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Marchas Patologicas

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Por:   •  14/5/2013  •  1.325 Palavras (6 Páginas)  •  884 Visualizações

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Doença de Alzheimer

O Mal de Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das funções intelectuais, reduzindo as capacidades de trabalho e social e interferindo no comportamento e na personalidade. De início, o paciente começa a perder sua memória mais recente. Pode até lembrar com precisão acontecimentos de anos atrás e esquecer que acabou de realizar uma refeição. Com a evolução do quadro, a doença causa grande impacto no cotidiano do paciente e afeta a capacidade de aprendizado, de atenção, de orientação, de compreensão e de linguagem. A pessoa fica cada vez mais dependente da ajuda dos outros, até mesmo para rotinas básicas, como a higiene pessoal e a alimentação.

Enquanto na linguagem popular a palavra demência tem a conotação de loucura, em medicina é usada com o significado de declínio adquirido, persistente, em múltiplos domínios das funções cognitivas e não cognitivas. O declínio das funções cognitivas é caracterizado pela dificuldade progressiva em reter memórias recentes, adquirir novos conhecimentos, fazer cálculos numéricos e julgamentos de valor, manter-se alerta, expressar-se na linguagem adequada, manter a motivação e outras capacidades superiores. Perder funções não cognitivas significa apresentar distúrbios de comportamento que vão da apatia ao isolamento e à agressividade. Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. A causa da doença é desconhecida.

A doença de Alzheimer caracteriza-se pela atrofia do córtex cerebral. O processo geralmente é difuso, mas pode ser mais grave nos lobos frontal, parietal e temporal. O grau de atrofia varia. O envelhecimento normal do cérebro também se acompanha de atrofia, há uma superposição no grau de atrofia do cérebro de pacientes idosos com Alzheimer e pessoas da mesma idade afetadas pela doença. Ao exame microscópio, há perda tanto de neurônio como de neurópilo no córtex e, ocasionalmente, se observa uma desmielinização secundária na substância branca subcortical. Com o uso da morfometria quantitativa, a maior perda é a de grandes neurônios corticais .

Os achados mais característicos são placas senis e emaranhadas neurofibrilares argentofílicos. A placa senil é encontrada em todo o córtex e hipocampo e o número de placas por campo microscópio correlaciona-se com o grau de perda intelectual. Emaranhados neurofibrilares são estruturas fibrilares intracitoplasmáticas neuronais.

A degeneração e a perda neuronal são gerais, embora especialmente acentuadas nas células piramidais do hipocampo e células piramidais grandes no córtex associativo. A degeneração aparece cedo no núcleo basal de Meynert e mais tarde nos lócus coeruleos. A patologia inclui a presença de desarranjos neurofibrilares, placas neuríticas e degeneração granulovacuolar. Os desarranjos são massas intraneurofibrilares de filamentos citoplásticos.

Fatores de risco

 Idade

Embora existam casos esporádicos em pessoas de 50 anos e a prevalência na faixa etária de 60 a 65 anos esteja abaixo de 1%, a partir dos 65 anos ela praticamente duplica a cada cinco anos. Depois dos 85 anos de idade, atinge 30 a 40% da população.

 História familiar

O risco é mais alto em pessoas que têm história familiar de Alzheimer ou outras demências. Estudo conduzido na Suécia entre 65 pares de irmãos gêmeos mostrou que quando um deles apresentava Alzheimer, o irmão gêmeo idêntico era atingido pela doença em 67% dos casos; o gêmeo diferente, em 22%.

 Síndrome de Down

Em portadores da síndrome de Down a doença surge com frequência mais alta e as alterações neuropatológicas se instalam mais precocemente.

 Apolipoproteína E

Além de outras funções, o colesterol é necessário para a integridade da bainha de mielina que envolve as raízes nervosas. A apolipoproteína é uma proteína presente na circulação, importante no transporte de colesterol no sistema nervoso central. Indivíduos em que essa proteína possui determinadas características genéticas têm probabilidade mais alta de desenvolver Alzheimer.

 Sexo

Parece haver pequeno predomínio da doença entre as mulheres. Para quem chegou aos 65 anos, o risco futuro de surgir Alzheimer é de 12% a 19% no sexo feminino; e de 6% a 10% nos homens.

 Trauma craniano

Boxeadores e pessoas que sofreram traumas cranianos parecem mais sujeitos à enfermidade, embora nem todos os estudos comprovem essa relação.

Fatores protetores

 Escolaridade

A aquisição de conhecimentos cria novas conexões entre os neurônios (sinapses) e aumenta a reserva intelectual, fatores que retardam o aparecimento das manifestações de demência. O analfabetismo e a baixa escolaridade estão associados à maior prevalência.

 Atividade física

Vários estudos sugerem que a atividade física tenha efeito protetor.

 Quadro anátomo-patológico

Os doentes apresentam cérebros atrofiados de forma difusa, mas não uniforme; as áreas mais atrofiadas são principalmente as que coordenam atividades intelectuais.

Quadro clínico

A doença se instala de forma insidiosa, com queixas

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