Morte De cäimbra
Trabalho Universitário: Morte De cäimbra. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: reify • 21/9/2014 • 528 Palavras (3 Páginas) • 490 Visualizações
Morte de câimbra
BRASÍLIA - A indústria fabrica mais e mais carros "flex" (a álcool e a gasolina), os usineiros fazem a festa, os preços só sobem, os consumidores se assustam e o governo ameaça intervir. Você não acha que está faltando alguém nessa história?
Todos estão pensando no seu bolso e no seu interesse, mas ninguém se preocupa com a base dessa pirâmide: o cortador de cana-um dos trabalhadores mais explorados do país.
É por isso que a CUT dá um grito e a socióloga Maria Aparecida de Moraes Silva, professora visitante da USP e titular da Unesp, quer saber o que, de toda essa pujança, de todos esses aumentos e de toda essa negociação em torno do "flex", vai sobrar para os cortadores de cana, cujas condições ela acompanha há mais de 30 anos, principalmente na região de Ribeirão Preto (SP).
Esse trabalhador fica a ver navios boa parte do ano e se esfalfa durante a safra (abril a novembro) por migalhas, recebendo de R$ 2,20 a R$ 2,40 por tonelada de cana cortada. E ainda paga o transporte, a pensão, a comida. E manda o que sobra (deve ser mágico) para casa. Sim, porque a maioria é migrante. Deixa a família e desce do norte de Minas e do Nordeste para ganhar a vida-ou a morte.
De meados de 2004 a novembro de 2005, morreram 13 cortadores na região, geralmente homens jovens (o mais velho tinha 55 anos). Há diferentes diagnósticos médicos, e os cortadores têm o seu próprio: "morte de câimbra". Sabe o que é? A partir dos anos 90, com as máquinas colheitadeiras, o sujeito tem como meta cortar 12 toneladas de cana por dia. Aí, vem a câimbra nos braços, nas pernas e, enfim, no corpo todo. Na verdade, ele morre de estafa. Se é assim em pleno Estado de São Paulo, imagine como deve ser no Nordeste-em Alagoas, por exemplo.
Espera-se que governo e produtores se entendam para um preço justo ao consumidor. E que, um dia, os trabalhadores também tenham direitos-a voz, a pressão e à própria vida.
1.De acordo com o texto, em troca de um salário ínfimo, os cortadores de cana são obrigados a trabalhar num tal ritmo que chegam a se expor a morte. O que torna possível esse nível de exploração da mão de obra ? Procure explicações, da perspectiva tanto do trabalho quanto do empregado. R.nesses locais de trabalho, na zona rural especificamente, não existe oferta de emprego. É pegar ou largar e os donos desses canaviais sabiam disso. Portanto, as pessoas que aceitavam na obra uma longa jornada de trabalho, aceitavam por que precisavam se alimentar. O mísero salário é fruto da exploração do trabalho feito pelos donos da terra.
2.Os textos que você leu anteriormente podem ajudar a explicar a situação descrita ? sim
3.Lembrando-se do exemplo da produção do pão, dado no inicio desta unidade, descreva a rede de trabalho e de trabalhadores envolvidos nas produção de algum objeto presente no seu cotidiano. Aponte, nessa rede, os trabalhadores que possivelmente desenvolvem suas atividades em condições subumanas, como os cortadores de cana.
4.Como o trabalha do cortador de cana esta relacionado ao cotidiano de uma pessoa como você ?
...