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Memorial De Formação

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Por:   •  10/10/2013  •  2.124 Palavras (9 Páginas)  •  380 Visualizações

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APRESENTAÇÃO

Nossa!!! De repente, um misto de prazer e medo invade o meu ser, tomando conta de mim. Estou começando a escrever o meu memorial. Mas na verdade o que é isso? Memorial... Uma palavra tão conhecida por mim, mas que nesse momento, peço auxílio ao dicionário, para que daí então possa iniciá-lo. Então vamos lá. Memorial (do latim memoriale) é a escrita de memórias e significa momento ou escrito que relata acontecimentos memoráveis.

De posse do significado dessa palavra, e ao mesmo tempo tomando-a como norte, posso finalmente iniciar o tal memorial.

O memorial que ora será escrito, caracteriza-se como uma auto-avaliação, momento relatar minhas aprendizagens, meus medos, desafios, dúvidas, acertos, erros... Enfim, toda a trajetória de minha existência até aqui e principalmente levando em conta as relações estabelecidas durante o período de realização do curso de graduação em Letras com Inglês, considerando os trabalhos executados, apresentados e expostos que possibilitará a renovação da minha caminhada profissional, a qual apresenta uma formação profissional construída ao longo de minha vivência na área da educação, em sala de aula como docente do ensino fundamental e ensino médio, até o meu ingresso em uma instituição de nível superior.

DESENVOLVIMENTO

Acredito que falar da minha caminhada de formação acadêmica sem fazer uma abordagem do início da minha vida escolar, fará com que meu trabalho fique completamente descontextualizado, pois tenha plena convicção que tudo começou quando adentrei pela primeira vez uma escola.

Lembro-me com alegria da minha infância, acredito ter sido o melhor período da minha vida, pelo menos até agora, pois quem sabe outros virão. Infância em São Gonçalo dos Campos, cidade onde nasci e que amo de coração.

Aos quatro anos, quando pela primeira vez fui matriculada em uma escola, senti imenso prazer em ter contato com as palavras, os números, os coleguinhas, isso tudo me seduzia muito. Mas, tinha algo estranho comigo, ou simplesmente parecia ter. Estranho começar falando de sentir prazer em está nesse ambiente. Contudo, eu não gostava de ficar na escola. Realmente foi um grande problema para a minha mãe, que todos os dias me levava e tinha que trazer-me de volta, pois se ela me deixasse lá, eu fugia e como morava perto da mesma, logo estava em casa de volta.

Passei muitos dias sem freqüentar a escola, isso porque minha mãe era costureira e não tinha condições de ficar comigo lá, precisava voltar para casa para dá conta do trabalho. Sem falar que eu não sou filha única. Além de ela exercer uma atividade profissional, ainda era dona de casa e tinha mais outros cinco filhos para cuidar e um marido extremamente exigente.

Até hoje, mesmo depois de tantos anos, minha mãe lembra essa tal história de não gostar de ficar na escola, que se estendeu até a primeira série do ensino fundamental, quando fui estudar em outra escola e também não queria ficar por lá. Segunda ela, quando lhe faltava paciência comigo, me dava uns bons tapas, mas de nada adiantava, pois eu chorava e dizia que podia me matar, mas eu não ficava na escola. No entanto, tudo isso me faz um bem enorme. Pois tenho certeza que se não tivesse uma mãe tão atenciosa e dedicada não estaria aqui escrevendo este memorial.

Ainda bem, que ao chegar à primeira série, tive a oportunidade de conhecer a pró Elisa, que com seu jeito amigo e carinhoso, conseguiu me seduzir, para que eu permanecesse na escola e sentisse prazer em está ali, em contato com tantas outras crianças, que como eu precisava aprender, para terem um futuro de sucesso.

Sempre tive imenso gosto pela língua portuguesa. Leitora nata, amante das histórias em quadrinhos de Maurício de Sousa, os famosos “gibis”, o meu processo de aprendizado de leitura, não aconteceu na escola, na fase da alfabetização, como é comum, na maioria das crianças. Aprendi ler aos cinco anos, com meu irmão mais velho, Luciano. Nessa época, já escrevia muitas palavras que também foram ensinadas por ele. Lembro-me bem, que quando ele foi trabalhar em Salvador, o primeiro presente que me deu, foi um dicionário infantil ilustrado. Fiquei apaixonada. Era uma obra muito bonita e interessante para uma criança. Obrigada meu irmão, parte do meu sucesso agradeço a você.

Minha vida na escola foi simples, sem grandes emoções, mas com muito aprendizado. Tive muitas colegas, conheci alguns amigos, que até hoje fazem parte do meu rol de amizades. Mas foi quando fiz a quarta-série do ensino fundamental, que de verdade tomei amor pela escola e tudo que lá aprendi. Nessa etapa, tive uma professora por nome Tereza Neuma, que era uma mãezona. Amiga, companheira, solidária, uma pró de mão cheia, Até hoje ela é minha amiga. Tê (eu assim a chamo carinhosamente), eu amo você. Meu sincero agradecimento, por ter me ensinado tantas coisas maravilhosas e ser minha amiga.

Concluído o ensino fundamental I, é chegado o momento de grandes mudanças, o ingresso no ensino fundamental II, quando tudo fica muito diferente. O professor único para todas as disciplinas é substituído por vários, um para cada matéria, e tem horário, tantas matérias diferentes, tem até inglês. Misericórdia, como conviver com tantas diferenças. No início, fiquei amedrontada, perdida em meio a tão bruscas mudanças. Eu uma garotinha de apenas dez aninhos, no meio de tudo isso. Mas, como tudo na vida passa, o medo e a ansiedade passaram, é quando surgem então as novas amizades, as brincadeiras, o entrosamento com os novos professores, a amizade de muitos, a repreensão e a severidade de outros, o excesso de atenção por outros, foi nesse tempo, que conheci o meu ídolo, o mais querido, o mais amado, o mais especial de todos eles, o inesquecível professor Luís, que foi meu mestre durante o ensino fundamental II, e na minha primeira formação, que foi o extinto magistério, também ele foi fonte de inspiração para a escolha do curso de letras.

Decorridos alguns anos, em meio há vitórias, derrotas, ganhos e também grandes perdas, como a morte de duas pessoas extremamente especiais em minha vida, o meu irmão Rominho e o meu sobrinho Caio. O segundo bem no início da minha caminhada acadêmica. Todavia, mesmo diante de tanta dor, não foram empecilhos, para que eu abortasse o meu tão sonhado objetivo, de me graduar em Língua Portuguesa

Perdida em meio a tantas recordações, umas maravilhosas, outras muito doloridas, posso dizer que valeu a pena chegar até aqui, que tudo que aconteceu comigo, foram ensinamentos de grande

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