Micro E Macro
Trabalho Escolar: Micro E Macro. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: leandra1 • 4/12/2014 • 3.175 Palavras (13 Páginas) • 518 Visualizações
1) Diferencie crescimento econômico de desenvolvimento econômico?
Crescimento econômico está ligado a indicadores monetários como inflação, crescimento do PIB, crescimento da produção industrial. Por outro lado o desenvolvimento econômico relaciona-se com os indicadores sociais como crescimento/diminuição da pobreza, aumento/queda da renda do trabalhador, distribuição de renda. Se um país apresenta aumento do número de oferta de emprego mas redução do poder aquisitivo do trabalhador pode-se dizer que este país teve crescimento econômico que não foi acompanhado por desenvolvimento econômico
2) Conceitue globalização produtiva e globalização financeira?
Segundo Gonçalves (1998), a globalização produtiva é caracterizada por três processos distintos: o crescimento da internacionalização da produção; o aumento da concorrência em escala internacional; a intensificação da interligação entre as estruturas de produção nacional. A globalização produtiva para um país é percebida pelo investimento externo direto e contratos, enquanto que a movimentação da balança comercial (exportações e importações) é a participação do país no comércio internacional. Trata-se do investimento das empresas multinacionais no Brasil. Quanto aos contratos são de transferência de conhecimento técnico, marcas, patentes, franquias e acordos estratégicos. Na década de 80 houve um aumento considerável de investimentos diretos de empresas multinacionais e dos contratos entre os países do mundo. Salienta-se que o movimento é cíclico, por isso é importante analisar a comparação com a renda mundial, como afirma Gonçalves (1998, p. 154) na seguinte citação:
Por outro lado, na medida em que o investimento externo direto, as operações das empresas transnacionais e as relações contratuais em escala mundial aumentaram mais do que o total da renda mundial, pode-se argumentar em termos da maior integração entre as economias nacionais. Por exemplo, no período mais recente (1991-94), a renda mundial cresceu a uma taxa média anual de 4,3%, enquanto o fluxo de investimento externo direto cresceu 12,7% e o pagamento de royalties e taxas (usado como Proxy para as relações contratuais) cresceu 10,1%.
A concorrência entre os países no mercado global é mais difícil de mensuração. Analisar a competitividade e o uso da tecnologia pode apresentar algumas informações do nível de disputa entre os países no mercado mundial. Vale salientar, que não se apresenta a questão no momento, sim, assunto amplo para outro artigo. Ao fazer uma reflexão da argumentação teórica do autor e pensar na realidade do Brasil, verifica-se que a indústria automobilística, o setor mais dinâmico da indústria de bens duráveis na economia brasileira é 100% dominado pelo capital estrangeiro, empresas multinacionais americanas, francesas, alemães, japonesas e recentemente chinesas. O poder de decisão das empresas multinacionais está no país de origem na empresa mãe.
Outro aspecto fundamental da globalização da economia é a financeirização,
sejam os intensos fluxos de capitais nos mercados financeiros, em bolsas de valores, fundos de investimentos, derivativos etc. Estimam-se aproximadamente cinqüenta trilhões de dólares circulando no mundo sem a regulação de um agente financeiro internacional. Em 1997, a crise na bolsa de
valores na Ásia (bolsa de Hong Kong) trouxe um impacto rápido e negativo na
Bovespa, no Brasil. O governo Fernando Henrique Cardoso elevou a taxa de juros para 40%, passou a ser a maior do mundo, com o objetivo de manter o capital externo especulativo no país, pois era completamente dependente deste capital para rolagem da dívida pública.
Segundo Gonçalves (1998), a globalização financeira é caracterizada a partir de três processos distintos: o aumento dos fluxos de recursos financeiros entre os países do mundo; o aprofundamento da disputa nos mercados de capitais no mundo e uma maior relação entre os sistemas financeiros dos países. O crescimento nos fluxos de recursos financeiros na economia mundial por meio de empréstimos e investimentos de portfólio no período de dez anos (entre 1987 e 1996). Houve um aumento considerável nos fluxos financeiros, de US$
395 bilhões (1987) para US$ 1.597 bilhões (1996), uma taxa anual de crescimento de 17%.
Este índice sofre um reflexo imediato, quando diminui os índices nas principais bolsas de valores do mundo (bolsa de Nasdaq – EUA; bolsa de Frankfurt – Alemanha; bolsa de Londres – Inglaterra; bolsa de Paris; bolsa de Madrid - Espanha; bolsa de Tóquio – Japão; bolsa de Shangai – China). Informações do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Produto Interno Bruto (PIB), da taxa de desemprego e das vendas no comércio os EUA representam mudanças bruscas na Bovespa, por exemplo, se a perspectiva dos investidores de ações é positiva sobre a economia, o índice tende a subir. Se a previsão é negativa, baseada na divulgação de índices da economia dos EUA ou da economia brasileira, o resultado é uma queda brusca no índice, como ocorreu em diferentes momentos, um crescimento do Ibovespa de 10% em um dia e uma queda na mesma proporção no outro dia, consequentemente uma instabilidade na economia brasileira em função da forte financeirização da economia.
Conforme Gonçalves (1998), o segundo aspecto da globalização financeira é o aprofundamento da disputa no mercado entre os países. Existe uma forte concorrência entre os bancos e as organizações não - bancárias nos negócios no mercado financeiro mundial. As empresas multinacionais realizam operações diretamente no mercado, por meio de suas organizações financeiras próprias. Verifica-se dinheiro em fundos de pensão, seguros e fundos mútuos.
O terceiro processo da globalização financeira apresentado por Gonçalves é a demonstração da relevância da interligação dos sistemas financeiros nacionais no mercado financeiro global, como afirma na seguinte citação:
Nesse sentido, um indicador importante é o diferencial entre as taxas de crescimento das transações financeiras internacionais e nacionais. Assim, por exemplo, nos cinco primeiros anos da década de 90 o estoque de bônus emitidos nos mercados de capitais dos países desenvolvidos cresceu a uma taxa média anual de 9%, enquanto o estoque dos bônus emitidos no mercado internacional de capitais por esses países cresceu 12%... a participação de títulos estrangeiros na carteira dos fundos de pensão norte - americanos aumentou de 0,7% em 1980 para 10,3% em 1993 e, no caso dos fundos de pensão britânicos
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