Manual Calculadora Casio Fx
Exames: Manual Calculadora Casio Fx. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 5/10/2014 • 1.724 Palavras (7 Páginas) • 280 Visualizações
148 Temas e Problemas
Soluc¸ ˜oes dos Problemas do Cap´ıtulo 3
1. A cada per´ıodo de 5 anos, a populac¸ ˜ao da cidade ´e multiplicada
por 1,02. Logo, em 20 anos, ela ´e multiplicada por 1,024 = 1,0824.
Assim, o crescimento estimado ´e de 0,0824, ou seja, 8,24%.
Est´a impl´ıcito no enunciado do problema, que a populac¸ ˜ao ´e
multiplicada por uma constante em qualquer intervalo de tempo
de durac¸ ˜ao fixa (n˜ao necessariamente com a durac¸ ˜ao de 5 anos).
Este ´e um modelo adequado para crescimento populacional, pois
traduz o fato de que o aumento da populac¸ ˜ao, emumcerto intervalo
de tempo, ´e proporcional `a populac¸ ˜ao no in´ıcio deste intervalo.
Em conseq ¨uˆencia, a populac¸ ˜ao p(t) no instante t ´e expressa
por uma func¸ ˜ao do tipo exponencial p(t) = bat, onde b = p(0) ´e
a populac¸ ˜ao no instante inicial. O valor de a pode ser calculado
usando o fato de que, em 5 anos, h´a um crescimento de 2%. Temos
p(5) = p(0) × a5 = p(0) × 1,02. Portanto, a = 1,02
1
5 e p(t) = p(0) ×
1,02
t
5 . Logo, o crescimento relativo em um per´ıodo de durac¸ ˜ao
t anos ´e
p(t) − p(0)
p(0)
=
p(0) × 1,02
t
5 − p(0)
p(0)
= 1,02
t
5 − 1.
2. O n´umero de bact´erias no instante t ´e da forma f(t) = bat.
Como f(0) = 1000, temos b = 1000. Como f(1) = 1500, temos
1500 = 1000 · a1 e, da´ı, a = 1500
1000 = 3
2 . Logo, f(t) = 1000 ·
3
2
t
. Assim,
5 horas ap´os o in´ıcio do experimento, o n´umero de bact´erias ser´a
f(5) = 1000 ·
3
2
5
≈ 7594 bact´erias.
3. A lei do resfriamento estabelece que a diferenc¸a T − 20 entre
as temperaturas da pec¸a e do ambiente varia, ao longo do tempo,
com uma taxa de variac¸ ˜ao que ´e proporcional ao seu valor.
Isto significa que T − 20 ´e dada por uma func¸ ˜ao do tipo exponencial
do tempo. Ou seja, T − 20 = bat ou, equivalentemente,
Soluc¸ ˜oes do Cap´ıtulo 3 149
T = 20 + bat. Para calcular a e b, usamos as temperaturas observadas
nos instantes t = 0 e t = 10 (estamos escolhendo medir o
tempo em minutos). Temos
20 + ba0 = 120, de onde obtemos b = 100 e
20 + 100a10 = 80, de onde obtemos a10 = 60
100 = 0,6 e, da´ı, a =
0,6
1
10 .
Ou seja, a temperatura T ao longo do tempo ´e dada por T =
20 + 100 · 0,6
t
10. Ap´os 1 hora (ou seja, para t = 60 minutos), a
temperatura ser´a
T(60) = 20 + 100 × 0,6
60
10 = 20 + 100 × 0,66 ≈ 24,7.
O gr´afico da temperatura ao longo do tempo est´a na Figura 55.
t
T
120
20
80
Figura 55
4. A massa de mat´eria radioativa ´e dada por m(t) = m0 · at, onde
m0 ´e a massa no instante inicial. Como a meia-vida ´e 5500 anos,
temos m(5500) = m0 · a5500 = m0 · 1
2 . Logo, a5500 = 1
2 e, portanto,
a =
1
2
1
5500 . Assim, a massa de material radioativo que resta ap´os
10000 anos ´e
m(10000) = m0 · a10000 = m0 ·
1
2
10000
5500
= m0 · 0,284.
150 Temas e Problemas
Logo, restam 28,4% do material radioativo original.
5. A massa no instante t ´e m(t) = m0 · at. Como m(1) = 0,8m0,
temos m0 · a1 = 0,8m0 e, portanto, a = 0,8. A meia-vida ´e o tempo
em que a massa se reduz `a metade. ´E obtida, portanto, resolvendo
a equac¸ ˜ao m0 · 0,8t = m0 · 1
2 , ou seja, 0,8t = 0,5. Assim,
t log 0,8 = log 0,5 e, da´ı, t = log 0;5
log 0;8 . Usando, por exemplo, logaritmos
na base 10, tem-se
t =
−0,30103
−0,09691
= 3,10628 anos.
6. Segundo a lei de resfriamento, a diferenc¸a T − 20 entre a temperatura
do corpo e a temperatura do ambiente ´e dada por uma
func¸ ˜ao do tipo exponencial. Assim, T − 20 = b · at, ou seja, T =
20 + b · at.
Adotando t = 0 como o instante em que a temperatura do corpo
foi tomada pela primeira vez e medindo o tempo em horas, temos
T(0) = 34,8 e T(1) = 34,1.
Assim, temos 20 + b · a0 = 34,8, o que nos fornece b = 14,8. Em
seguida, 20 + 14,8 · a1 = 34,1, de onde tiramos a = 14;1
14;8 . Portanto,
temos T = 20 + 14,8 ·
14;1
14;8
t.
Para encontrar o instante da morte, devemos determinar t
de modo que T = 36,5. Ou seja, devemos resolver 36,5 = 20 +
14,8
14;1
14;8
t. Temos
16,5 = 14,8 ×
14,1
14,8
t
16,5
14,8
=
14,1
14,8
t
log 16,5 = t log 14,1
14,8
Empregando logaritmos na base e, temos 0,10873 = −0,04845t, de
onde obtemos t = −2,24.
O sinal negativo indica que o instante em que a temperatura
do corpo era de 36,5◦ ´e anterior ao momento da primeira medic¸ ˜ao.
Soluc¸ ˜oes do Cap´ıtulo 3 151
Assim, a morte ocorreu aproximadamente 2,24 horas, ou seja, 2
horas e 14 minutos antes das 23:30. Isto ´e, o hor´ario estimado
para a morte ´e 21:16.
7. ´E necess´ario, antes de mais nada, interpretar corretamente
as informac¸ ˜oes fornecidas. A taxa de 10% ao mˆes n˜ao implica em
que, ao longo de um mˆes, 10% da ´agua se evapore. O valor dado se
refere `a taxa instantˆanea de evaporac¸ ˜ao. Ou seja, se a ´agua continuasse
a se evaporar a uma taxa constante e igual `a do instante
inicial, 10% da ´agua se evaporaria em um mˆes. No entanto, a taxa
de evaporac¸ ˜ao ´e proporcional `a quantidade de ´agua existente e ´e,
portanto, decrescente ao longo do tempo.
Como a taxa de evaporac¸ ˜ao ´e proporcional `a quantidade de
´agua no reservat´orio, esta ´e dada por uma func¸ ˜ao do tipo exponencial.
´E
conveniente expressar esta func¸ ˜ao na forma q(t) = q0 · ekt,
onde q0 ´e a quantidade inicial de ´agua no reservat´orio e k ´e a
constante de proporcionalidade entre a taxa de evaporac¸ ˜ao e a
quantidade de ´agua. O dado do problema ´e que esta constante
de proporcionalidade (logo o valor de k) ´e igual a 10% = 0,1 (com
o tempo medido em meses). A lei de variac¸ ˜ao da quantidade de
´agua ´e, assim, q(t) = q0 · e-0;1t.
Para achar o tempo necess´ario para que a ´agua se reduza `a 1/3
de sua quantidade inicial, devemos resolver a equac¸ ˜ao
q0 · e-0;1t = q0 · 1
3
.
Temos −0,1t = loge
1
3 = −1,09861. Logo, t = 10,9861, o que indica
que a quantidade de ´agua se reduz a 1/3 de seu valor em aproximadamente
11 meses.
8. No problema 4, estabelecemos que a massa de C14 ao longo
do tempo ´e dada por m(t) = m0 ·
1
2
t
5500 . Se a radioatividade da
amostra hoje ´e 0,45 da observada em uma amostra viva do mesmo
material, temos que o tempo t decorrido entre a ´epoca em que o
material estava vivo e os dias de hoje satisfaz
m0 ·
1
2
t
5500
= m0 · 0,145.
152 Temas e Problemas
Logo,
1
2
t
5500 = 0,145, ou seja, t
5500 log 1
2 = log 0,145.
Utilizando logaritmos na base e:
t
5500
· (−0,69315) = −1,93102
Portanto, t ≈ 15322. Logo, as pinturas foram feitas aproximadamente
15000 anos atr´as.
9. A lei de variac¸ ˜ao da quantidade de droga pode ser expressa na
forma q(t) = q0 · e-kt, onde q0 ´e a quantidade inicial da droga (20
mg) e k ´e a raz˜ao entre a taxa de eliminac¸ ˜ao e a quantidade de
droga. Neste caso,
k =
5 mg/hora
20 mg = 0,25 hora
(note a unidade apropriada para k). Assim q(t) = 20 · e-0;25t.
Para calcular a meia-vida t, resolvemos a equac¸˜ao
20 · e-0;25t = 20 · 1
2
Temos:
e-0;25t = 0,5
−0,25t = loge 0,5
t =
loge 0,5
loge 0,25
= 2,772 ≈ 2 horas e 46 minutos.
10. Empregar uma escala logar´ıtmica para o eixo Y equivale a
representar, para cada valor de x, o par (x, log10 f(x)) no plano
cartesiano. Logo, o gr´afico ser´a uma reta se e somente se os pontos
(x, log10 f(x)) est ˜ao sobre uma reta. Isto ocorre se e s´o se existem
constantes a e b tais que log10 f(x) = ax + b, ou seja,
f(x) = 10ax+b = 10b · (10a)x = B · Ax,
onde B = 10b e A = 10a.
Soluc¸ ˜oes do Cap´ıtulo 3 153
Na parte b), temos log1 0y = ax + b, onde os valores de a e b
podem ser encontrados com o aux´ılio de dois pontos do gr´afico.
Para x = 0, temos y = 10 e, para x = 4, temos y = 1000. Logo
log10 10 = 1 = a · 0 + b
log10 1000 = 3 = a · 4 + b
Resolvendo o sistema, encontramos b = 1 e a = 1
2 . Logo, log10 y =
1
2x + 1, ou seja, y = 10
1
2
x+1 = 10 ·
√
10
x
.
11. Na soluc¸ ˜ao do problema 1, vimos que, ao discretizar o fenˆomeno
segundo intervalos de durac¸ ˜ao Δt, obtemos:
c(t + Δt) − c(t) = c(t) · −vΔt
V + vΔt
.
Logo,
c(t + Δt) − c(t)
Δt
= −c(t) · v
V + vΔt
.
Portanto, a taxa instantˆanea de variac¸ ˜ao obtida tomando o limite
quando Δt → 0 da express˜ao acima ´e igual a −c(t) · v
V.
J´a no problema 6, vimos que a taxa de variac¸ ˜ao da quantidade
de cloro no instante inicial ´e igual a -105 g/hora. Logo, −v
Vc(0) =
−105. Como V = 100 m3 e c(0) = 1000 g, temos − v
100
· 1000 = −105
e, portanto, v = 100×105
1000 = 10,5 m3/hora.
12. a) No instante 0, ´e ingerida uma quantidade q. Imediatamente
antes do instante h, a quantidade se reduz a q/2. E´ , enta˜o, ingerida
uma nova quantidade igual a q, elevando a quantidade de
droga para q
2 + q = 3q
2 . Ao longo do pr´oximo per´ıodo de durac¸ ˜ao h,
a quantidade de droga decai segundo a lei q(t) = 3q
2
·
1
2
t
h , onde t
´e o tempo decorrido a partir do instante h. Logo, a quantidade de
droga existente no instante 3h
2 = h + h
2 ´e 3q
2
·
1
2
h=2
h = 3q
2
(2).
b) Basta analisar o que ocorre imediatamente depois da ingest
˜ao de cada dose da droga. Entre estes instantes a quantidade
de droga decai `a metade de seu valor segundo uma func¸ ˜ao do tipo
exponencial.
154 Temas e Problemas
Seja q(n) a quantidade de droga imediatamente ap´os o instante
nh. Temos q(0) = q e q(n + 1) = q(n) · 1
2 + q, para todo q
(observe que, entre os instantes nh e (n + 1)h a quantidade de
droga se reduz `a metade, mas ´e acrescida de uma nova dose igual
a q).
Assim:
q(1) = q · 1
2
+ q
q(2) =
q · 1
2
· 1
2
+ q = q · 1
4
+ q · 1
2
+ q
etc.
´E
simples provar, por induc¸ ˜ao, que
q(n) = q
1
2n
+
1
2n-1
+ · · · + 1
= q·
1 −
1
2
n+1
1 − 1
2
= 2q
1 −
1
2
n+1
.
O valor limite, quando n → ∞, da quantidade q(n) de droga
no organismo logo ap´os sua injec¸ ˜ao ´e, portanto igual a 2q.
O gr´afico da Figura 56 mostra o comportamento da quantidade
de droga ao longo do tempo.
q
2q
h 2h 3h 4h 5h
Figura 56
...