Mercado De Trabalho

Introdução

No texto a seguir, serão abordadas questões sobre o Mercado de Trabalho no Brasil. A partir de algumas pesquisas vamos analisar a situação do mercado, sua evolução ao longo do tempo, o nível de ocupação e formalização, o emprego e desemprego, as diferenças de gênero, o trabalho infantil e escravo. Abordaremos também, questões sobre as condições de trabalho e acidente de trabalho, enfim, veremos como o Brasil está contextualizado no mercado de trabalho mundial.

Evolução do Mercado ao longo do tempo

As transformações econômicas radicais foram oriundas de três grandes ondas de inovação. A primeira foi a partir da segunda metade do século XVlll, com o surgimento do carvão mineral, ferro derretido, energia a vapor e da mecanização das indústrias têxteis e vestuários. Houve saltos quantitativos e qualitativos na capacidade de produção.

Diante do elevado avanço tecnológico, a produção ganhou um importante impulso. Ao mesmo tempo, a divisão de trabalho sofreu uma grande transformação, tanto na estrutura ocupacional quanto no conteúdo dos novos postos de trabalho.

Entre 1870 e1910, houve uma radical modificação na divisão de trabalho o que coincidiu com a segunda revolução tecnológica, o capitalismo conseguiu garantir um novo cilclo de acumulação, a simplificação de tarefas e o esvaziamento do trabalho, imprimiram alterações substanciais na organização, na diferenciação das ocupações e na desqualificação da mão-de-obra, abrindo a possibilidade para o emprego de trabalhos menos qualificados.

Foram adotados novos modelos de produção, baseados na produção enxuta, associada à difusão das novas tecnologias, nos processos produtivos, propiciou, por um lado, o aumento da produtividade no trabalho e por outro, uma interna substituição do trabalho vivo por trabalho acumulado nos sistemas e equipamentos. Ocasionou um forte deslocamento setorial dos postos de trabalho e do emprego, resultando no desaparecimento de postos de trabalho na indústria, ao mesmo tempo, criou novas oportunidades ocupacionais, principalmente no setor terciário.

As relações de trabalho, há pouco tempo, eram feitas através de contrato formais entre patrões e empregados, um dava ordem e o outro obedecia, os sindicatos defendiam os interesses de seus associados. Quanto mais tempo o trabalhador trabalhasse na mesma empresa, maiores eram as oportunidades de fazer carreira e menor a possibilidade de ser demitido. O perfil do trabalhador era constituído por indivíduos do sexo masculino, de baixa escolaridade, que trabalhavam em indústria, diretamente nas linhas de produção.

A situação hoje é bem diferente, o trabalhador da indústria está mais escolarizado, compete com as mulheres pelas vagas no mercado de trabalho, não tem garantia de emprego, estão continuamente submetidos a pressões para aumentar a produtividade, corre mais risco de ser demitido e tem mais contato com a gerência, podendo negociar seus rendimentos em função do valor que agrega à produção.

Vimos portanto, que foram vários os fatores que contribuíram para a construção desta nova realidade no mercado de trabalho. Entre essas mudanças, está a globalização econômica e a disseminação das inovações tecnológicas e organizacionais, as transformações no papel dos estados, disseminação do individualismo como valor nas sociedades contemporâneas e a participação feminina no mercado de trabalho.

Situação do mercado, níveis de emprego e desemprego

Pesquisa mensal de emprego, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no mês de março de 2013, realizada nas regiões Metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Segundo a pesquisa a taxa de desocupação foi estimada em 5,7%, em comparação a março de 2012 que foi de 6,2% a taxa teve uma redução de 0,5 ponto percentual. A população desocupada (1,4 milhão de pessoas) ficou estável em relação a fevereiro de 2013 e decresceram 8,5% (127 mil pessoas) em relação a março de 2012.

A população ocupada (23, milhões de pessoas) ficou estável em fevereiro, enquanto, no confronto com março de 2012 teve um aumento 1,2% o que representou uma elevação de 276 mil ocupadas no intervalo de um ano.

O numero de carteira assinada no setor privado (11,4 milhões), na comparação anual teve um aumento de 2,8% o que representou um adicional de 309 mil postos de trabalho com carteira assinado em um ano. O rendimento médio real dos ocupados foi de R$1.855,40, em comparação a março de 2012 foi de R$ 1.844,93, em relação a fevereiro foi considerada estável, em comparação com março de 2012, o rendimento cresceu 0,65. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (42,6 bilhões) estimada em fevereiro 2013 variou -0,5% no mês e 2,7 no período de um ano.

Tabela de Variações do Período

Indicador/período Março de 2013 Fevereiro de 2013 Março de 2012

Taxa de desocupação 5,7% 5,6% 6,2%

Rendimento real R$ 1.855,40 R$1.859,72 R$1.844,93

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/

A publicação pode ser observada: banco de dados no link acima /Acesso: Abril 2013

Segunda algumas reportagens feitas pela “Sala de Empregos”, do dia 22 de abril, os cargos em que mais falta profissionais são: técnicos, trabalhadores de ofício manual, engenheiros, motoristas, operadores de produção, contadores e profissionais de finanças, representantes de vendas, profissionais de TI, operários e mecânicos.

E as dez profissões mais promissoras do mercado de trabalho, hoje, são:

1. Engenheiro de Petróleo

2. Engenheiro de Mobilidade

3. Engenheiro Ambiental e Sanitário

4. Médico de Trabalho

5. Gerente de Recursos Humanos

6. Controller

7. Advogados de contratos

8. Gerente Comercial/Vendas

9. Biotecnologistas

10. Técnico em Sistemas de Informação

As empresas de Telemarketing estão cada vez mais contratando pessoas com mais de 60 anos, por acreditar