Movimentação De Materiais

INTRODUÇÃO

A cana é uma gramínea originária da Índia que foi introduzida na América por Cristóvão Colombo. A cultura da cana foi a primeira atividade economicamente organizada existente no Brasil, tendo sido desenvolvida devido à necessidade de colonização da terra para defendê-la dos invasores e para explorar a expansão do consumo de açúcar na Europa. A escolha da cana se deu pela rápida cultura, na qual atinge a fase de corte a partir do segundo ano. Também vale observar que o solo existente era bem favorável a esse tipo de cultura. Além disso, pela sua localização facilitava o escoamento de açúcar produzido para a Europa.

Para o cultivo da cana é preciso que o ambiente seja de calor e umidade, demora 18 meses do plantio até atingir a fase do primeiro corte. A diversidade de climas existentes no Brasil determina os períodos de plantio e colheita da cana. No centro-sul, o plantio é realizado de outubro a março e a colheita é feita de dezembro a maio. De acordo com o processo de industrialização, são obtidos diversos produtos, como os variados tipos de açúcar, o álcool (anidro e hidratado) e, ainda, como subprodutos e resíduos de valor econômico, o vinhoto e o bagaço.

Até o início do século XX, o álcool era um subproduto sem valor comercial, que passou a ser adicionado à gasolina para barateá-la. A oferta do álcool não pôde acompanhar o crescimento da demanda e as vendas de carros movidos a álcool cresceram significativamente. A combinação desestimulou a produção e estimulou o consumo. Sendo assim, o segmento sucroalcooleiro passou a sujeitar-se às regras do mercado, buscando melhorias de ganho de produtividade e modernização da gestão administrativa para enfrentar a concorrência. Tudo isso trouxe melhorias para as empresas sucroalcooleiras que passaram a utilizar novas tecnologias, intensificando a mecanização e adotando inovações nas etapas de produção.

A mecanização passou a ser utilizada nas fases de plantio e colheita, observando que o transporte da cana colhida já era totalmente mecanizado. O segmento industrial passou por diversas transformações, sendo elas organizacionais, estruturais e adoção de inovações tecnológicas, medidas verificadas pelo número de fusões e incorporações de usinas e destilarias de investimento estrangeiro. Além disso, foram adotadas parcerias visando aumentar a competitividade. Em razão da desregulamentação do setor, a produção de açúcar foi descentralizada, surgindo novas regiões produtoras que ganharam importância e destaque. Empresários nordestinos passaram a investir no centro-sul devido à melhor qualidade das terras, á proximidade dos principais mercados consumidores, à possibilidade de utilização dos sistemas ferroviários e hidroviários para acesso ao porto de Santos, principal via de escoamento para o comércio exterior.

Atualmente o Brasil é o maior produtor mundial de cana, seguido pela Índia e pela China, dispondo de mais terras para expandir a produção. A produção de cana para álcool ocupa 2,7 milhões e para açúcar 5,4 milhões de hectares.

DESENVOLVIMENTO

Depois de colhida no campo, a cana de açúcar chega ate a usina por caminhões no parque industrial o caminhão é pesado em uma balança que precisar a quantidade de cana que ele carrega, o próximo passo é a analise da quantidade de açúcar que aquela cana especifica possui, isto é feito com a retirada de uma amostra pequena do carregamento através de sondas, a amostra da cana é direcionada para um laboratório que diagnosticará o índice de ART (açucares totais recuperáveis), ou seja, a quantidade efetiva de açúcar que aquela cana tem. Depois de pesada a cana poderá ter dois destinos distintos, ou será encaminhada diretamente para a mesa alimentadora onde se colhida manualmente poderá ser lavada ou ventilada em mesa a seco, para a remoção das impurezas, ou no caso da cana colhida mecanicamente, ela segue direto para o picador, desfibrador e moenda ou difusor.

Os passos seguintes consistem em preparar a cana para extração do caldo, aumentando assim sua densidade de capacidade de moagem, neste processo objetiva-se também romper as células para liberação nelas contido, assim a cana é passada por um jogo de facas em um processo de preparação até entrarem em um desfibrador onde cerca de 85% à 92% de suas células são rompidas o que facilitará a extração do caldo, constituída basicamente de fibra e caldo o que interessa para a cadeia produtiva da cana de açúcar é o açúcar contido na matéria prima que se encontra dissolvido no caldo, por tanto o objetivo principal é extrair o máximo de caldo da cana, a extração do caldo ocorre por duas diferentes técnicas, a utilização de moendas ou difusor de cana, nas moendas formadas por vários ternos com dimensões diferentes, a cana é esmagada cada terno ou castelo como também são conhecidos, possuem 4 rolos principais denominados, rolo de entrada, superior, de pressão e de saída. No 1º terno são extraídas as maiores quantidades de caldo, depois disso a cana é embebecida de água, e passa pelos demais ternos, até que cerca de 94 a 97% de seu caldo seja extraído, o numero de ternos varia de 4 a 7, após a extração do caldo, o processo se divide em 3 diferentes estágios, de um lado o bagaço que sobra é dirigido ao uma esteira ou diretamente para as caldeiras onde será queimado e seu vapor transformado em energia, no processo que é conhecido por cogeração de energia ,ou bioeletricidade. Extraído o caldo da cana o próximo passo será o tratamento desse caldo, objetivando a impurezas solúveis e insolúveis nele encontradas, o tratamento pode ocorrer em várias fases, desde a passagem do caldo por peneiras, força centrífuga, para separar matérias sólidas das liquidas, pesagem do caldo permitindo melhor controle químico do processo, e tratamento químico do caldo, depois de tratado o caldo pode ser encaminhado para a fabricação de açúcar ou de álcool.

ÁLCOOL

Após