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Marcelo Rubens Paiva: Vida E Obras

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Por:   •  24/8/2014  •  3.102 Palavras (13 Páginas)  •  508 Visualizações

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Resumo

Marcelo Rubens Paiva nasceu no dia 1 de maio de 1959 em São Paulo. Com 11 anos, em 20 de janeiro de 1971, viu seu pai sendo cassado no Rio de Janeiro. O deputado Rubens Beirodt Paiva, foi arrancado de casa por militares ligados aos serviços de repressão política e levado ao DOI-CODI do Rio. Foi à última vez que ele, a mãe e suas quatro irmãs o viram. Recentemente a Comissão Nacional da Verdade encontrou documentos que comprovam a morte do deputado na Ditadura Militar após forte tortura. Em 1974 veio voltar a morar em São Paulo, estudando na escola Santa Cruz. Com 20 anos, ele estudava Engenharia Agrícola na Universidade Estadual de Campinas, Marcelo pulou num lago onde sofreu um grande acidente comprometendo a quinta cervical, tornando-se tetraplégico. Após fisioterapias e terapia ocupacional, ele voltou a mexer braços e as mãos. Publicou uma Auto Biografia “Feliz Ano Velho” em 1982 sendo o livro nacional mais vendido na década de 80. Depois desse veio também Blecaute (1986), Ua: Brari – Do Outro Lado do Mundo (1990), Bala na Agulha (1992), As Fêmeas (entre 1991 e 1994), Não És Tu, Brasil (1996), Malu de Bicicleta (2004), O Homem Que Conhecia as Mulheres (2006), A Segunda Vez Que Te Conheci (2008). Na dramaturgia escreveu: 525 linhas (1989); O Predador Entra Na Sala (1997); Da Boca Pra Fora se tornou E Aí, Comeu? (1999); Mais-que-imperfeito (2000); Closet Show (2001); e No Retrovisor (2002). Teve um programa de entrevistas na TV Cultura em 1990 chamado Fanzine. Marcelo concluiu seu estudo na Escola de Comunicações e Artes da USP, frequentou o mestrado de Teoria Literária da Unicamp e o King Fellow Program da Universidade de Stanford, na Califórnia. Ele é escritor, dramaturgo e jornalista. Foi casado uma vez no papel com 30 anos durante 9 anos. Atualmente é casado com outra mulher há 3 anos, é colunista no jornal O Estado de S. Paulo e sua mãe enfrenta o Mal de Alzheimer em estado avançado.

Palavras- chave: Vida. Acidente. Obras. Marcelo Rubens Paiva.

1 Introdução

Este trabalho é sobre o escritor, dramaturgo e jornalista Marcelo Rubens Paiva, filho da advogada Eunice Paiva e o deputado Rubens Paiva que foi cassado durante a Ditadura Militar no ano de 1971. Ele nasceu em 1 de maio de 1959 em São Paulo. Morou no Rio de Janeiro até 1974. Estudou no tradicional Colégio Santa Cruz. Já com 20 anos ele teve que interromper seus estudos na Universidade Estadual de Campinas por ter sofrido um acidente ao pular de uma pedra para um lago que o deixou em uma cadeira de rodas. Depois ele escreveu sua autobiografia que virou Best Seller nacional um ano depois de publicado.

Marcelo cursou a Escola de Comunicações e Artes da USP, frequentou o mestrado de Teoria Literária da Unicamp e o King Fellow Program da Universidade de Stanford, na Califórnia. Escreveu romances também: Blecaute (1986), Ua: Brari – Do Outro Lado do Mundo (1990), Bala na Agulha (1992), As Fêmeas (entre 1991 e 1994), Não És Tu, Brasil (1996), Malu de Bicicleta (2004), O Homem Que Conhecia as Mulheres (2006), A Segunda Vez Que Te Conheci (2008). Seu talento foi para a dramaturgia, escrevendo peças de teatro como 525 linhas (1989); O Predador Entra Na Sala (1997); Da Boca Pra Fora que virou, E Aí, Comeu? (1999); Mais-que-imperfeito (2000); Closet Show (2001); e No Retrovisor (2002).

Além de escrever romances e peças teatrais ele teve seu programa o Fanazine na TV Cultura em 1990 e agora é colunista no Estado de S. Paulo esta em seu segundo casamento.

2 Marcelo Rubens Paiva: Vida e obras

Nascido em 1 de maio de 1959, na cidade de São Paulo, Marcelo é neto de latifundiários e de comerciante italiano. Seus pais são engenheiro e advogada. Tem quatro irmãs mais velhas. Ele teve uma infância boa, embora tenha nascido em São Paulo ele morou no Rio de Janeiro. “O único calo que tenho em minhas mãos é de tocar violão. Não tenho marcas de estilete nem de balas pelo corpo, apenas arranhões devido a uma infância debaixo das traves. Sempre joguei no gol.” (PAIVA, 1982).

Marcelo se dizia burguês e não príncipe, pois na escola enquanto os colegas usavam All Star e ele estava com um Bamba. O deputado Rubens Paiva, seu pai, com medo de ele crescer afeminado no meio de quatro irmãs, o colocou em uma escola publica desde muito cedo. Quando se mudaram para o Rio ele foi matriculado em uma escola de burgueses, como dizia Marcelo.

“O Tietê enche, mas não molha minha casa; o temporal cai, mas não atola minha rua. Nunca tive que trabalhar. Meu berço não era de ouro, mas era um berço.” (PAIVA, 1982).

A família Paiva também tinha uma fazenda a dois quilômetros de Eldorado, interior de São Paulo. Nela, Marcelo passava todas as suas férias da infância e adolescência junto com tios e primos. Seu avô inverteu a igreja, alongou a praça, construiu a escola, o asilo, o chafariz e dava dinheiro para a formatura das três escolas de Eldorado. Seu pai construiu a ponte que cruza o rio Ribeira em Eldorado. Quando Carlos Lamarca passou por lá, a fazenda de sua família foi cercada pela Aeronáutica procurando alguma ligação entre sua família e os guerrilheiros.

Entre onze e doze anos Paiva teve seu primeiro contato com a morte: morreu seu pai, seu tio, uma prima, um tio, outro tio e seus dois avôs.

Seu pai, Rubens Paiva, no começo dos anos 70, já não tinha muito que fazer politicamente, já que a maioria de seus amigos estava exilados pela Ditadura Militar. “Meu pai me ensinou a andar a cavalo. Meu pai me ensinou a nadar. Me incentivou a ser moleque de rua. Me ensinou a guiar avião” (PAIVA, 1982).

A Ditadura Militar foi um sistema de governo autoritário comandado pelos militares, que aconteceu de 1964 até 1985. A Ditadura teve inicio com o Golpe de 1964, quando as Forças Armadas do Brasil dominaram o presidente João Goulart e terminou a partir do momento que José Sarney assumiu a presidência. Nesse período prevaleceu a falta de democratização, eliminação de direitos constitucionais, censura e repressão para quem era contra ao Regime Militar além da perseguição política.

No dia 20 de janeiro de 1971 era feriado no Rio de Janeiro, e em um domingo, como de costume a família Paiva estava se preparando para ir à praia do Leblon, quando a casa foi invadida por seis militares armados com metralhadoras. As empregadas e as quatros irmãs dele estavam na mira dos militares e um deles deu ordem que o deputado teria que prestar depoimento na Aeronáutica. No dia seguinte, eles levaram também a sua mãe e sua irmã de 15 anos.

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