Modelo ata
Por: Aline Vitorino • 24/11/2015 • Trabalho acadêmico • 2.672 Palavras (11 Páginas) • 1.425 Visualizações
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Universidade Federal de Sergipe
Ata do debate sobre o texto
“Comunidade e sociedade: conceito e utopia”
Aline Vitorino da Trindade
Isadora Maria Santos da Silva
Thiago Farias de Souza
Guilherme Almeida da Silva
Andrea Pedral dos Santos Ramiro
Rodrigo Soares Pinto
Aracaju, 17 de novembro de 2015
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Data, horário e objetivos
Aos vinte e nove dias do mês de outubro de dois mil e quinze, com início às 15hrs30min, realizou-se o debate sobre o texto “Comunidade e sociedade: conceito e utopia’’. Tendo como principal objetivo identificar as principais diferenças entre os conceitos abordados pelos autores citados no texto.
Os presentes
Dos alunos presentes no debate:
Aline Vitorino da Trindade
Isadora Maria Santos da Silva
Thiago Farias de Souza
Guilherme Almeida da Silva
Andrea Pedral dos Santos Ramiro
Rodrigo Soares Pinto
Relato da reunião, propriamente dita
Inicialmente a aluna Aline, afirmava que viver em sociedade significa compartilhar com outros indivíduos as informações necessárias à sua sobrevivência, a sua existência na sociedade. Isso porque os valores, as regras de conduta, os significados das coisas foram criados pelo homem ao longo do tempo e tem por finalidade atribuir sentido a sua existência e aquilo que o cerca. Aprendemos esses códigos e informações, no momento em que interagimos com outros seres humanos, na família, na rua, no trabalho, na escola. Completa;
“Weber, em sua analises, compreendia que a sociedade não estava acima dos indivíduos, mas é a (sociedade) fruto das ações sociais dos indivíduos que se relacionam de forma reciproca.
Diferente da visão de Durkheim, para qual a sociedade se impõe á vontade dos indivíduos e da concepção de Karl Marx de que a sociedade capitalista coloca em condições de desigualdade social trabalhadores explorados e capitalistas que usufruem da riqueza produzida, Weber enxerga a sociedade como uma teia de relações ou como ações sociais que ligam os indivíduos.
Já ideia de comunidade levaria a interpreta-la de forma irracional diferente da sociedade, em que pode se dizer que tem como precedente a razão. Há varias explicações sobre comunidade e sociedade na visão de diversos autores, um destes explana que a comunidade tem relação direta com a família e os valores éticos, morais, enquanto na sociedade não haveria estas características, porém são opiniões muito vulgares e que demonstram pouco sobre estes conceitos.
Aristóteles irá defender a ideia de sociedade organicista e afirma que para viver fora da sociedade o homem deve ser um deus ou um bruto, pois ninguém consegue viver fora desta, ou seja, caso ocorresse a pessoa seria considerada uma rebelde, além disso, afirma ainda que o homem é um ser naturalmente político e, portanto, não consegue viver com um bruto. Já a ideia de sociedade mecanicista, e seus defensores se baseiam em três exemplos para argumentar que a sociedade não é algo tão natural, três fenômenos; o suicídio, a mobilidade social e a imigração. Para estes, a sociedade foi criada pelo homem e não inata ao homem, além disso, a sociedade é constituída por interesses individuais. Os quais precisam ser controlados, afim de que a sociedade consiga existir. Na sociedade sempre haverá conflitos, devido sua heterogeneidade, e para solucionar estes é necessário a regulamentação e consequentemente a presença do estado.
“No século XIX, a noção de comunidade é resgatada e, como a sua antítese, passa a simbolizar a imagem de uma boa sociedade, pelo menos para os utópicos ou os resistentes ao modelo de solidariedade instaurado pela modernidade”. Essa citação é relevante, pois explana que no período do renascimento, século XIX, a ideia de comunidade torna-se novamente relevante e passa a simbolizar uma imagem de boa sociedade, ideal, perfeita, ou seja um resgate da ideia aristotélica.
Concluída a primeira fala, o aluno Thiago, completa:
“Portanto, na comunidade o indivíduo é visto em sua totalidade, enquanto na sociedade, que é análoga a uma indústria, o indivíduo é visto pela sua especificidade, pela sua função. A medida que a sociedade foi evoluindo ocorreram perdas de valores e para alguns autores essa é uma das causas de um mundo anômico e de pessoas socialmente solitárias.
Como no texto, o autor a todo o momento busca trazer raízes da comunidade para a sociedade, Tonnies vai diferenciar muito bem esse tipo de sociedade afirmando que há dois grupos sociais: um voltado para as vontades essenciais que é a tendência básica, instintiva, espontânea, irrefletida, orgânica, que impulsiona a atividade humana a partir detrás e está seria executado pelas mulheres, pobres, crianças e artesãos, esses indivíduos buscariam integrar-se através da simpatia, do “bem estar em relação a si mesmo”, esse grupo social é o que muitos chamam de comunidade.
O outro grupo seria aquele voltado para as vontades arbitrárias, essas vontades são uma forma de volição deliberada, reflexiva e finalista, capaz de determinar a atividade humana em relação ao futuro, e seriam executadas ou vividas por pessoas da alta sociedade como industriais, homens e pessoas mais velhas. Esse grupo é o que Tonnies vai chamar de Sociedade.
E como o autor busca a todo momento trazer as raízes da comunidade para sociedade, eu acredito que as junções dessas vontades seriam capazes de se criar uma única “sociedade” e não uma sociedade cheia de comunidades alternativas, porque como o Rodrigo falou: muitos não gostavam do modelo de sociedade e seguirão outro caminho dando origem as sociedades alternativas. Então se houvesse a junção dessas vontades, muito provavelmente teríamos uma sociedade que ao mesmo tempo em que distribui as relações de trabalho, valorizaria também as necessidades básicas do ser humano e evitaria problemas como os descritos no texto, por exemplo a solidão, insegurança. ’’
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