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Moenda - Tratamento De Caldo

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Por:   •  25/6/2014  •  977 Palavras (4 Páginas)  •  673 Visualizações

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Tema que pode levar a acaloradas discussões, deve ser analisado sob pontos de vista outros que não os passionais e sim os que permitam conclusões de estudos que levem em conta objetivos bem definidos: de curto, médio ou longo prazo.

Deixando de lado os folclores, no Brasil, não se justificou, até o momento, a instalação em larga escala do difusor, porque temos tido taxas de crescimento de moagem em fases que, na maioria dos casos, não indicaram o difusor como solução ideal. Falando de folclore, há muito se diz que a Dedini, onde trabalhei durante 18 anos, teria comprado da alemã BMA, o equipamento e o direito de fabricá-lo, apenas para “fazer não funcionar”.

E teria provado que não funcionava mesmo. Na verdade, aquele difusor era um difusor de bagaço (com moenda antes e depois), e esse tipo de arranjo não funciona até hoje. Na época, como não havia equipamentos bons para o preparo da cana, o recurso era usar um terno de moenda para abrir melhor as células e extrair o açúcar.

Acabou-se utilizando o difusor e mais 4 ternos, e mesmo assim a extração foi baixa, o balanço térmico não fechava, o caldo misto era muito diluído, não sobrava bagaço, etc.

Hoje, com índices de preparo bons, podemos montar o difusor ideal: Difusor de cana (sem moenda antes). Sabemos que, com o know-how disponível hoje, tanto para um, como para outro, o difusor leva vantagem sobre a moenda em termos de extração. E aí vem a pergunta: por que então, não utilizá-lo sempre?

Não falando sobre a qualidade da cana, que vamos abordar à frente, temos que avaliar o seguinte: o princípio de funcionamento do difusor leva em conta uma característica imutável, pois ele depende da aceleração da gravidade para fazer a embebição atravessar o colchão de cana no seu interior.

Com isso, sua capacidade fica limitada, pois é necessário manter uma velocidade fixa para obter uma altura de colchão única e para que os caldos de embebição despejados em 12 ou 14 pontos possam fazer circuitos precisos, onde, a cada estágio, fiquem mais ricos e possamos obter extrações de 98%.

Se admitirmos trabalhar com extrações mais baixas, podemos adotar outros critérios de operação, cujos resultados desconhecemos. Considerando a moenda, temos muitos casos concretos de instalações, nos quais a moagem quadruplicou, desde a instalação inicial, até a final.

Hoje, é possível manter extrações de 96%, com 4 ternos de moenda, e programar os arranjos de equipamentos para manter esse índice ou até melhorá-lo ao longo dos anos, através de um programa bem planejado na instalação de uma unidade de moagem nova, onde se vai aumentando a quantidade e a bitola dos ternos acrescidos.

Considerando ainda a possibilidade de se programar, na mesma planta, a substituição de alguns ternos, a flexibilidade pode ser ainda maior.

Nesse enfoque, dependendo das dimensões dos equipamentos adotados, desde a fase de implantação até a última fase, e o objetivo final a ser atingido, os estudos de viabilidade técnico-econômica levaram ao uso da moenda.

Varia de acordo com muitos fatores econômicos, mas a instalação inicial de 4 ternos de moenda, comparada à instalação do difusor, pode ser menos dispendiosa e apresenta uma flexibilidade enorme, deixando tempo para o empreendedor decidir sobre o futuro, no decorrer dos acontecimentos.

Optando-se pelo difusor, temos que ter em mente a idéia de crescimento em etapas iguais, e não em progressão flexível. Isso representa custo mais alto. Porém, com rendimentos sempre “no topo”.

Sob o ponto de vista da manutenção

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