observar que ao longo das últimas décadas a logística tem sido otimizada e seus diversos componentes, antes considerados essenciais, deram lugar a outros. Da mesma forma, outros componentes, antes considerados irrelevantes, tornaram-se muito importantes e alguns outros foram repensados, alterados e reestruturados. Assim também, componentes que dantes não eram relevantes, facilitados por novas tecnologias, assim se tornaram.
Este artigo tem por objetivo propor um novo modelo estrutural de estratégia para a logística, que considera a importância das novas tecnologias de informação e sua utilidade junto aos componentes funcionais da logística.
Revisão da literatura
Lambert e Stock (1992), adotam a definição de logística formulada em 1986 pelo CLM – Council of Logistics Management (Concílio do Gerenciamento da Logística), que assim descreve a logística:
“É o processo eficiente de planejamento, implementação e controle efetivo do fluxo de custos, do estoque em processo, dos bens acabados e da informação relacionada do ponto de origem ao ponto de consumo, com o propósito de se adequar aos requisitos do consumidor.”
Bowersox e Closs (1996) ao destacarem a importância da informação como ferramenta estratégica para a logística, afirmam que sua importância não tem sido devidamente considerada e sua relevância não tem sido avaliada com o devido destaque, e que cada erro na composição das necessidades de informação cria uma provável ruptura na cadeia de suprimento:
“Historicamente, a importância da informação para o desempenho da logística não tem tido o devido destaque. Essa negligência é fruto da falta de tecnologia adequada para gerar as informações desejadas. Os níveis gerenciais também não possuíam uma avaliação completa e uma compreensão aprofundada da maneira como uma comunicação rápida e precisa pode melhorar o desempenho logístico. Essas duas deficiências históricas foram eliminadas.”
Magee (1977), que afirmava que o aperfeiçoamento dos canais de informação é fundamental para revolucionar a distribuição, pois permite um acesso sistemático ao controle, antigamente inexeqüível, e sem poder, ainda naquela época, contar com ferramentas informacionais como computadores domésticos, redes e internet, já destacava a informação como elemento preponderante e funcional para o desenvolvimento de uma logística operando em sua melhor performance. Ao discorrer sobre as oportunidades para a redução de cursos e redução de tempos de espera entre outros itens relevantes, considerava sempre os três elementos (transportes, armazenagem e estoques e a informação), em suas análises. Assim, os novos avanços técnicos em comunicações observados à época, bem como o processamento de dados e os transportes, poderiam acelerar o reabastecimento, reduzindo o tempo de espera. A substituição do correio por comunicações telefônicas e do processamento manual de dados pelo eletrônico, poderia aumentar diretamente os custos, mas poderia também reduzir o tempo de espera e, portanto, o investimento, fortalecendo assim a importância essencial da gestão da informação como componente crucial na obtenção de uma funcionalidade mais eficiente de sua aplicação.
Bowersox e Closs (1996) afirmam ainda
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