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Mão Branca

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Por:   •  28/11/2013  •  828 Palavras (4 Páginas)  •  339 Visualizações

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Enquanto a justiça tarda, surge a saga Mão Branca

No Diário da Borborema, edição do dia 13 de julho de 1980, trouxe com exclusividade, o listão que o "Mão Branca" divulgou os 115 nomes daqueles que seriam suas vítimas, dentre elas, advogados, policiais, intrujões, estelionatários, assassinos, traficantes de drogas e assaltantes. Começava ali um epílogo de sangue que manchou a história de Campina Grande.

A cidade passou a viver sob o signo do medo, com o "MB" entrando em ação dias após tornar público a intenção de "fazer uma limpeza", tomando como base o alto grau de criminalidade que a cidade enfrentava.

Um dia após a publicação da lista negra, o arrombador Paulo Roberto do Nascimento, conhecido por Beto Fuscão, foi encontrado com um tiro de espingarda "12" no peito ao lado do estádio Amigão, no bairro do Catolé. O então repórter do Diário da Borborema, Ronaldo Leite, recorda o telefonema que recebeu: "Tem um crioulo morto na torre do Amigão".

É noticiada a primeira de uma série de mais de 30 mortes: "Mão Branca inicia matança: um tiro de 12 matou Beto Fuscão". Um dia depois, o carrasco deu seqüência ao prometido: tombaram sem vida Marcos Antônio da Silva, vulgo "Mocotó", Paulo Francisco de Oliveira, "Paraibinha", e Paulo José dos Santos Félix", conhecido por "Queimadas".

Com vários perfurações a tiros - os marginais foram mortos com requintes de crueldade - dois corpos foram encontrados no sítio Velame e um outro perto do hospital da FAP, exatamente onde, demonstrando muita ousadia, os matadores informaram em telefonemas à Central de Polícia e à Imprensa.

A partir daí, os sequestros seguidos de mortes continuaram, com as execuções de"Bermuda", "Negro Rei", "Pernambuco", "Barrão" etc. Com medo da morte, muitos criminosos que estavam no listão desapareceram de Campina Grande.

A denominação "Mão Branca" foi copiada de um grupo de extermínio que atuava no Rio de Janeiro, que inclusive, foi responsável pelo assassinato do marginal conhecido por "Paraibinha". O crime ganhou ampla repercussão na Imprensa, em função da "luva branca" deixada sobre o corpo e que deu origem à denominação chegada posteriormente a Campina Grande.

A matança na Rainha da Borborema e cidades vizinhas também ganhou amplo destaque na mídia, inclusive, fora do país, com notícias até mesmo nos jornais Clarin, da Argentina, Washington Post e New York Time, dos Estados Unidos.

O medo imperava na cidade, pois os matadores também cometeram alguns crimes de pistolagens. A população ficou dividida. Uns apoiavam em função da "limpeza" que o grupo promovia, mas a forma cruel e impiedosa aos poucos começou a ser reprovada.

O então bispo diocesano Dom Manoel Pereira deu os primeiros gritos e pediu providências ao governador da época Tarcísio de Miranda Burity contra o massacre. Com ordens do Palácio da Redenção, foi criada uma comissão judicial, presidida pelo então promotor de Justiça Agnello Amorim, hoje procurador aposentado.

Como se não se intimidasse com as investigações, o grupo iniciou

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